Votar à esquerda, nas esquerdas
Sempre defendi uma maioria de esquerda. Finalmente, em 2015, as esquerdas conseguiram entender-se e apoiar a formação de um governo minoritário do PS, para afastar a direita do poder e recuperar o que foi retirado por ela. Depois de um primeiro mandato em que os acordos foram, mais ou menos, cumpridos e muito do que fora retirado foi recuperado, ao PS, com o reforço da votação obtido, subiu-lhe o poder à cabeça e passou a abusar dele, dispensando os seus parceiros à esquerda e reaproximando-se do PSD, com quem passou a votar cada vez mais. Deu no que deu...
Tudo indica que os votantes vão mostrar nas urnas que não gostaram do que aconteceu, que preferiam e preferem que o caminho iniciado em 2015 deve ser retomado. É isso que todos devem ser capazes de entender e, tendo em conta as posições relativas, assumir as suas responsabilidades, porque qualquer solução à direita será sempre pior, para quem trabalha e quem de mais apoio social precisa.
Por isso, eu VOTO À ESQUERDA, na esquerda que sempre se tem batido por uma maioria de esquerda. Espero que a maioria vote também à esquerda, para que o caminho de recuperação de Portugal, da aposta na produção nacional, da valorização do trabalho e dos trabalhadores aconteça.