“A OM tem responsabilidades óbvias, quer aceitando numerus clausus em largos períodos da sua existência, não apostou como devia no prestígio e manutenção das carreiras médicas, ... Propôs e aceitou grelhas burocráticas de avaliação que não só não premiavam os melhores, como eram facilmente impugnados os resultados. Nunca teve uma palavra na defesa dos Centros de Referência, nem nunca denunciou a competição desleal dos privados, ao poderem ir buscar os especialistas aos hospitais públicos, sem ter de indemnizar o Estado pelo esforço financeiro do custo dessa formação. Competia também à nossa Ordem, apoiar a permanência dos jovens especialistas formados nos hospitais públicos, um tempo de permanência obrigatória no SNS, antes de poderem aceitar trabalhar no privado ou no estrangeiro. Nunca vi a OM defender modelos organizacionais multidisciplinares, essenciais para a formação correta dos jovens especialistas. ... Proponha-se um grande debate dentro da classe, aberto a todos os que quiserem participar, até com o patrocínio do PR, ..., e era a altura certa. Repor as carreiras com dignidade e dando-lhes prestigio, ajudando a reter os profissionais no SNS, combatendo a competição completamente desleal dos privados, obrigando-os a ter regras e não saquearem o público, modernizar a formação, prestigiar exames e concursos acabando com grelhas que envergonham e não premeiam os melhores. ” Eduardo Barroso, aqui.