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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

"Ninguém se demitiu, ninguém pediu desculpa pelas onze mortes"

Zé LG, 18.11.24

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«Depois de onze mortos por alegada falha de assistência do INEM, sindicatos e governo chegaram a acordo para suspender a greve.
O direito à greve tem de ser respeitado. Em casos em que se justifique pode ser decidido recorrer à lei para garantir serviços mínimos.
A real possibilidade de a interrupção completa do serviço poder resultar em mortes de cidadãos é motivo suficiente para recorrer a essa proteção legal?
Não foi. ...
A vida de um cidadão não é um número para uma estatística. Uma morte por falta de assistência é muito grave. Onze mortes é excessivamente grave.
Ao que parece nada aconteceu. Ninguém se demitiu, ninguém dos envolvidos (responsáveis pelo serviço e sindicatos) pediram desculpa pelas onze mortes. ...»
Eduardo Costa, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional, aqui.

Autarcas do Campo Branco exigem “soluções” para o Serviço de Urgência Básica de Castro Verde

Zé LG, 12.11.24

ULSBA-reuniao-com-autarcas-do-Campo-Branco-12-11-2024-1024x576.jpgOs autarcas dos cinco concelhos servidos pelo Serviço de Urgência Básica (SUB) de Castro Verde (Castro Verde, Aljustrel, Almodôvar, Mértola e Ourique) exigem ao Governo “soluções capazes” para colmatar os possíveis dias de fecho deste equipamento e querem reunir “com urgência” com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, depois de terem reunido com o conselho de administração da ULSBA. No seguimento desta reunião, os autarcas, todos eleitos pelo PS, exigiram que, “face à gravidade destes problemas, o Ministério da Saúde defina rapidamente soluções capazes que salvaguardem e defendam as populações destes concelhos”, revelou o presidente do município de Castro Verde, António José Brito. Ouvir aqui.

CNA acusa Montenegro de “iludir agricultores” sobre as DRAP

Zé LG, 08.10.24

IMG_20240830_123251.jpg“Depois de meses de malabarismos vários para fugir a uma resposta perentória à pergunta que se impõe no sector agrícola, sobre o prometido regresso das Direções Regionais de Agricultura e Pescas (DRAP) ao Ministério da Agricultura”, “o chefe do Governo, numa tentativa de iludir os agricultores, vem agora dizer que, afinal, a solução que tem para a extinção das DRAP – integradas nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) – é nomear um vice-presidente para as CCDR indicado pelo Ministério da Agricultura”, denuncia a CNA, frisando que o processo de integração das DRAP nas CCDR “tem dado provas de ser uma má decisão do anterior Governo e é essa má decisão que, pelo que assistimos, este Governo vai manter”, advertindo para as consequências do “espartilhar das competências das DRAP pelas diferentes CCDR”.

Rui Garrido, presidente da FAABA, que sempre solicitou a reversão da medida, entre outras razões, pela falta de proximidade e funcionalidade que existe com a integração das DRAP nas CCDR, afirma que, neste momento, a solução apontada já representa um avanço, esperando que esta “solução intermédia” funcione.

Beja passa a ter “Unidade de Hospitalização Domiciliária”

Zé LG, 27.09.24

Hospital-de-Beja.jpgA ULSBA tem, a partir da próxima segunda-feira, ao dispor dos utentes uma “Unidade de Hospitalização Domiciliária” para doentes em situação paliativa residentes no concelho de Beja, sob responsabilidade do Serviço Integrado de Cuidados Paliativos “Beja+”, que proporciona uma prestação de cuidados inovadora, através de um serviço de internamento que presta, no domicílio dos doentes, cuidados de nível hospitalar”, ou seja, “desde que estejam reunidas as condições para que tal aconteça, doentes que necessitam de cuidados de maior complexidade podem continuar a viver no seu domicílio”. Os cuidados serão prestados por uma equipa multidisciplinar especializada em Cuidados Paliativos.

O aparelho do Estado não pode ser uma coutada dos partidos do governo

Zé LG, 21.08.24

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Parece ter-se tornado regra a substituição dos dirigentes dos serviços públicos quando o governo muda. É o que este governo, como outros, tem estado a fazer desde que tomou posse. As primeiras substituições ainda geraram algum alarido e questionamento. À medida que foram avançando, tornaram-se rotina e, quase, já não se fala nisso. Ontem foi a vez dos Directores dos Centros Distritais da Segurança Social serem substituídos.
Quantos vão ser sustituídos no total? Porque o são? Porque chegou ao fim a sua comissão de serviço? Porque são incompetentes? Porque se recusam a dirigir os serviços que dirigem de acordo com as orientações do governo? Ou simplesmente porque não têm o cartão do partido do governo e este quer instalar no aparelho do Estado a sua clientela partidária?
Acho que esta prática devia ser objecto de uma ampla discussão pública, que culminasse na definição de regras a serem observadas no futuro, designadamente quantos (e quais) dos lugares de direcção e chefia podem mudar de titular apenas porque o governo muda e este quer neles colocar “os seus” ou da sua confiança. Todos os restantes só deveriam poder mudar por vontade dos seus titulares, quando terminar o prazo da comissão de serviço, por incompetência, deslealdade ou outra razão pertinente devidamente comprovada.

