Ulsba com carência de médicos em 15 especialidades
De acordo a administração hospitalar, das especialidades identificadas, “as mais críticas são, a nível hospitalar, as especialidades de anestesia, ortopedia, ginecologia/obstetrícia, pediatria e radiologia, e, na área de cuidados de saúde primários, a medicina geral e familiar e a saúde pública”. As “listas de espera não apresentam tempos excessivos, garantindo a resposta dentro dos tempos máximos de resposta garantidos (TMRG), exceto nas especialidades de ortopedia e cardiologia, as quais estão em processo de recuperação através de produção adicional dos profissionais do quadro da instituição, prevendo-se a sua resolução até ao final do ano”.
Na opinião de Guida da Ponte, médica psiquiatra, dirigente do Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS), “a legislação referente aos incentivos é, de forma visível, manifestamente insuficiente”, o que “deveria obrigar o Ministério da Saúde a levar a cabo negociações com os representantes dos seus trabalhadores médicos que efetivamente procurassem soluções”. Lembrando que “o direito à saúde é um direito fundamental do cidadão e tem de ser assegurado pelas entidades responsáveis”, acrescenta que: “Numa altura de pandemia, não é compreensível que o Ministério da Saúde continue a apostar em medidas que sabidamente não terão resultados”.