O Livre manifesta a sua "forte oposição às iniciativas de prospeção de minérios no Alentejo, designadamente em Montemor-o-Novo, da responsabilidade da empresa E79 Portugal, e em Moura, da responsabilidade da Novum Resources Lda", porque "A exploração de minérios a céu aberto provoca danos profundos e irreparáveis no meio ambiente, destruindo habitats e desfigurando a paisagem. A dinamitação e a exploração emitem partículas nocivas para a saúde no ar, para além do ruído perturbador.”

Vai avançar, no primeiro semestre deste ano, a nova empreitada de recuperação ambiental da antiga área mineira de Aljustrel, num investimento superior a 4,8 milhões de euros, financiada pelo Programa Regional Alentejo 2030, “complementar à reabilitação hidrológico-ambiental que já anteriormente foi feita em diferentes intervenções e que permitiu, em diferentes períodos, reabilitar a antiga zona de Algares”.
O projeto foi apresentado no Parque Mineiro de Aljustrel, pela Empresa de Desenvolvimento Mineiro, à Secretária de Estado da Energia e ao Município de Aljustrel, e, de acordo com Carlos Teles, presidente da Câmara de Aljustrel, tem uma “importância fundamental” para recuperação do passivo ambiental das minas.

“Aqui está um exemplo de um investimento público que pode ajudar a criar riqueza para a região e para o país, acrescentando valor aos nossos recursos geológicos e ajudando a atrair novos investimentos”, frisou a secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, durante a sua intervenção na cerimónia de inauguração do projeto CEGMA 2.0, em Aljustrel, no distrito de Beja.
A intervenção do LNEG (Laboratório Nacional de Energia e Geologia) nas suas instalações em Aljustrel visou “dotar o espaço de meios avançados de investigação, facilitando o desenvolvimento de novos projetos em geologia e prospeção mineral”, através de equipamentos e “meios analíticos e de processamento de rochas e minerais, favorecendo a aplicação de técnicas de datação de rochas, de estudos de geoquímica, de petrografia e de cartografia geológica, geoquímica e geofísica”.

A primeira sessão participativa do projeto INCOME - Inputs para uma região mais sustentável-Instrumentos para a gestão de zonas contaminadas por metais realizou-se no Salão Musical da Mina de São Domingos, com a participação de elementos da população e representantes de diversas entidades.
O Projeto INCOME propõe a criação de um modelo de gestão ambiental para áreas mineiras contaminadas por metais potencialmente tóxicos, que irá integrar os resultados da aplicação de um conjunto de métodos e instrumentos de análise, sendo os inputs para as regiões contaminadas alcançados através da otimização e poupança de recursos nas etapas de amostragem e análise, controle e gestão da contaminação por metais em tempo real.

A multinacional sueco-canadiana Lundin Mining anunciou a venda da Somincor, concessionária da mina de Neves-Corvo, em Castro Verde, aos suecos da Bolinden, num negócio que envolve também a mina sueca de Zinkgruvan, num montante total que ascende a 1,52 mil milhões de dólares (cerca de 1,44 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual) e que deve ficar concluído até meados de 2025, sendo que, no caso português, o processo carece de “aprovação da alteração de controlo pela Direção-Geral de Energia e Geologia, ao abrigo do Contrato de Concessão Neves-Corvo”.

O presidente da Câmara de Castro Verde, António José Brito, considerou que a venda da mina de Neves-Corvo à sueca Boliden é “um processo normal”, esperando que os novos proprietários possam “fortalecer a empresa” e “a sua produtividade” e defendeu ainda que “será fundamental que a Boliden entenda, também, que não pode prescindir de continuar uma atitude de elevada responsabilidade ambiental e social”.

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