“teimamos em não ver a realidade que nos rodeia”
«O Jornal Diário do Alentejo traz-nos o agitar de consciência, mas quantas capas serão precisas mais…
Triste a realidade que verificamos e constatamos. Passaram 14 anos! Sim 14 anos! Poderia enumerar diversos exemplos de como alguns serviços públicos não se adaptaram ao que este estudo identificou, assim como algumas empresas. Seja no atendimento, no acolhimento, na habitação, na formação, no emprego, no acesso à saúde, na valorização das competências, na cultura. Em suma, na capacidade de acolher, integrar, proteger e promover todos os que aqui chegam com a dignidade de um país europeu.
Razões? Muitas! Mas uma delas, a meu ver, a incapacidade de criar novas dinâmicas, disruptivas, de modernização, que agreguem, promovam o trabalho em rede, que criem compromissos supra-partidários, de lobbie, de união de esforços. Que nos coloquem no lugar do outro. Do que chega, e do qual necessitamos face à perda assustadora de pessoas, particularmente jovens que somos incapazes de fixar, para sermos comunidade, antes de cidade.
Estamos em 2023 e teimamos em não ver a realidade que nos rodeia, e isoladamente o sector social vai dando resposta e acrescentando Inovação à sua intervenção. Mas até quando? Com que custos?» Márcio Guerra, aqui.