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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Coimbra, Lisboa e Porto com 61% dos médicos

Zé LG, 29.05.23

O mais novo estudo realizado pela HelloSafe sobre a distribuição de médicos em Portugal, que analisou o número de profissionais em cada distrito do país, as especialidades médicas e quantos deles trabalham no Sistema Nacional de Saúde, destacou:

- 17 distritos estão abaixo da média nacional de médicos por habitante

- Coimbra, Lisboa e Porto concentram 61% de todos os médicos em exercício em Portugal

- Beja, Santarém e Leiria são os distritos com a menor quantidade de médicos a cada mil habitantes

- Apenas 1 em cada 3 médicos trabalham em hospitais do SNS

- 39% dos médicos que atuam em Portugal não tem uma especialidade.médicos.png

Enfermeiros da ULSBA exigem “que lhes seja pago o que lhes é devido”

Zé LG, 18.02.23

enfer.pngO Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) contesta que, em 2018, cerca de uma centena de enfermeiros da ULSBA foram alvo de uma “incorreta contabilização dos pontos para efeitos de progressão”. Os profissionais que foram penalizados pelo erro cometido não aceitam que esta situação continue e exigem “que lhes seja pago o que lhes é devido, incluindo os retroativos”.

O SEP frisa ainda que “o Conselho de Administração informou que a estes enfermeiros não tinham sido contabilizados 1,5 pontos por ano, como a outros enfermeiros, por ausência de avaliação do desempenho” e que passados estes anos, este órgão “vem reconhecer o erro e corrigir os pontos atribuídos”, mas ainda assim, “mantém a recusa em pagar os devidos retroativos”. Daqui e daqui.

Conselho Local de Saúde Mental do Baixo Alentejo já está em atividade

Zé LG, 06.02.23

202302031902359385.jpgNa última 5ª feira, o Conselho Local de Saúde Mental do Baixo Alentejo, instituído nos termos da legislação em vigor, teve a sua primeira reunião. Este foi o primeiro Conselho Local a iniciar atividade em todo o país.

O Conselho Local de Saúde Mental do Baixo Alentejo é um órgão consultivo, que tem como missão emitir pareceres sobre os planos e relatórios de atividades do respetivo serviço local de saúde mental, assim como a apresentação de propostas para melhoria do seu funcionamento. Presidido por Paulo Arsénio, designado pela CIMBAL, é composto por representantes dos municípios e de diversas entidades do território.

PS quer dotar o Baixo Alentejo de melhores condições de saúde

Zé LG, 02.02.23

207796_103459196499487_878662003_n.jpgA Federação do Baixo Alentejo do PS afirma que “é urgente dotar a região de melhores condições de saúde, visto que se trata de um direito fundamental das pessoas e condição para a qualidade de vida e aspeto crítico para a fixação de nova população.” Considera “urgente avançar com a construção imediata da segunda fase do Hospital José Joaquim Fernandes” e que haja um “esforço de atração para a região de mais médicos de saúde pública, de medicina geral e familiar e, ainda, de especialistas”, tal como “é igualmente indispensável qualificar as instalações e os equipamentos dos centros e extensões de saúde locais, serviços que atuam em maior proximidade com as populações” e que se deve incrementar “o investimento em cuidados paliativos, melhorar as respostas ao nível da saúde mental e aumentar a rede de cuidados continuados.”

Um em cada quatro utentes não tem médico de família no concelho de Beja

Zé LG, 17.01.23

BEJA-Hospital-Piso_800x800-160x160.jpgO concelho de Beja tem cerca de 8.000 utentes sem médico de família atribuído, revela o presidente da Câmara Municipal, admitindo a possibilidade da autarquia criar um regulamento municipal para fixar mais clínicos.

“Faltam-nos cinco médicos de família no concelho capital de distrito, o que é naturalmente muito preocupante”, o que tem igualmente repercussões no funcionamento do hospital da cidade, porque “Havendo uma boa prevenção de saúde e bons cuidados de saúde a nível primário, são também menos os casos que nos chegam aos hospitais e às urgências”, onde “começamos a ter uma situação realmente muito complexa e muito preocupante”, afirma.

Perante este quadro, o presidente da Câmara de Beja admite vir a “avançar” com a criação de um regulamento municipal para atrair e fixar mais médicos para a região, à semelhança do que sucede em municípios vizinhos, apesar de“a distribuição de médicos ao longo do território nacional é iminentemente uma competência da administração central que tem de ser salvaguardada, em primeiro lugar, pelo poder central”.

“Nascer em Segurança” – o que fica para além da propaganda governamental?

Zé LG, 04.01.23

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpgMais uma vez o governo mostrou do que é capaz a sua máquina de propaganda, lançando o programa – ou slogan? -, “Nascer em Segurança”. Tanto quanto se pode perceber, com tal programa o governo procurou, evitar antes de mais, mortes de crianças como a que levou à demissão da ministra da Saúde Marta Temido, cuja mãe andou de hospital em hospital. Com ele ter-se-á, fundamentalmente, tentado assegurar o funcionamento de serviços de urgência de ginecologia/obstetrícia e bloco de partos nalguns hospitais e informação às parturientes em relação aos locais onde se deviam dirigir para ter os seu bebés.

