"Ninguém se demitiu, ninguém pediu desculpa pelas onze mortes"
«Depois de onze mortos por alegada falha de assistência do INEM, sindicatos e governo chegaram a acordo para suspender a greve.
O direito à greve tem de ser respeitado. Em casos em que se justifique pode ser decidido recorrer à lei para garantir serviços mínimos.
A real possibilidade de a interrupção completa do serviço poder resultar em mortes de cidadãos é motivo suficiente para recorrer a essa proteção legal?
Não foi. ...
A vida de um cidadão não é um número para uma estatística. Uma morte por falta de assistência é muito grave. Onze mortes é excessivamente grave.
Ao que parece nada aconteceu. Ninguém se demitiu, ninguém dos envolvidos (responsáveis pelo serviço e sindicatos) pediram desculpa pelas onze mortes. ...»
Eduardo Costa, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional, aqui.