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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

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Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Cristina Taquelim nomeada ao Prémio 𝘈𝘓𝘔𝘈

Zé LG, 18.10.25

560674030_1101438138865910_3769430270366240093_n.jpgFoi oficializada a nomeação de Cristina Taquelim ao Prémio 𝘈𝘓𝘔𝘈 - Astrid Lindgren Memorial 2026, na categoria “Promotores de Leitura”, por indicação do Observatório de Leitura de Pombal – Secção IBBY Portugal. Cristina Taquelim é promotora de leitura e tem deixado uma marca importante na promoção do livro e da palavra falada em Portugal, tendo igualmente escrito sobre a importância do contar histórias, do ouvir ativamente e sobre a criação de conexões através da leitura.
O Prémio, criado pelo governo sueco com o intuito de promover o direito de todas as crianças a grandes histórias, é concedido anualmente a uma pessoa pela sua contribuição notável para a literatura infantil e juvenil. Foram nomeados 263 candidatos de 74 países e regiões. O vencedor é anunciado a 14 de abril de 2026.

“Se é verdade que Beja me descansa, ela também me desgosta”

Zé LG, 27.07.25

imgLoader2 (4).jpgMartinho Marques apresentou o seu mais recente livro, de seu título Em Beja Nunca Me Perco. Aqui ficam trechos da entrevista que José Serrano lhe fez:
É mais um livro que imprevistamente apareceu ao “passageiro de acasos” que tenho sido na vida. ... se é de afeto, é também de desafeto, porque nele as ironias, mesmo sem as ter contado, aparecem com grande densidade. É como se fosse um livro sobre a casa que habitamos e onde estamos à vontade, mas onde, por melhor a conhecermos, melhor podemos ver o que é anómalo e propor benfeitorias. Se é verdade que Beja me descansa, ela também me desgosta. Desgosta-me, por exemplo, estar a ver em Beja as livrarias, e mais em geral as lojas, a serem como as pessoas que, quando fecham, fecham para sempre. … Beja incita-me a escrever. Talvez pelo seu tempo com vagar, pelos seus horizontes dilatados, pela sua vizinhança com o campo que é “logo ali”.

“Mulheres do Sul Fizeram a Reforma Agrária – Trazem Abril no Coração”

Zé LG, 06.07.25

imgLoader2 (3).jpg… é o título do livro de Ana Benedita, 78 anos, natural de Amareleja, que foi trabalhadora agrícola e emigrante, membro da Assembleia Municipal de Moura, vereadora e chefe de gabinete do presidente da Câmara Municipal de Moura, e presidente da Moura Salúquia, conselheira da Comissão de Cidadania e Igualdade de Género e membro do CES.
Apresentou o livro dizendo que “nasceu de uma vontade imensa de não deixar esquecer as mulheres agrícolas do Sul de Portugal. Procuro que não seja apagada da memória a resistência contra o fascismo e procuro recordar os momentos fascinantes do 25 de Abril. Os factos relatados aconteceram: 50 mulheres testemunham o que foi a Reforma Agrária, por que se fez, como se fez e como correspondeu a uma necessidade do Alentejo, do Ribatejo e do País. Estes testemunhos são marcados por palavras sérias e verdadeiras das mulheres do Sul que fizeram a Reforma Agrária. Quase todas, de uma forma ou outra, se cruzaram na minha vida. Por isso, é um livro coletivo. …” Daqui.

Associação do Fundo à Superfície lança revista “ALIUSTRE”

Zé LG, 14.06.25

ALIUSTER capa da revista final junho2025.jpgA Associação do Fundo à Superfície apresenta no próximo dia 21 de Junho, às 16 horas, na Biblioteca Municipal de Aljustrel – Luís Amaro, o primeiro número da revista ALIUSTRE – Cultura e Património, que constitui uma nova iniciativa desta associação que pretende valorizar a cultura e a preservação do património de Aljustrel mas também desta região do Alentejo.
A origem etimológica do nome da revista “ALIUSTRE” deriva da palavra que constitui a raiz do topónimo “Aljustrel”, e que se encontra registada na Carta de Doação de D. Sancho II à Ordem Militar de Santiago, datada de 1235.

"Como manteremos a noção de ser humano respeitável, digno, livre?"

Zé LG, 10.06.25

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'Os Lusíadas' expressa corajosas verdades dirigidas aos rostos dos poderes que elogia", Camões mencionava "o vil interesse" do dinheiro, a mesquinhez e a falta de seriedade intelectual que estavam a tomar lugar nessa mudança de época que estava a viver. Camões, Cervantes e Shakespeare expuseram "os meandros da dominação" e como é possível que "figuras enlouquecidas" tomem o poder. "Nos dias que correm trata-se do surgimento de um novo tempo que está a acontecer à escala global": "O poder demente, aliado ao triunfalismo tecnológico, faz com que cada manhã sintamos" que há uma vertigem de mudança em que "os cidadãos são apenas público que assiste ao espetáculo". "Aqui ninguém tem sangue puro. Somos descendentes do escravo e do senhor que o escravizou, filhos do pirata e do que foi roubado", desejando-se que a consciência dessa miscigenação "talvez mitigue a fúria revisionista" que hoje em dia parece só olhar para "o pecado dos Descobrimentos". "Como manteremos a noção de ser humano respeitável, digno, livre?" Os portugueses acabaram com uma longuíssima ditadura e conseguiram estabelecer novas relações com os países colonizados. "Leio Camões, aquele que nunca morreu, com a certeza de que partilho da sua ideia de que o ser humano é um ser de resistência e de combate. É só preciso determinar a causa certa". Lídia Jorge, no seu discurso com Comissária do dia de Portugal e das Comunidades.