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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Mais do que um desabafo, é - tem de ser -, um grito de alerta para a Sociedade!

Zé LG, 18.03.23

IMG_20221011_162021.jpgAs pessoas com deficiência, desde que ela é diagnosticada até ao fim da vida, têm de ser tratadas como pessoas, como seres humanos e não como um fardo para as famílias e a Sociedade. Desde há muito que me preocupo com a fase em que se encontra o Duarte e o João está preste a entrar, ou seja, quando deixam de ter o acompanhamento que tiveram enquanto crianças, quer em termos de saúde quer na escola, e a inclusão passa a ter ainda mais obstáculos. Acaba-se (?) a escola e não se encontra ocupação. Na maioria dos casos, nem sequer um sítio onde os deixar quanto mais um lugar de inclusão, de ocupação terapêutica e profissional... Os pais fazem tudo o que podem pelos filhos e quanto mais eles precisam mais tentam fazer. E, o que é mais cruel, é por mais que façam parecer sempre tão pouco, face às suas reais necessidades. Mas se as pessoas sem deficiência precisam de acompanhamento no ensino, na saúde, na ocupação dos tempos livres, em actividades profissionais, como podem as que têm deficiência prescindir dele?... Precisamos de fazer mais para que este assunto chegue a mais pessoas, mais entidades, a quem tem mais poder de decisão, para que todos ganhem um pouco mais de consciência do tanto que há a fazer nesta área, a começar na atitude de tantos que vêem e, nalguns casos, tratam esses seres humanos como coitadinhos, quando o que eles mais precisam é de respeito e de serem tratados como iguais na diferença que existe entre todos. Exige-se uma atitude de todos e decisões de quem tem poder mais humanistas. Não podemos continuar a afirmar que não queremos deixar ninguém para trás e continuarmos a deixar para trás os que mais precisam. (desabafo feito aqui)

Almodôvar, Ferreira do Alentejo e Odemira sem tarifa social na água

Zé LG, 23.01.23

água1-768x432.jpgA Deco Proteste anuncia que em 60 dos 308 municípios a tarifa social não é aplicada a nenhum dos serviços cobrados na fatura da água. No distrito de Beja os municípios de Almodôvar, Ferreira do Alentejo e Odemira não aplicam a tarifa social.
No concelho de Beja, para além da tarifa social, existem descontos para famílias numerosas e tarifário reduzido (em 50%) para consumo de água, saneamento e resíduos sólidos, para portadores do Cartão Municipal Sénior.
Segundo a Deco, “a redução da fatura dos cidadãos economicamente mais fragilizados, através da tarifa social, é errática, díspar e pouco uniforme” no país e adianta que “como voluntária que é, a adesão à tarifa social da água gera desigualdades de concelho para concelho, de região para região”.

Cáritas de Beja vai criar Centro de Alojamento de Emergência Social

Zé LG, 11.01.23

202301101723506817.PNGA Cáritas Diocesana de Beja vai criar um Centro de Alojamento de Emergência Social (CAES), projeto avaliado em 800 mil euros que deve estar em funcionamento “dentro de ano e meio”, em resultado de uma parceria com a Segurança Social e que irá funcionar no edifício da Casa do Estudante.
“Será uma estrutura que abrangerá toda a gente”, nomeadamente “as pessoas que recorram à Linha 144 [Linha Nacional de Emergência Social]”, disse o presidente da Cáritas de Beja, Isaurindo Oliveira, acrescentando que o CAES “será um alojamento de curta duração até que as pessoas” em situação de emergência social “consigam ser colocadas”, lembrando que “Beja é o único distrito que não tem esta estrutura”.
O novo CAES de Beja terá capacidade para acolher 30 pessoas e irá ocupar as instalações da Casa do Estudante, que irão ser alvo de obras de requalificação, “nomeadamente nas acessibilidades”. O projeto está avaliado em cerca de 800 mil euros, tendo um apoio de 85% garantido através do PRR.

Um país de emigrantes deve acolher melhor os imigrantes

Zé LG, 07.12.22

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpgAs recentes notícias sobre a mega-operação levada a cabo pela Polícia Judiciária contra uma rede de tráfico humano, associação criminosa e branqueamento de capitais no Baixo Alentejo, vieram trazer para a ordem do dia as inumanas condições de acolhimento de imigrantes no nosso país.

Importa, antes de mais, frisar que estes problemas não existem apenas no Baixo Alentejo e na agricultura, pelo que devemos recusar esse anátema que sobre a região foi de imediato lançado por alguns. Infelizmente esses problemas existem em todo o país, com maior dimensão nos sectores da construção, do turismo e restauração e da agricultura, sectores mais carenciados de mão-de-obra e onde a precariedade predomina.

Portugal, pela forte emigração que teve e continua a ter, não pode permitir que situações destas aconteçam no seu território. Deve fazer tudo para que os imigrantes sejam bem acolhidos, com respeito por todos os seus direitos, obrigando todos os agentes envolvidos a cumprirem todas as suas obrigações para com aqueles que recrutaram ou aceitaram que entrassem no nosso país, para aqui desenvolverem as suas actividades profissionais.

