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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

“É preciso passar das palavras aos atos” para combater a seca, diz o PCP

Zé LG, 19.07.23

20230719103341743.jpgJosé Maria Pós-de-Mina diz que “é preciso passar das palavras aos atos” e destaca algumas das ideias que foram apresentadas, fundamentais para fazer face a uma realidade que tem sérias consequências a médio e longo prazo, como tem sido alertado por vários estudos sobre os riscos de desertificação do Alentejo, na iniciativa “À Conversa sobre a Seca no Alentejo: causas, consequências, medidas imediatas e estruturais”, que o PCP promoveu em Beja.Oiça aqui.

“À Conversa sobre a Seca no Alentejo: causas, consequências, medidas imediatas e estruturais”

Zé LG, 18.07.23

202201212109445094.jpg… é o mote para uma iniciativa que o PCP vai promover, esta tarde, a partir das 15.30 horas, na cafetaria do Pax Julia, em Beja, com o objectivo de aprofundar a reflexão sobre esta matéria, ouvindo diversos especialistas.

O PCP afirma que “o atual período de seca no Alentejo, e em geral no sul do País, não é uma situação nova, tornam-se cada vez mais regulares os períodos de seca na região” e que “tal realidade tem sérias consequências, seja no médio e longo prazo, como já alertado por vários estudos sobre os riscos de desertificação do Alentejo”, sendo os efeitos negativos, decorrentes desta situação, “cada vez mais evidentes na produção agrícola e pecuária, mas vão para além disso, pondo mesmo em causa o abastecimento humano, de forma muito preocupante.” Daqui, daqui e daqui.

BE critica Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo

Zé LG, 18.07.23

Regadio_800x800.jpgO Bloco de Esquerda criticou o Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo, que está em consulta pública, por considerar que “chega tarde” e “não faz as escolhas necessárias” para a região enfrentar a seca.

Considerando que o Plano até parte de “um diagnóstico realista” mas prevê “um conjunto de medidas desajustadas e subordinadas aos grandes interesses da agricultura intensiva”, o BE frisa que a “dessalinização de água ou a criação de transvases para a bacia do Sado ou do Guadiana sem redução da área de culturas intensivas e superintensivas significará apenas prolongar uma forma de produção agrícola insustentável e prejudicial” e diz que a central dessalinizadora do Mira prevista no plano visa “continuar a sobreexploração agrícola em estufas” e que o Governo “não quer promover uma agricultura mais sustentável e diversificada”, sendo “ilustrativa da manutenção de um paradigma insustentável” a indicação pelo Governo de uma comissão administrativa da Associação de Beneficiários do Mira que inclui como representante dos beneficiários do Aproveitamento Hidroagrícola do Mira o empresário Filipe de Botton, que é “um dos rostos da agricultura intensiva em estufas e protagonista de conflitos com esses mesmos beneficiários por uso abusivo dos recursos hídricos”.

Casa Relvas aproveita água da ETAR para regar vinhas

Zé LG, 11.07.23

7d68349b06f4d9ddfa7e3bbe7b696ff7_L.jpgA decisão de recorrer a esta solução foi motivada pela limitação das barragens da região em armazenar água suficiente para todo o ciclo vegetativo das vinhas. Utilizando a água tratada da ETAR, a herdade garante um fornecimento estável de água para irrigação.

Em 2019, avançou como um projeto-piloto, com o apoio das Águas de Portugal. Agora, depois de emitido o licenciamento necessário, o sistema já está em funcionamento e tem sido particularmente importante este ano, devido à ausência de chuva durante o período vegetativo, que obrigou a começar a rega um mês e meio mais cedo do que o normal.

Campanha cerealífera de outono/inverno “deverá ser das piores”

Zé LG, 23.06.23

imgLoader2 (1).jpgSegundo as “Previsões Agrícolas”, em 31 de maio, do INE, num ano agrícola “novamente marcado pela seca que atinge 99,9 por cento do território do continente, dos quais 35,2% em seca severa ou extrema (praticamente todo a Sul do Tejo)”, a campanha cerealífera de outono/inverno “deverá ser das piores, devido ao decréscimo das áreas e às reduzidas produtividades”.

