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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

O que deve acontecer a um governo que não respeita as suas próprias decisões?

Zé LG, 03.10.25

Sem nome (111).pngParece-me – e espero estar errado -, que Luís Montenegro está a ser demasiado irresponsável, para não dizer algo mais forte, ao dizer que: "Lamento que tenha havido um erro processual no início, quando a questão foi suscitada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, que está neste momento identificado e não há mais nada a dizer sobre isso, porque tudo o resto foi uma tramitação perfeitamente normal". Não existe uma decisão do seu governo de embargo à venda de armas e passagem pelo território nacional de material militar para Israel? Ou esta decisão foi só para “inglês ver” ou, melhor dizendo, foi areia atirada para os olhos dos portugueses? Não se trata apenas de uma falha procedimental, como quer fazer-nos crer. Houve, o que é bastante mais grave, um desrespeito evidente por uma decisão do seu próprio governo, autorizando tacitamente o que não podia ter autorizado - a passagem pelo território nacional de material militar para Israel.

 

“o mito de que o Estado tem um peso desmesurado na economia portuguesa”

Zé LG, 18.09.25

550350821_2610075055998781_6825993462290377087_n.jpg«Apesar de sermos dos países que mais reduziram a despesa pública em proporção do PIB, os partidos, comentadores e trolls de direita continuam a jurar que é preciso cortar mais nas “gorduras do Estado”.
Depois, pesarosos, queixam-se de que o Estado português não dá as respostas de que as pessoas precisam – na saúde, na educação, na habitação, no atendimento público, etc. Continuem a cortar, a ver se melhora…» Ricardo Paes Mamede, aqui.

Portugal com maior queda do rendimento real das famílias na OCDE

Zé LG, 11.08.25

Sem nome (99).pngO rendimento real das famílias portuguesas recuou 4,5%, em cadeia, no primeiro trimestre, “principalmente devido ao aumento dos impostos a pagar, com o PIB real per capita também a contrair-se (-0,6%)”, indica a OCDE. “Este aumento nos impostos ocorreu após uma queda no trimestre anterior, na sequência de mudanças no regime tributário”, salienta a organização.

Esboço de Programa Económico, apresentado em 1974 por Francisco Pereira de Moura

Zé LG, 09.08.25

13653-cc1b70d5dc19747ebae7ac60f2fdfb18.jpeg«Mas há que apontar sobretudo para o futuro. E os objetivos serão, certamente, o aumento do nível de vida dos portugueses, bem como a redução das desigualdades mais gritantes que, atualmente, se verificam.
O aumento do nível de vida exige o aumento da produção.
E neste campo a situação caracteriza-se pela estagnação na agricultura.
... haverá que orientar — estimulando produções, apoiando tecnicamente, ajudando ao financiamento e à comercialização, designadamente por formas cooperativas — a agricultura; e não será o menor dos problemas a reconversão da máquina corporativa, que pode ser da maior utilidade desde que enformada por novos princípios e com homens novos — os autênticos rurais, trabalhadores e pequenos e médios empresários — a gerir os seus destinos.
E haverá que começar a preparar transformações estruturais mais profundas, sob pena de tudo tender a aniquilar-se. Chame-se ou não (conforme as conveniências políticas) “reforma agrária” a tais transformações, uma coisa é certa — a longo prazo serão inevitáveis, e há que estar preparado.» 

Portugal reforçou a sua posição como um dos países mais seguros do mundo

Zé LG, 03.08.25

Sem nome (96).png... alcançando o 5.º lugar na Europa e mantendo-se entre os sete países mais pacíficos a nível global, de acordo com o mais recente Índice de Paz Global (GPI) de 2024, destacando-se pela baixa taxa de criminalidade, estabilidade política e forte coesão social. Portugal surge, assim, como um destino de eleição para quem procura qualidade de vida, estabilidade e um ambiente acolhedor, o que, para além de ser um fator determinante para residentes, tem-se revelado um trunfo valioso na atração de turistas e investidores estrangeiros.

O país estava a caminho da desgraça? Vejam os dados.

Zé LG, 23.07.25

195448370_1460866497586315_9127435544519192663_n (1).jpg"A direita toda - PSD, Chega, IL ... - passou oito anos a garantir que o país estava a caminho da desgraça. Os dados desde 2015 (até ao ano mais recente) são estes:
📌 Saúde
👩‍⚕️ Mais cuidados primários: de 10M (2016) para 10,6M de utentes (2024). 🏥 Mais cirurgias: de 3,6M (2015) para 5,1M (2024). ⏳ Menos espera por cirurgias: de 40 dias (2015) para 29 dias (2024). 💙 Esperança de vida subiu de 81,3 anos (2015) para 82,5 anos (2023). 👶 Mortalidade infantil desceu de 2,9‰ (2015) para 2,5‰ (2023).
📌 Educação
📉 Abandono escolar precoce caiu de 13,7% (2015) para 6,6% (2024). 🎒 Frequência na pré‑escola quase total: de cerca de 93% perto de 100%. 🎓 Mais qualificação: 61,5% da população (25‑64 anos) já tem pelo menos o secundário (era 45,1% em 2015).
📌 Economia
📉 Dívida pública: de 131,2% (2015) para 94,9% (2024). 📈 Taxa de emprego: de 67,9% (2015) para 78,5% (2024). 📉 Desemprego: de 13% (2015) para 6,5% (2024). 💸 Despesa com juros da dívida caiu de 4,6% para 2,1% do PIB.
Nada mau, para um país à beira do abismo. Desde há um ano e meio o país pouco mudou, mas é claro que a desgraça que anunciavam desapareceu, ou está em vias de desaparecer, por milagre. A bem dizer, há um domínio em que as coisas não pararam de piorar nos últimos anos: a habitação. Os preços médios mais do que duplicaram e uma parcela crescente da população vê-se aflita para ter casa onde viver." Ricardo Paes Mamede, aqui.

"Como manteremos a noção de ser humano respeitável, digno, livre?"

Zé LG, 10.06.25

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'Os Lusíadas' expressa corajosas verdades dirigidas aos rostos dos poderes que elogia", Camões mencionava "o vil interesse" do dinheiro, a mesquinhez e a falta de seriedade intelectual que estavam a tomar lugar nessa mudança de época que estava a viver. Camões, Cervantes e Shakespeare expuseram "os meandros da dominação" e como é possível que "figuras enlouquecidas" tomem o poder. "Nos dias que correm trata-se do surgimento de um novo tempo que está a acontecer à escala global": "O poder demente, aliado ao triunfalismo tecnológico, faz com que cada manhã sintamos" que há uma vertigem de mudança em que "os cidadãos são apenas público que assiste ao espetáculo". "Aqui ninguém tem sangue puro. Somos descendentes do escravo e do senhor que o escravizou, filhos do pirata e do que foi roubado", desejando-se que a consciência dessa miscigenação "talvez mitigue a fúria revisionista" que hoje em dia parece só olhar para "o pecado dos Descobrimentos". "Como manteremos a noção de ser humano respeitável, digno, livre?" Os portugueses acabaram com uma longuíssima ditadura e conseguiram estabelecer novas relações com os países colonizados. "Leio Camões, aquele que nunca morreu, com a certeza de que partilho da sua ideia de que o ser humano é um ser de resistência e de combate. É só preciso determinar a causa certa". Lídia Jorge, no seu discurso com Comissária do dia de Portugal e das Comunidades.