“O Partido Socialista cometeu erros infantis”
«O Partido Socialista cometeu erros infantis que custaram caro aos contribuintes. Teve uma oportunidade de ouro conseguida de forma inteligente contra a opressão austera de Pedro Passos Coelho que, embora tendo ganho (estranhamente) as eleições, não formou governo, dando origem à Geringonça. António Costa foi bem sucedido (graças a Mário Centeno) e levou-o a uma maioria absoluta. É sabido que, em Portugal, as maiorias absolutas descambam em governações medíocres com tiques de autoritarismo. Costa estava sempre de extintor na mão para apagar incêndios provocados pelos escolhidos. E esses medíocres têm rosto.
O poder é viciante; provoca comportamentos adictos; a dose tem tendência para aumentar quando o efeito se torna rotineiro. Também corrompe; é fácil ao titular do poder deixar-se apanhar pelos tentáculos do polvo corruptor. E cega; o titular do poder tem tendência para capsular e abstrair-se da realidade. Quando sai à rua geralmente ouve dizer “o rei vai nu”.
E há sempre um Cristo que paga as favas todas. Desta vez foi Pedro Nuno Santos.» António Nascimento, aqui.