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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

“tremendas dificuldades de afirmação da Igreja Católica”

Zé LG, 14.08.23

22520436_oyAPH.jpeg«Quem é que imaginava que um acontecimento desta dimensão seria realizável nesta Lisboa tão laicizada e descrente? Seria possível empreender esta missão sem os auspícios dum governo de esquerda, que no seu próprio interesse acalmou as vozes de protesto das suas hostes jacobinas, franja que anseia concorrer com a Igreja, pois o Estado que preconiza é uma religião única e absoluta? Tenho dúvidas. A demonstração de força benigna e de actualidade do legado cristão que irradiou de Lisboa para todo o país, não me ilude quanto às tremendas dificuldades de afirmação da Igreja Católica no mundo ocidental niilista e centralista.» João Távora, aqui.

“O marketing nunca é inocente, em especial quando é engendrado no Vaticano”

Zé LG, 13.08.23

Sem nome (35).png“Franciscus é uma figura simpática, facilmente assimilada por uma clientela benevolente e entusiasmada que transcende largamente a legião de fiéis católicos que incensam o actual Papa, um pouco por todo o lado.

A sua imagem é promovida em associação à tolerância, à modernidade, ao progressismo e, até, à disrupção relativamente a alguns dos cânones mais emblemáticos da ortodoxia católica.

Mas o poder do Vaticano não é exercido exclusivamente pelo Papa, encarregando-se e a Cúria Romana de domesticar os arrebatamentos vanguardistas de Jorge Mario Bergoglio, contendo-os numa estreita redoma tradicionalista."

Leia o resto deste texto de José Eliseu Pinto, aqui.

"O problema do Papa é a sua Igreja"

Zé LG, 10.08.23

3ad5f9f8-ff4c-4f20-b2a5-1fa2af818c0c (1).jpg«Está incrustada no Vaticano uma cultura que, para além da crença religiosa, é uma potência. Francisco quer mudar os pontos cardeais da sua casa. É o que lhe devemos.

Cumprindo um festival concebido, como é tão notório, por João Paulo II, de cuja herança se quer afastar, o Papa Francisco veio aqui deixar mais uma mensagem do fim do seu pontificado. Entretanto, agitou-se o país e os sinais locais deste empreendimento têm sido comentados: o custo extravagante e especulativo, o financiamento público (que Espanha evitou), alegando-se que esta é a missão do Estado (queria ver o mesmo num festival muçulmano), a sátira de Bordalo II e a fatwa que sofreu, o frenesim político-eleitoral. Tivemos de tudo. Falta ouvir o Papa e saber o que nos diz sobre a sua Igreja.

 

Pena que não oiçam este Papa nem ajam de acordo com as suas palavras

Zé LG, 01.08.23

papa.pngOntem à noite, vi a parte final (não sei se pequena ou grande) de um documentário sobre o Papa Francisco, na televisão. Vi-o e ouvi-o falar nas JMJ num favela do Rio de Janeiro, numa prisão com os prisioneiros, no Congresso dos EUA, numa reunião de líderes mundiais sobre o ambiente. Ouvi-o recordar aos habitantes da favela que há sempre lugar à mesa para mais um, bastando juntar mais água ao feijão, aos prisioneiros que o primeiro santo foi um prisioneiro, aos congressistas dos EUA que muitos deles tinham sido também imigrantes, que deviam acolher os imigrantes e vê-los e tratá-los como pessoas e acabar com a produção de armas que matam indiscriminadamente, que as vítimas dos crimes praticados contra o ambiente são principalmente os que vivem pior no hemisfério sul, que 20% ficam com 80% da riqueza produzida, que devemos valorizar a família, que devemos procurar acabar todos os dias em paz, ... e tantas outras coisas que, sendo verdades fáceis de constatar e de obter o consenso generalizado, não são respeitadas e seguidas por alguns (os que têm poder para isso) dos que vimos baterem-lhe palmas. Muito (para não dizer tudo do que ouvi) podia e devia constituir um PROGRAMA das nações unidas, a que todos os poderosos (líderes de governos, de entidades públicas e privadas) deviam jurar cumprir e fazer cumprir nas funções que desempenham. E o seu incumprimento devia constituir justificação suficiente para afastá-los dos cargos que ocupam. 