Também as pastagens e forragens foram “consideravelmente afetadas” pela seca, sendo as disponibilidades forrageiras “insuficientes para assegurar a alimentação de muitos efetivos pecuários a Sul do Tejo”, o que resulta num “aumento na procura de alimentos conservados num cenário de escassa oferta, com os preços a duplicarem face a 2022”.

“A pecuária extensiva corre sérios riscos”

Zé LG, 20.06.23

ng1909631 porco alentejano.jpgNuno Faustino, presidente da ACPA - Associação de Criadores do Porco Alentejano, mostra-se muito preocupado com a seca e com “as consequências terríveis que está a ter no sector agrícola”, pelo que considera que só há dois caminhos para que a pecuária em extensivo tenha futuro: “ou com o apoio do ministério da Agricultura ou com a drástica redução de efetivos nas explorações”.

Apicultores do Alentejo estimam quebras na produção de mel e lamentam falta de apoios

Zé LG, 19.06.23

20230618110140685.jpgAs associações de apicultores do Alentejo estimaram que a produção de mel na região pode registar quebras, em alguns casos, de 90%, devido à seca, e lamentaram a falta de apoio da tutela para o setor.

Seis associações afirmaram que “a apicultura está a ser ignorada pelo Ministério da Agricultura”, avisando que, se a situação se mantiver, “vai acentuar-se, cada vez mais, o declínio, já observado, dos polinizadores naturais” e sublinham que: “É completamente incompreensível que Portugal seja o único país da UE [União Europeia] que não contemple a apicultura nas medidas agroambientais, nem tenha qualquer tipo de apoio direto aos apicultores”.

As associações advertiram que, este ano, devido à situação seca que afeta a região, “a quebra da produção de mel no Alentejo pode chegar, em alguns casos, aos 90%”.

Campanha cerealífera “deverá ser das piores” devido à seca

Zé LG, 26.05.23

agricultura.jpg“A campanha cerealífera de outono/inverno está definitivamente comprometida”, diz o INE, acrescentando que “as searas apresentam povoamentos ralos, palhas e espigas curtas e deficiências no enchimento do grão, que se irão traduzir em baixas produtividades, nalguns casos residuais, havendo inclusivamente relatos de áreas de trigo mole e cevada a serem cortadas para feno”. No regadio, os cereais também vão sofrer quebras.

Face a este cenário, o INE prevê que “a atual campanha cerealífera deverá ser das piores, devido ao decréscimo das áreas e às reduzidas produtividades”.

Resposta à escassez hídrica está a ser desajustada

Zé LG, 25.05.23

202102111258486043.pngAs autoridades oficiais estão a responder à escassez de água com medidas desajustadas aos objetivos das políticas ambientais, alertou hoje a Plataforma Água Sustentável (PAS), manifestando-se contra soluções como a dessalinizadora ou a captação de água no Guadiana.
A PAS advertiu sobre a falta de resposta institucional atempada ao problema da escassez hídrica, sobretudo no Algarve”, e apontou alternativas como a “adequação das culturas agrícolas aos recursos hídricos existentes e às características climáticas de cada zona, prevenindo a escassez futura”, soluções “prioritárias” como a “conservação do solo para otimizar a retenção de água pluviais”, a “reflorestação com espécies autóctones, diversificadas e resilientes”, o “restauro e reabilitação de linhas de água” ou o “aproveitamento de água de escoamento superficial, executando retenções de água para abastecimento de pequenos regadios a jusante”.
“A diversificação das origens de água deverá ser feita através do recurso às águas fluviais e residuais tratadas”. É também necessário fazer o “controlo e gestão de cheias, particularmente nas zonas urbanas do litoral”, promover a “captação e armazenamento de águas pluviais nos edifícios” e a criação de açoteias e cisternas que são “ainda tradição no Algarve”, aumentar a “utilização de águas residuais tratadas” para regar campos de golfe ou espaços verdes e combater as perdas nas redes urbanas e de regadio, apontou.