Ivã Marinheiro é diretor do Centro Distrital de Beja da Segurança Social

Zé LG, 20.08.24

Iva-Marinheiro-.jpgIvã Marinheiro é o novo diretor do Centro Distrital de Beja da Segurança Social, substituindo Sérgio Fernandes, que estava no cargo desde 2017.
Ivã Carlos Lima Marinheiro é licenciado em Engenharia Informática pela ESTIG de Beja é técnico superior do Instituto da Segurança Social, desde janeiro de 2009, sendo presidente do Centro de Cultura e Desporto dos Trabalhadores da Segurança Social e Saúde de Beja, desde 2010, e Diretor do Núcleo de Gestão do Cliente do Centro Distrital de Beja, desde outubro de 2023. Daqui e daqui.

“dificuldade de transporte de doentes não urgentes” é problema sério da região

Zé LG, 02.08.24

2022061809140465.jpg«Entre os problemas de organização e funcionamento dos serviços de saúde que há muito tenho notado ausentes destes debates no Alvitrando, um bem sério é a dificuldade de transporte de doentes não urgentes. A insuficiência numérica de viaturas adaptadas a esse serviço na nossa região obriga a recorrer a entidades por vezes excessivamente distantes, obrigando a altos custos, demoras e adiamentos. Nem sequer a iniciativa privada tem sido capaz de melhorar a disponibilidade desse recurso. Os bombeiros desdobram-se, mas a sua capacidade de resposta está no limiar. O que fazer?» Munhoz Frade, 02.08.2024, aqui.

STAL contra "privatização de serviços públicos no concelho de Beja"

Zé LG, 22.06.24

Sem nome (80).pngA Comissão Sindical da Câmara Municipal de Beja do STAL promoveu uma ação de "denúncia contra a privatização de serviços públicos no concelho, ao arrepio dos interesses da população e dos direitos dos trabalhadores",
Osvaldo Rodrigues, do STAL de Beja, refere que "o executivo da Câmara Municipal prepara-se para ceder, a privados, na gestão do cemitério da cidade, tal como já o fez com alguns percursos da limpeza urbana na cidade, bem como da limpeza das instalações municipais, isto em vez de investir no reforço dos serviços municipais, contratando mais trabalhadores para estes sectores, mantendo-os na esfera pública" , o que "acarreta inevitáveis prejuízos para o interesse da população e para os direitos dos trabalhadores, como a realidade se tem encarregado de demonstrar. A privatização dos serviços essenciais – como sucedeu em vários sectores, como os da água, recolha e tratamento de resíduos, e limpeza urbana – tem levado ao aumento das tarifas e à queda da qualidade dos serviços prestados, prejudicando assim as populações e criando desigualdades sociais".

Nem tudo está mal no SNS

Zé LG, 16.06.24

Sem nome (76).png“No que respeita a indicadores de qualidade dos cuidados de saúde primários (CSP), numa ótica de comparação internacional, constatou-se que, em todos os indicadores, Portugal revelou um desempenho acima da média da OCDE”, refere a avaliação do desempenho das Unidades de Saúde Familiares (USF) e das Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) entre 2019 e 2022, acrescentando que, no final de 2022, 87% dos utentes inscritos em USF e UCSP tinham médico de família atribuído, com as USF a apresentar uma percentagem da população com acesso a esses especialistas de medicina geral e familiar “marcadamente superior às UCSP”, e que um total de 6.056 médicos e 6.517 enfermeiros trabalhavam nos CSP em Portugal continental.

“Porque isso iria implicar que todos estaríamos a dar dinheiro aos capitalistas”

Zé LG, 05.06.24

Ilustra-Publico_privado-696x487 (1).jpg«Claro que todas as pessoas, sejam de que partido ou de que ideologia forem, têm o direito de recorrerem a hospitais privados e inscreverem os seus filhos nas escolas privadas que quiserem, ... desde que tenham dinheiro para tal.
O problema, é que alguma malta de esquerda, não defende e nem sequer permite, que se fale ou equacione que o Estado Português possa apoiar e assim permitir que as pessoas que não têm recursos, também possam recorrer aos mesmos hospitais privados e os seus filhos se inscreverem nas mesmas ditas escolas privadas em que eles o fazem.
Porque isso iria implicar que todos nós estaríamos a dar dinheiro aos capitalistas nacionais e estranjeiros, no caso da saúde em particular ao Estado Chinês, em vez de o investirmos no SNS e na Escola Pública.» Anónimo 28.05.2024, aqui.