“Ganhou o nuclear e França na eletricidade e ganhou Espanha e porto de Barcelona no gás”, enquanto “Portugal ficou para trás”, porque “perdeu nas duas dimensões” e ficou “pior”, porque “caíram os compromissos internacionais, ..., para a construção de duas interligações eléctricas nos Pirinéus e só se manteve o Golfo da Biscaia”, que “eram muito mais importantes que qualquer ligação de gás, e mais ainda que uma troca de gasodutos que secundariza o terminal de Sines. O “acordo também é mau para Portugal na dimensão das interligações de gás porque faz uma troca de gasodutos que secundariza e menoriza o terminal de Sines”, porque “a nova interligação entre Barcelona e Marselha, o BarMar, valoriza os terminais de gás espanhóis de Barcelona e Valência, e faz com que o porto de Sines perca importância estratégica”, justificou Paulo Rangel, acrescentando que “mesmo a questão do hidrogénio verde suscita as maiores dúvidas”, uma vez “é preciso adaptar toda a rede” e “nada se sabe sobre isto”.
Não sei se Paulo Rangel tem razão, mas sempre que ouvi António Costa a defender tão veementente o acordo fiquei com dúvidas se não haveria "gato escondido com rabo de fora"... Espero que o futuro venha a desmentir a visão de Paulo Rangel, para bem de Sines e de Portugal.