Entretanto, Beja e outros hospitais ficaram pelo Natal e passagem de ano sem ter esses serviços a funcionar, obrigando, no caso de Beja, tal com já acontecera noutras alturas, as parturientes a deslocarem-se largas dezenas de quilómetros para os seus bebés pudessem nascer em segurança…

 

 

Câmara de Aljustrel exige mais médicos de família no concelho

Zé LG, 17.12.22

Aljustrel-centro-de-saude-1024x576.jpgA Câmara de Aljustrel está preocupada com a falta de médicos de família no concelho, “situação tem vindo a agravar-se com a saída, por diversas razões, de vários médicos que prestavam serviços de medicina geral e familiar no concelho” e já pediu uma reunião, “com caráter de urgência”, ao Ministério da Saúde, para ser possível “encontrar as soluções que melhor sirvam os interesses dos habitantes” do município.

O período pós-pandemia Covid-19 “veio colocar ainda em maior evidência as carências que já se verificavam, há muito tempo, ao nível dos serviços de saúde no território”, afiança o município., que, para ultrapassar este problema, “tem já em discussão pública o projeto do Regulamento Municipal de Apoio à Fixação de Médicos no Concelho de Aljustrel, que prevê a atribuição de apoios à aquisição e aluguer de habitação e deslocação de médicos no concelho”.

Utentes dos Serviços Públicos de Odemira exigem melhores serviços de Saúde

Zé LG, 17.12.22

Saude-2-pz1zmv8d7yfiqkxe95yqfase4m9godidwb8yedx2ow.jpgA Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Odemira está a realizar um abaixo-assinado, a exigir ao Governo a atribuição de médico de família “a todos os utentes”, a “construção e/ou reparação do Centro de Saúde de Odemira e das extensões de Saúde de Saboia e de Vila Nova Milfontes” e a “reabertura da extensão de Saúde de Luzianes-Gare”, “confrontada com graves dificuldades de acesso aos cuidados de saúde”, onde há falta de médicos de família, o que leva a que “no Serviço de Urgência Básico do Centro de Saúde de Odemira os utentes esperam largas horas para serem atendidos, com a agravante de serem crianças e idosos”.

"A superespecialização da medicina torna a prática médica demasiado defensiva, retirando capacidade de intervenção aos médicos de primeira linha."

Zé LG, 03.12.22

87181594_3046936935325239_7543563306087219200_n.jpgGuido Pires considera que é necessário «redesenhar o perfil de intervenção do Médico nos Cuidados Primários de Saúde e a sua própria formação científica post-escolar de modo a aproximá-lo do "modus operandi" dos Médicos de Medicina Interna. O SNS não precisa apenas de meios auxiliares de diagnóstico de primeira linha ou seja nos Centros de Saúde, mas da capacidade diagnóstica eminentemente clínica de primeira linha e da elaboração de protocolos de intervenção em determinadas patologias, …

Aquilo que acabei de dizer já se passa na prática em muitas intervenções médicas, mas o profissional médico corre riscos apenas cobertos pela sua responsabilidade profissional pois se tudo fosse ESPECIALIZADO nas múltiplas intervenções no doente, morreria muita gente...

Às vezes é necessário fazer recuos naquilo que parece um avanço mas que se torna incomportável aplicar na prática clínica diária.

Uma pergunta final. Como ficará um médico não especialista se for capaz de intervir num doente e se omitir de o fazer apenas por não estar habilitado por uma especialidade médica? »

Leia aqui todo o texto de Guido Pires, que me parece, conter matéria suficientemente pertinente e oportuna para justificar um debate sério sobre o assunto.

Que Saúde (não) temos – uma estória da vida real e algumas reflexões

Zé LG, 12.10.22

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpgO Zé, no início do Verão, queixou-se ao médico de família de uma dor que apenas se fazia sentir no tornozelo da perna direita quando caminhava um pouco mais ou mais depressa. O médico de família mandou fazer um RX e uma TAC à coluna, o que o Zé fez numa clínica privada, porque tem ADSE e grande parte dos custos são suportados por aquele subsistema de Saúde. Obtidos os resultados dos exames, o Zé foi entregá-los no Centro de Saúde, para que o médico de família o contactasse para lhe dizer o que devia fazer. Passados uns dias, o médico de família, face ao que viu nos exames e perante a perda de força no pé, recomendou ao Zé que fosse a um especialista. O Zé recorreu, mais uma vez, a um especialista particular, o que só aconteceu em meados de Setembro, quando o pé já tinha ficado completamente pendente. O especialista disse que tinha o nervo ciático preso e que deveria fazer um intervenção cirúrgica o mais rapidamente possível, para libertar o nervo e tentar recuperá-lo.