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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Onde nos vai levar a guerra comercial aberta por Trump?

Zé LG, 03.02.25

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Donald Trump oficializou a aplicação pelos EUA de tarifas aduaneiras de 25% sobre as importações do Canadá e México e uma taxa adicional de 10% à China, como forma de luta contra a entrada de drogas e imigrantes ilegais no país. Canadá e México vão avançar com a imposição de tarifas às importações norte-americanas e a China vai impor "medidas correspondentes". A China garante que "Não há vencedores numa guerra comercial ou tarifária" e que “espera que os EUA analisem e lidem com problemas como o fentanil de forma objetiva e racional, em vez de ameaçar constantemente outros países com tarifas". O Canadá lembrou que "Isto terá consequências reais para ... o povo norte-americano, acrescentando que isso resultaria em preços mais elevados, nomeadamente no caso de bens essenciais". O México rejeitou "categoricamente a calúnia da Casa Branca de que o Governo mexicano tem alianças com organizações criminosas, bem como qualquer intenção de interferir no nosso território".
A França declarou que as negociações comerciais da Europa com os EUA “devem assumir uma forma de equilíbrio de poder“, e que “Para ser eficaz, a resposta deve centrar-se nos produtos que são importantes para o seu homólogo” e tem de “ter um impacto na economia norte-americana, de forma a constituir uma ameaça credível nas negociações”, e o Japão afirmou que está “profundamente preocupado” com as potenciais repercussões na economia global das novas taxas aduaneiras impostas pelos Estados Unidos à China, ao Canadá e ao México.

“Não podes é olhar sempre para o mesmo”

Zé LG, 01.02.25

Sem nome (14).png«Não podes é olhar sempre para os mesmos, ou melhor, sempre para o mesmo, LG. Também tens que olhar para o que se passa à sua volta e sobretudo os seus rivais, China, Rússia e Irão, que aliás o condiciona. Tal como a nível interno, pois Donald Trump só foi eleito porque do outro lado, o movimento Woke ameaçava tomar conta do Partido Democrata, e ele soube e conseguiu atrair a maior parte de voto dos indecisos e moderados.
Para analisares as evoluções dos regimes políticos em qualquer país, tens que estar atento e interpretar o que se passa a nível interno e externo, e os EUA não são exceção. Agora o que me parece, é que o que verdadeiramente interessa aqui é a ideologia proto-comunista e nada mais.» Anónimo 01.02.2025, aqui. Imagem daqui.

A "Cooperação para a Era Inteligente" não deve deixar ninguém para trás

Zé LG, 22.01.25

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpgComeçou ontem e decorre até ao próximo dia 24, a 55.ª edição do Fórum Económico Mundial de Davos 2025, que reúne mais de três mil líderes políticos, empresariais e da sociedade civil, entre os quais cerca de 60 chefes de Estado e de Governo e 900 líderes de grandes empresas, para definir qual é a agenda do ano para solucionar desafios globais, como mudanças climáticas, geoeconómicas e tecnológicas.
Este ano, o ponto central das discussões do Fórum será voltado para o avanço tecnológico, sob o tema "Cooperação para a Era Inteligente", baseado na ideia de que tecnologias convergentes estão levando a uma revolução social.
O programa está orientado em torno de cinco prioridades temáticas distintas, mas interligadas: Reconstruir a Confiança; Reavaliar o Crescimento; Investir nas Pessoas; Proteger o Planeta; e Indústrias na Era da Inteligências Artificial.
Como se pode verificar e como seria de prever, tratrando-se de um fórum económico, as atenções centram-se muito mais no crescimento económico do que no desenvolvimento e no combate às desigualdades, que um estudo divulgado confirma que se acentuaram com o aumento da concentração da riqueza e o aparecimento de novos multimilionários.

