Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Seca severa voltou ao Baixo Alentejo

Zé LG, 25.09.24

seca-12.jpgO último Boletim Climático do IPMA indica que, no final de agosto, o interior do distrito de Beja e uma parcela do distrito de Faro estavam em seca severa, sendo os dois distritos mais atingidos pela seca.
Em agosto “não se registou precipitação significativa em todo o território, verificando-se mesmo ausência de precipitação em toda a região sul” e, no período de 15 a 21 de agosto, ocorreu uma onda de calor que atingiu em especial a região do Alentejo.

Azeite aumentou mais de 90% em 2023 e ainda vai aumentar mais

Zé LG, 08.01.24

azeite.pngO valor do litro do azeite já chegou aos 10 euros, estimando o INE que o preço tenha aumentado mais de 90% em 2023, prevendo-se que este valor ainda pode aumentar mais. "O aumento do preço do azeite deve-se à quebra de produção do maior produtor mundial (Espanha) que tinha campanhas médias de 1,2 milhões a 1,5 milhões de toneladas e teve uma campanha passada com cerca de 664.033 toneladas e espera uma campanha 2023/24 com 765.362 toneladas”, devido “à seca extrema e às elevadas temperaturas durante a floração”, o que “desequilibrou o mercado porque a procura começou a superar a oferta e os stocks disponíveis diminuíram muito levando à subida do preço do azeite. Paralelamente convém não esquecer que os custos de produção têm subido muito e o preço do azeite não estava a refletir essa realidade", revelou a Fenazeites.

“disparidade hídrica exige medidas imediatas e estratégicas para lidar com a crise de escassez”

Zé LG, 17.11.23

861260.jpg

“A escassez de água constitui-se, pois, como um desafio, com impactes mais significativos no Alentejo e Algarve, afetando já colheitas e pastagens e com consequências na alimentação do gado. Desta forma, destaca-se a necessidade de uma gestão preventiva das secas, focada na redução de consumos e na eficiência no uso da água, além da preservação dos ecossistemas aquáticos saudáveis como defesa contra os impactes das alterações climáticas”, afirma, lembrando que “as autoridades regionais e locais e cidadãos são instados a adotar medidas proativas para garantir a sustentabilidade no uso da água, incluindo a diversificação das fontes de abastecimento, a promoção da eficiência nos regadios e a redução contínua no consumo de água, ressaltando a importância de conservar os ecossistemas aquáticos para encarar os desafios socioecológicos a ocorrer a médio e longo prazo”, alerta é Hélder Lopes, climatólogo e investigador.

FAABA faz reivindicações ao governo relacionadas com a seca e o PEPAC

Zé LG, 18.10.23

Barragem-Santa-Clara.jpgA FAABA apresentou um conjunto de reivindicações de curto e médio prazo relacionadas com a seca e com a execução actual do PEPAC, acentuando ainda mais as preocupações remetidas ao Ministério da Agricultura, em carta datada de 24/4/2023:

- Apoios directos aos animais e às culturas, como forma de garantir a manutenção da actividade agrícola, devendo estas ajudas ser significativas e correctamente ajustadas.

- Antecipação das ajudas a que os agricultores têm direito, face ao calendário normal.

- Criação de um verdadeiro sistema de seguros agrícolas.

- Criação de infra-estruturas – públicas e privadas – que permitam a retenção e o armazenamento de água e apoio aos investimentos privados, necessários à boa utilização da mesma.

- Aumento de capacidade de armazenamento de água do Complexo de Alqueva para mitigar as crescentes necessidades hídricas devido às alterações climáticas e ao aumento das áreas irrigadas.

- Redução de impostos, nomeadamente a suspensão das contribuições à Segurança Social com o objectivo da manutenção da actividade das empresas e respectivos postos de trabalho.

“É preciso passar das palavras aos atos” para combater a seca, diz o PCP

Zé LG, 19.07.23

20230719103341743.jpgJosé Maria Pós-de-Mina diz que “é preciso passar das palavras aos atos” e destaca algumas das ideias que foram apresentadas, fundamentais para fazer face a uma realidade que tem sérias consequências a médio e longo prazo, como tem sido alertado por vários estudos sobre os riscos de desertificação do Alentejo, na iniciativa “À Conversa sobre a Seca no Alentejo: causas, consequências, medidas imediatas e estruturais”, que o PCP promoveu em Beja.Oiça aqui.

