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O primeiro-ministro António Costa recusou o pedido de demissão do ministro das Infraestruturas, João Galamba, desafiando Marcelo Rebelo de Sousa, que pretendia a demissão do ministro.
António Costa justificou a sua decisão por, em consciência, não poder aceitar a demissão de um ministro capaz, que tem sido atacado por responsabilidades que não tem, assumindo que, com essa decisão, estava a contrariar a opinião dos comentadores, de líderes políticos e, eventualmente, da maioria da opinião pública.
O PR manifestou a sua discordância dessa decisão, mas, para já, não tomou a decisão de demitir o governo e convidar António Costa a formar um novo governo, nem dissolveu a Assembleia da República, marcando novas eleições antecipadas, como tem vindo a insinuar poder fazer.
Discordando politicamente do primeiro-ministro, pela política que o seu governo tem vindo a praticar e, neste caso em particular, por insistir em privatizar a TAP, sem garantir os interesses nacionais, apreciei o facto de António Costa ter tomado uma decisão politicamente incorrecta, de acordo com a sua consciência (e calculismo político?), contra tudo e contra todos. Porque para isso é preciso "tê-los no sítio" e, num tempo em que proliferam os eunucos políticos, tal atitude merece ser reconhecida.
Mantém-se assim a crise política, alimentando os jogos florais da politiquice, sem que se altere o essencial - a política -, de forma a dar resposta as principais problemas do País e das pessoas.