Trump tomou posse e prometeu uma "Era de Ouro" para os EUA

Zé LG, 21.01.25

Sem nome (8).pngDonald Trump foi ontem empossado como o 47.º presidente dos Estados Unidos da América, regressando para um segundo mandato na liderança da Casa Branca. Fez um discurso de posse que incluiu uma série de medidas para tornar "os Estados Unidos grandes novamente" e prometeu ao país uma "Era de Ouro", para que volte "a ser respeitado em todo o mundo” e uma nação em crescimento que vai fincar a sua bandeira em Marte. Prometeu assumir o controlo do Canal do Panamá, rebatizar o Golfo do México para Golfo da América e reforçar a tributação dos países estrangeiros; revogar várias medidas ou políticas do governo anterior, como eliminar os programas de diversidade sexual, retirar o país do Acordo de Paris e decretar uma “emergência energética nacional”, para expandir significativamente a extração de hidrocarbonetos no maior produtor mundial de petróleo e gás; expulsar "milhões e milhões" de imigrantes ilegais. Ver aqui mais medidas.

Calma! O que tem de ser tem muita força.

Zé LG, 15.01.25

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpgCalma, mas não a do calor, que essa já ultrapassou a meta estabelecida pelo Acordo de Paris, em 2015, como fronteira entre um planeta habitável ou não. 2024 foi o primeiro ano em que as temperaturas globais ultrapassaram aquele limite de 1,5°, e as temperaturas mais altas da história registaram-se no período dos últimos dez anos.
Os impactos das mudanças climáticas registam-se em todos os continentes. Incêndios florestais estão a devastar a Califórnia, tal como, em 2024, atingiram a Bolívia, o Brasil e a Venezuela, ondas de calor mataram milhares de pessoas no México e na Arábia Saudita e inundações torrenciais atingiram o Nepal, o Sudão e a Espanha.
Estes são apenas alguns exemplos mais expressivos dos impactos que as alterações climáticas estão a ter no Planeta e dos resultados do pouco que está a ser feito para os prevenir, apesar dos muitos compromissos e promessas assumidos pelos governos.
Mas da calma de que vos quero falar hoje é da tranquilidade e do bom senso que estão a escassear nos governantes e na opinião publicada. Veja-se o que se está a passar em resultado das eleições nos Estados Unidos da América. Com a vitória dos Republicanos e a eleição de Donald Trump, de repente parece que tudo o que era considerado disparate e impossível de acontecer passou a ser tratado como um novo normal e discutido o modo e o tempo da sua concretização.

Município de Vidigueira assinou Memorando de Entendimento com cidade japonesa de Uki

Zé LG, 12.01.25

473138548_1009985664491924_1807967541079938599_n.jpgNo passado dia 6 de Janeiro, foi assinado um Memorando de Entendimento entre o Município de Vidigueira, representado pelo Presidente Rui Raposo, e a cidade de Uki no Japão, representada pelo Presidente Kenshi Morita, com o intuito de promover a partilha de boas práticas no âmbito da promoção cultural e do património, da gestão desportiva, (mais concretamente na área da formação juvenil no futebol), da agricultura (em particular no setor vitivinícola) e do desenvolvimento económico, através da possibilidade de intercâmbios no âmbito público e privado.
A comitiva japonesa teve oportunidade, durante dois dias, de conhecer alguns aspetos da realidade local através de visitas a empresas e entidades de forma a permitir a criação de pontes e futuras colaborações.

