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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

“Alguém imagina que uma potencia nuclear pode perder uma guerra com um país que não o é?”

Zé LG, 18.03.23

Sem nome (12).png«... a única solução para o fim do conflito só é possível quando o presidente norte americano, Joe Biden se sentar à mesa com Putin para negociarem os termos que conduzirão à paz. …, não tem em conta juízos éticos ou morais, resulta apenas da análise da capacidade militar e estratégica dos países em conflito. ..., uma coisa são desejos e aquilo que consideramos justo, outra é a realidade.

Os dados que podem ditar um vencedor estão todos do lado Russo. ..., a Federação Russa tem uma capacidade militar muito superior ao seu oponente, desde logo por ser uma potência nuclear. …, ... A Rússia tem cerca de 150 milhões de habitantes e a Ucrânia 45 milhões. … O problema vai centrar-se ao nível da escassez de recursos humanos e o prolongar da guerra vai agudizar este problema. …

Os Estados Unidos têm consciência de que chegará o momento em que irão ter duas opções, ou entram na guerra com meios e homens e aí estamos perante aquilo que poderemos considerar uma III Guerra Mundial, com um fim imprevisível dado que o perigo do uso de armamento nuclear sobe consideravelmente, ou “forçam” a Ucrânia a negociar, provavelmente cedendo território aos russos. Este é o dilema que se coloca ao Presidente Joe Biden e este sabe muito bem disso. Para o bem da humanidade o presidente americano irá sentar-se à mesa com Putin e negociar os termos que levarão à paz.»

Sónia Leal Martins, aqui.

Construir a paz ou caminhar para terceira guerra mundial

Zé LG, 01.03.23

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpgÉ vulgar dizer-se, mas nunca como hoje foi tão verdadeiro, que o mundo está a tornar-se num sítio perigoso para se viver.

Sempre existiram e continuam a existir muitas guerras por esse mundo fora. Mas, como quase todas elas, desde a segunda Guerra Mundial, acontecem longe de nós incomodamo-nos com elas durante uns dias, enquanto são notícias importantes nos telejornais. Depois, acostumamo-nos às notícias que sobre elas nos chegam durante mais uns tempos até nos esquercermos delas. Os mortos, os feridos e estropiados, os deslocados e todo o sofrimento por que passam os povos que nelas são forçados a envolver-se pouco mais do que números e imagens fugazes representam para nós.

 

 

Se o PCP só dissesse isto eu até estava de acordo...

Zé LG, 21.04.22

20220420_declaracao_paulsa_santos_conferencia_impr«Face à grave situação na Ucrânia e no Leste da Europa, que afecta de forma preocupante toda a situação mundial, o PCP reafirma a necessidade de serem realizados todos os esforços no sentido da paz e contra a escalada da guerra e que deve ser este objectivo que deve pautar o papel de Portugal e das suas instituições. Ao mesmo tempo, o PCP reafirma que não tem nada a ver com o governo russo e o seu presidente. A opção de classe do PCP é oposta à das forças políticas que governam a Rússia capitalista e dos seus grupos económicos

O problema é que, quando explica mais a sua posição, atribui todas as responsabilidades pela situação ao governo ucraniano e seus apoiantes e passa olimpicamente ao lado das responsabilidades de Putim e do governo russo, como se não tivesse sido a Rússia a invadir a Ucrânia e a iniciar a guerra. Para além de todas as razões e justificações que possam existir ou ser apresentadas, há um país agressor e um país invadido e a ser destruído, há milhões de ucranianos que tiveram de fugir das suas casas, das terras e do país onde viviam, deixando tudo para trás. Há milhares de mortos e muitos mais feridos. Todas as guerras têm essas consequências, em maior ou menor grau. Mas quem iniciou esta e quem invadiu a Ucrânia foi a Rússia. Putin e o governo russo não podem deixar de ser condenados por isso. Tal como todos os outros que tiveram responsabilidades semelhantes noutras situações. Mas agora é desta que se trata. O PCP não pode dizer que defende a Paz e não responsabilizar quem iniciou esta guerra e invadiu um país.

Quem (não) quer a Paz?

Zé LG, 27.03.22

image.jpgSou contra a invasão da Ucrânia, como sou contra a invasão de qualquer outro país soberano. A Rússia, tal como todos os países que invadiram outros países soberanos, merece a nossa condenação. Dito isto, que parece amplamente consensual, pergunto se todos os que agora se dizem “ucranianos” se dizem (ou disseram alguma vez) igualmente “iraquianos” ou “palestinos”, só para dar dois exemplos...

Não gosto de unanimismos e temo as visões únicas de situações e problemas complexos. E fico preocupado com a forma como são tratados todos os que levantam a mínima dúvida em relação à visão única que nos é apresentada.

A invasão da Ucrânia e a guerra feita pela Rússia neste país soberano, não tem justificação. Não me parece que tenha sido esgotada a via diplomática para resolver diferendos e conflitos existentes. Mas a guerra está lá, a matar e ferir milhares de pessoas, a expulsar muitas mais daqueles territórios, a destruir cidades e vidas. Quando vai acabar? Fica por ali contida ou estende-se a outros países? Que consequências vai ter na Ucrânia, na Rússia, na Europa e no Mundo? Mesmo à distância já sentimos algumas. Mas que mais irá acontecer?

Perante esta dramática situação, ouvimos apelos à paz mas não vemos serem dados passos nesse sentido. Antes pelo contrário, vemos, ouvimos e lemos declarações de guerra, acusações de crimes contra a humanidade e uma corrida ao reforço do armamento. Será este o caminho para se chegar ao cessar fogo e à construção dos compromissos necessários ao fim da guerra e à contrução da paz?

Nestas situações críticas – a pandemia, a guerra -, por que passamos é frequente dizer-se que todos perdemos. Mas não é verdade! Veja-se o que aconteceu com a pandemia...

GUERRA – não deitem mais "achas para a fogueira"

Zé LG, 11.03.22

MTIxNzI.jpgUma guerra, qualquer que seja, é uma coisa demasiado grave e complexa para poder ser analisada como se analisa um jogo de futebol ou o big brother à mesa do café...

O que é importante e fundamental, logo que uma guerra seja iniciada, é procurar a forma / fórmula para lhe por termo o mais depressa e duradouramente possível.

Infelizmente, parece que nem todos, designadamente os "especialistas", entendem ou querem isso, parecendo alguns mais interessados em deitar "achas para a fogueira" do que apagá-la…

Não alimentemos também nós, cada um de nós, o ambiente crispado que dificulta a procura de entendimentos que ponham fim à guerra e evidencia e acentua divergências também entre nós.

Não basta dizermos que somos contra a guerra e que queremos a paz, devemos ser consequentes nos comportamentos que temos, mesmo no nosso dia a dia, no relacionamento uns com os outros.