A Madeira privilegiou a estabilidade governativa à idoneidade de governantes
Realizaram-se, no Domingo, eleições antecipadas para a Assembleia Regional da Região Autónoma da Madeira, as terceiras em ano e meio, e marcadas na sequência da aprovação de uma moção de censura ao governo do PSD, proposta pelo Chega e que recebeu os votos a favor de toda a oposição - PS, JPP, Chega, IL e PAN, e teve apenas os os votos contra do PSD e do CDS-PP, que tinham um acordo parlamentar.
A primeira moção de censura aprovada, em meio século de democracia, ao Governo Regional da Madeira foi justificada por este ter "perdido todas as condições para continuar a governar" devido às investigações judiciais que envolvem governantes, incluindo o líder Miguel Albuquerque.
A maioria dos madeirenses (43,4%) deu mais quatro deputados e a maioria quase absoluta ao PSD, apesar daquelas investigações judiciais. Por outro lado, o Chega, que propôs a moção de censura, perdeu 30% da sua votação e um deputado. O PS perdeu 27% da sua votação e três deputados.