Não tenho fé nem acredito em deuses! Sinto repulsa por muito do que a Igreja Católica e outras tem feito ou encoberto contra a humanidade. Sinto vergonha alheia por quem, pregando o bem, só pratica o mal, por quem, pregando o desprendimento dos bens materiais, acumula fortunas à custa de quem explora, de quem, pregando a simplicidade, ostenta na opulência... Mas sinto apreço por este Papa, por muitas das idéias que divulga. Pena que alguns dos elementos do seu rebanho não lhe dêem ouvidos nem ajam de acordo com as suas palavras.

"Quanto vai custar aos cofres públicos" o policiamento da JMJ?

Zé LG, 02.07.23

transferir.png"Sabendo que a PSP e a GNR, seja para autarquias ou movimento associativo só faz trabalhos gratificados, importa saber quanto custará à igreja ou aos cofres públicos este serviço?"

Esta é uma pergunta pertinente e oportuna que o meu amigo Rafael Rodrigues fez aqui e que importa ser respondida pelos responsáveis.

Bispos com dificuldades em “comunicar de forma adequada”

Zé LG, 14.03.23

Ornelas.pngE de repente, responsáveis da Igreja Católica Portuguesa (Cardeal Patriarca, bispos José Ornelas e João Marcos) começaram a ter dificuldades em comunicar de forma adequada, em passar o que queriam dizer, em conhecer as suas próprias competências e a enganarem-se e a esquecerem-se do que tinham de fazer, com muita frequência…Veja só este exemplo.

Bispo de Beja retrata-se das afirmações que fez

Zé LG, 12.03.23

202103290854026584.jpgD.João Marcos retrata-se das suas anteriores palavras, dizendo que “dei a entender que subestimo a enorme gravidade dos abusos sexuais de menores e que o perdão de Deus permite ao abusador retomar a sua vida normal como se nada tivesse acontecido” e acrescentando que “Compreendo a deceção que provoquei dentro e fora da Igreja e a todos peço perdão”.

Face à controvérsia das suas palavras o Bispo entendeu clarificar o seu pensamento, reconhecendo que “os abusos de menores são da máxima gravidade, os seus efeitos devastadores e se praticados por homens dedicados a Deus, são ainda mais graves e são uma blasfémia”, defendendo agora que “não há lugar para os abusadores no sacerdócio e que as suspeitas verosímeis obrigam a tomar medidas que evitem todo o perigo sobre os membros, incluindo o afastamento das tarefas pastorais”.

Não lhes perdoai Senhor, porque eles sabem o que fazem

Zé LG, 10.03.23

“… a resposta da hierarquia da Igreja Católica Portuguesa conseguiu ser ainda mais revoltante do que os relatos das vítimas, que tanto chocaram o País. Até porque não foi uma resposta a quente. Muito pelo contrário: foi ponderada e refletida, porventura friamente, durante três semanas. Com o resultado a que se assistiu: perante a vergonha que atravessou a Igreja, … a Conferência Episcopal respondeu com a mais completa falta de… vergonha. … Os crimes são demasiado graves para continuarem a serem ignorados. … os casos só foram conhecidos devido ao trabalho de jornalistas ou de ... comissões indepententes – quase nunca por iniciativa dos bispos. É preciso que esta autêntica tragédia deixe de ser tratada como se fosse um assunto interno da Igreja… Chegou a hora do Estado - laico, agir”, escreveu Rui Tavares Guedes (RTG), esta semana na VISÃO.

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Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "foi uma desilusão a posição da Conferência Episcopal", considerando que foi tardia e "ficou aquém em todos os pontos que eram importantes. Como Presidente da República a expectativa que havia era tão simples: era ser rápido, assumir a responsabilidade, tomar medidas preventivas e aceitar a reparação. E de repente é tudo ao contrário, em termos gerais, ou cada um para seu lado", lamentou.

Não basta ao PR mostrar as suas frustações e lamentar-se perante tragédia e esta falta de vergonha da maioria dos bispos. É preciso o Estado agir. O que vai o PR, Marcelo Rebelo de Sousa, fazer perante a indecosa resposta da Comissão Episcopal e responsabilizar os bispos por nada fazerem e ca não ser dar cobertura aos que cometeram os crimes, mantendo-os em funções. Ou essa cobertura, só por, si, não é um crime?