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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

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Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

VIVEMOS NUMA SOCIEDADE CADA VEZ MAIS ESTERILIZADA

Zé LG, 03.02.16

DSC_0012.jpgViver numa aldeia, como eu vivo por opção, junto de uma queijaria, com um terreno à volta onde apascentam ovelhas, que durante o Verão dormem junto do muro do quintal, a umas centenas metros de umas lagoas de tratamento de esgotos e com vista para o cemitério talvez não seja um cenário muito atractivo para muita gente. Se a isto acrescentarmos a utilização do quintal como horta, onde temos um pequeno compostor para transformar os restos de comida, folhas e ervas em adubo e um canil com dois cães talvez a situação se torne quase repulsiva para as pessoas que só admitem viver em apartamentos ou vivendas com todo o solo impermeabilizado. Parece ser este o paradigma da maioria da população que tem vindo a afastar-se e a ser afastada do campo e da natureza, por políticas e medidas que estão a esterilizar cada vez mais a sociedade em que vivemos. Neste momento, praticamente nada se pode fazer no campo sem ter de tirar não sei quantas autorizações e outras tantas formações, quer se tenha uma exploração empresarial quer se tenha uma pequena exploração familiar ou mesmo uma pequena horta para produção de alguns produtos para consumo próprio.
Uma das últimas medidas destas impede a aquisição de produtos fitossanitários, por menor que seja a quantidade, a quem não tem formação específica. Esta medida está a obrigar pessoas que viveram e trabalharam toda a vida no campo, muitas de idade avançada, que exploram pequenas (minúsculas, muitas vezes) unidades familiares a terem de optar entre acabar com a actividade de sempre ou a fazerem a sua primeira formação, que nem sempre é barata. Ou seja, transformaram uma medida correcta para quem está a iniciar-se na actividade agrícola empresarial numa machada final de grande parte da agricultura familiar de subsistência, com todas as consequências que daí resultam.

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