 

 

Câmara de Ferreira do Alentejo não permite alojamento de imigrantes em locais sem as condições necessárias

Zé LG, 06.12.22

Luís-Ameixa-768x407.jpgDepois de detetar trabalhadores estrangeiros que viviam em casões e armazéns, a autarquia deu ordens à fiscalização para combater estas situações.

“Ninguém pode morar em edifícios que não tenham licença de habitação e os que têm licença de habitação têm que reunir condições próprias e adequadas para as pessoas”, afirma Luís Pita Ameixa, presidente da Câmara de Ferreira, que pede que sejam denunciadas à Autarquia irregularidades detectadas com a habitação dos migrantes.

PR lembrou que os ciganos "deram a vida" pela independência nacional e lamentou a discriminação de que têm sido alvo

Zé LG, 01.12.22

PR.png“Ao lembrar tantos portugueses, de tantas origens, que se envolveram no movimento revolucionário, o Presidente da República quer lembrar também os portugueses de etnia cigana que, como reconheceu então o próprio Rei D. João IV, deram a vida pela nossa independência nacional”, escreveu Marcelo Rebelo de Sousa, numa mensagem evocativa do Dia da Restauração da Independência que hoje se assinala, acrescentsando que: “Portugal lembra-os, presta-lhes homenagem e exprime a sua gratidão. Este dever de memória é de elementar justiça e rompe com tanto esquecimento e discriminação de que os ciganos têm, infelizmente, sido alvo no nosso país”.

A “a geração mais qualificada de sempre” deixa-se facilmente “aterrorizar e ser usada”?!...

Zé LG, 19.11.22

Luis Ribeiro.png«Quem anda a aterrorizar – e a usar – os jovens?

“Mas não há que silenciar o movimento. Estes jovens estão motivados, e não podemos desperdiçar a sua energia. Em vez de os calar, temos a obrigação de dialogar com eles, debater a ciência e discutir as soluções.

Se não o fizermos, vão continuar a ser instrumentalizados por quem tem outras agendas e objetivos políticos. Quem perde é o clima. E todos nós.”» Luís Ribeiro, aqui.

Não deixa de ser "curiosa" esta "visão" dos jovens e da sua luta em defesa do Planeta. Enquanto a luta e as palavras de ordem se ficam pelas generalidades tudo bem... Ao que não acham piada é quando elas procuram ir às causas dos problemas que estão a alterar o Clima com efeitos nefastos na Terra e nas condições sociais de milhões de pessoas, degradando-as ainda mais e de forma acelerada, porque, nesse caso, os jovens estão a deixar-se usar e instrumentalizar. E, para evitar que tal aconteça afirma-se que: "temos (quem?) a obrigação de dialogar com eles, debater a ciência e discutir as soluções"... Ou seja, se os jovens se portarem mal mas sem porem em causa "a orden estabelecida" tudo bem. Mas se se atreverem a poderem em causa "tudo aquilo que queremos manter" aí temos de, paternalisticamente, os "catequizar" para evitar que "vão continuar a ser instrumentalizados por quem tem outras agendas e objetivos políticos"...

Onde pára a humanidade de quem exerce poderes públicos e nada faz perante um problema desta gravidade?

Zé LG, 10.11.22

Sem nome (10).pngComunidades ciganas nos concelhos de Beja, Moura e Serpa “vivem abaixo da dita dignidade humana”. Habitação e emprego são os maiores problemas que estas comunidades enfrentam.

A discriminação sente-se em vários domínios, nomeadamente, na procura de emprego e de casa. Mas a questão da habitação “é um dos maiores problemas da comunidade cigana” a nível nacional e o distrito de Beja não é exceção pois “há cada vez mais barracas”, no bairro das Pedreiras, localizado nas imediações da cidade. No total, entre as cerca de 80 barracas e as 50 casas de tipologia T2 existentes, viverão, atualmente, “entre 800 e 900 pessoas” no bairro” e existe “uma única torneira de água no exterior” que abastece “entre 400 e 500 pessoas”.

O núcleo de Beja da EAPN elaborou um documento “que sugere várias medidas e ações concretas” e que foi submetido à CCDRA e às comunidades intermunicipais do Baixo Alentejo e do Alentejo Litoral, designadamente "a criação de uma estrutura associativa intermunicipal para dar resposta aos problemas habitacionais; campanhas distritais de sensibilização para combater a discriminação e o racismo, com o envolvimento dos atores sociais; promoção do emprego das comunidades ciganas; apoio ao associativo cigano; e implementação de dois projetos-piloto no distrito, em Beja e Moura, à semelhança do projeto de Luta Contra a Pobreza, com principal foco na habitação e no emprego”. 

Cercicoa abre duas residências em Castro Verde

Zé LG, 29.10.22

Residencia-cercicoa-Castro-768x432.jpgA Cercicoa vai colocar a funcionar duas residências autónomas e de inclusão em Castro Verde. As duas residências vão ser ocupadas por dez pessoas portadoras de deficiência, mas com grande independência.

António Matias, presidente da Cercicoa, frisou que o projeto vai permitir melhorar a qualidade de vida dos utentes.