'Pepe' Mujica anuncia que está a morrer e despede-se

Zé LG, 11.01.25

Sem nome (4).png“O meu ciclo acabou. Claramente, estou em vias de morrer. O guerreiro tem direito ao seu repouso. Que me deixem tranquilo. Que não me peçam mais entrevistas ou o que quer que seja", declarou, em entrevista ao semanário Busqueda, o antigo presidente do Uruguai, José 'Pepe' Mujica, de 89 anos. "Quero dizer adeus aos meus compatriotas". "É fácil respeitar quem pensa como você, mas é preciso aprender que o fundamento da democracia é o respeito pelos que pensam de forma diferente (...). Abraço-vos a todos", concluiu.
Apesar da doença, Mujica envolveu-se totalmente na campanha eleitoral para as presidenciais, ganha no início de dezembro pelo candidato da coligação de esquerda da Frente Ampla, Yamandu Orsi.
Designado "o presidente mais pobre do mundo" por ter entregado a quase totalidade dos rendimentos de chefe de Estado a um programa de habitação social, José Mujica fez do Uruguai um Estado pioneiro na adoção de medidas progressistas como o aborto, o casamento homossexual ou a legalização do canábis, que foi mesmo uma novidade à escala mundial.
Antigo guerrilheiro, passou 13 anos preso, a sua maior parte dos quais sob a ditadura militar (1973-1985) e foi torturado, antes de ser deputado, senador, ministro e, por fim, presidente de um país em democracia, entre 2010 e 2015.

Saída do Reino Unido da UE não correspondeu às promessas

Zé LG, 06.01.25

ue_reino_unido-e1605962011988-750x430.jpgOs defensores do Brexit prometeram uma nova era de soberania britânica e uma repressão à migração, mas, meia década depois, e em vários indicadores, parece ter sido um fracasso, cujos custos ainda estão a ser determinados: segundo o órgão regulador do Governo, a economia sofrerá um impacto de 15% no comércio a longo prazo, sendo que os especialistas têm apontado que o Reino Unido sofre uma perda de produção de 100 mil milhões de libras (cerca de 120,4 mil milhões de euros) a cada ano. E a nível de migração, estão nos níveis mais alto desde o início dos registos, enquanto setores importantes enfrentam escassez de pessoal.
O ex-vice-primeiro-ministro Lord Heseltine disse que o Brexit “foi um desastre histórico”. “Destruiu a liderança da Grã-Bretanha na Europa justamente num momento em que havia uma necessidade crítica para isso, fechou oportunidades para a geração mais jovem partilhar os benefícios da Europa e negou à base industrial da Grã-Bretanha acesso à pesquisa e às políticas europeias. A nossa economia está muito pior por causa disso e não há nenhuma autoridade respeitável que negue isso”, frisou, garantindo que “o povo britânico sabe que foi enganado e que o engano é medido em padrões de vida reduzidos”.

“o estado deplorável da democracia e do espaço mediático que vivemos”

Zé LG, 16.12.24

373555398_2558385417661641_1445969446447450010_n.jpg«Quem, ..., questionava os motivos oficiais desta guerra e não alinhava na versão simples e maniqueísta do «invadido e do invasor», dos bons contra os maus, e antevia que a Rússia não ia ser derrotada, sendo necessária uma solução diplomática, era democraticamente trucidado na praça pública, vítima de julgamentos de carácter, apelidado de putinista, traidor, e objeto de outros encómios. Independentemente da razoabilidade dos seus argumentos, a sua opinião era, por não enquadrada nos cânones permitidos, liminarmente desconsiderada. Esta campanha de comunicação estratégica veio trazer à tona o estado deplorável da democracia e do espaço mediático em que vivemos. Deixou de haver necessidade de escrutinar os argumentos. Qualquer coisa servia. ... os soldados russos não tinham munições, aprendiam a manejar as armas na wikipedia, estavam mal equipados, não tinham meias, Shoigu tinha sido demitido, e Putin tinha vários cancros, etc. Ouvimos, inclusivamente, a Presidente da Comissão Europeia no Parlamento Europeu dizer, sem se rir, que «o Exército russo está a retirar chips das máquinas de lavar e dos frigoríficos para consertar o seu armamento, porque já não tem semicondutores. A indústria russa está feita em cacos.». ....»
Carlos Branco, Major-General, (em 'The Blind Spot - Geoestratégia', 25/08/2023), daqui.