… é a melhor forma de tratar os que mais precisam de cuidados e apoios. É evidente que melhor ainda seria discriminar positivamente os menos favorecidos. Só que isso, na maioria dos casos, não passa de conversa fiada, sem tradução prática.
Fiz este introito, a propósito de mais uma situação, que se repete com inaceitável frequência, que deve ser investigada e, se confirmada, julgada e condenados os seus autores, independentemente da sua condição política, social, ética, nacionalidade, cor da pele ou qualquer outra.
Em situações deste tipo, o que tem de ser salvaguardado, antes de mais nada, é o assegurar as condições necessárias a uma boa prestação de serviços públicos, de acordo com as regras estabelecidas. Ninguém, em função da sua condição, deve desrespeitar essas regras e, muito menos – porque é completamente injusto e inaceitável -, tratar mal quem nos acolhe e tem por obrigação tratar o melhor que puder. Se as regras estão erradas lutemos pela sua alteração. Se quem tem a obrigação de nos acolher e tratar bem não o faz apresentemos queixa. Nunca, pertençamos a uma maioria ou a uma minoria e independentemente da nossa condição, devemos tentar fazer “justiça pelas nossas mãos”. E quando o fizermos devemos ser justamente tratados pelas entidades competentes. Sempre que tal não acontecer a responsabilidade tem de ser assacada a quem prevarica (ou pratica um crime) mas também a quem permite que tal aconteça, sem as devidas consequências.
Posto isto, entendo que não se deve referir a condição do prevaricador (ou criminoso), a não ser para que funcione como atenuante, sempre que tal se justifique. Nunca, como frequentemente se observa, como agravante, porque tal traduz vontade de exclusão em função da condição, o que não deve acontecer numa sociedade que se quer inclusiva e solidária.