“À Conversa sobre a Seca no Alentejo: causas, consequências, medidas imediatas e estruturais”

Zé LG, 18.07.23

202201212109445094.jpg… é o mote para uma iniciativa que o PCP vai promover, esta tarde, a partir das 15.30 horas, na cafetaria do Pax Julia, em Beja, com o objectivo de aprofundar a reflexão sobre esta matéria, ouvindo diversos especialistas.

O PCP afirma que “o atual período de seca no Alentejo, e em geral no sul do País, não é uma situação nova, tornam-se cada vez mais regulares os períodos de seca na região” e que “tal realidade tem sérias consequências, seja no médio e longo prazo, como já alertado por vários estudos sobre os riscos de desertificação do Alentejo”, sendo os efeitos negativos, decorrentes desta situação, “cada vez mais evidentes na produção agrícola e pecuária, mas vão para além disso, pondo mesmo em causa o abastecimento humano, de forma muito preocupante.” Daqui, daqui e daqui.

BE critica Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo

Zé LG, 18.07.23

Regadio_800x800.jpgO Bloco de Esquerda criticou o Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo, que está em consulta pública, por considerar que “chega tarde” e “não faz as escolhas necessárias” para a região enfrentar a seca.

Considerando que o Plano até parte de “um diagnóstico realista” mas prevê “um conjunto de medidas desajustadas e subordinadas aos grandes interesses da agricultura intensiva”, o BE frisa que a “dessalinização de água ou a criação de transvases para a bacia do Sado ou do Guadiana sem redução da área de culturas intensivas e superintensivas significará apenas prolongar uma forma de produção agrícola insustentável e prejudicial” e diz que a central dessalinizadora do Mira prevista no plano visa “continuar a sobreexploração agrícola em estufas” e que o Governo “não quer promover uma agricultura mais sustentável e diversificada”, sendo “ilustrativa da manutenção de um paradigma insustentável” a indicação pelo Governo de uma comissão administrativa da Associação de Beneficiários do Mira que inclui como representante dos beneficiários do Aproveitamento Hidroagrícola do Mira o empresário Filipe de Botton, que é “um dos rostos da agricultura intensiva em estufas e protagonista de conflitos com esses mesmos beneficiários por uso abusivo dos recursos hídricos”.

Casa Relvas aproveita água da ETAR para regar vinhas

Zé LG, 11.07.23

7d68349b06f4d9ddfa7e3bbe7b696ff7_L.jpgA decisão de recorrer a esta solução foi motivada pela limitação das barragens da região em armazenar água suficiente para todo o ciclo vegetativo das vinhas. Utilizando a água tratada da ETAR, a herdade garante um fornecimento estável de água para irrigação.

Em 2019, avançou como um projeto-piloto, com o apoio das Águas de Portugal. Agora, depois de emitido o licenciamento necessário, o sistema já está em funcionamento e tem sido particularmente importante este ano, devido à ausência de chuva durante o período vegetativo, que obrigou a começar a rega um mês e meio mais cedo do que o normal.

Campanha cerealífera de outono/inverno “deverá ser das piores”

Zé LG, 23.06.23

imgLoader2 (1).jpgSegundo as “Previsões Agrícolas”, em 31 de maio, do INE, num ano agrícola “novamente marcado pela seca que atinge 99,9 por cento do território do continente, dos quais 35,2% em seca severa ou extrema (praticamente todo a Sul do Tejo)”, a campanha cerealífera de outono/inverno “deverá ser das piores, devido ao decréscimo das áreas e às reduzidas produtividades”.

Também as pastagens e forragens foram “consideravelmente afetadas” pela seca, sendo as disponibilidades forrageiras “insuficientes para assegurar a alimentação de muitos efetivos pecuários a Sul do Tejo”, o que resulta num “aumento na procura de alimentos conservados num cenário de escassa oferta, com os preços a duplicarem face a 2022”.