Aberta a caça ao voto
A caça ao voto, que estava prevista para a Primavera, para as eleições para o Parlamento Europeu que se realizam em Junho, foi antecipada para o Inverno, com a antecipação das eleições para a Assembleia da República, para 10 de Março, em consequência da demissão do governo e da dissolução da Assembleia da República, que serão consumadas nos próximos dias, após a aprovação do Orçamento de Estado.
Sabemos que para assumir o poder é preciso ganhar eleições ou obter acordos pós eleitorais que assegurem maiorias parlamentares que suportem o governo. E os partidos que nele não participem, para influenciar a política e as políticas do governo, têm necessidade de conquistar os votos suficientes que lhes permitam essa capacidade.
Daí resulta que, antes de mais, é preciso conquistar os votos necessários para uma ou outra das situações referidas. E, portanto, a caça ao voto é, para além de legítima, necessária para a afirmação dos partidos enquanto actores e suportes principais da democracia. O que pode não ser legítimo é a forma e os meios que são usados para os conquistar.