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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

É para isto que querem o acordo de cereais?

Zé LG, 05.09.23

Navio_cereais_porto.jpg- Das 32,8 milhões de toneladas exportadas da Ucrânia, mais de 70% acabaram nos países ricos, principalmente na União Europeia.
- Os países necessitados receberam apenas 3% dos cereais que saíram pelos portos ucranianos, ou seja, menos de um milhão de toneladas.
- 40% destes cereais foram enviados para países europeus.
- 14% dos carregamentos foram enviados para a Turquia no âmbito do acordo de cereais e cerca de 6% para países africanos.
Daqui.

Sabotadores do gasoduto Nord Stream partiram da Ucrânia, aonde voltaram

Zé LG, 26.08.23

Sem nome (39).pngOs dados avaliados por especialistas do Gabinete de Investigação Criminal (BKA) e da Polícia Federal, incluindo endereços IP, mostram que os suspeitos estiveram na Ucrânia antes e depois do ataque e comunicaram a partir daí. A ideia produzida por estas investigações é “bastante inequívoca”, segundo fontes da área da segurança. Pelo contrário, não há qualquer indicação de que a sabotagem, que desativou três das quatro linhas dos gasodutos Nord Stream 1 e 2 quando estes passavam pelas águas dinamarquesas, tenha sido um ataque de “falsa bandeira” orquestrado por Moscovo para culpar a Ucrânia, como inicialmente sugerido. O comando que, de acordo com investigadores alemães, está por detrás da explosão também estudou a possibilidade de sabotar o gasoduto Turkstream, que transporta gás russo através do Mar Negro até à Turquia, mas acabou por desmantelá-lo por razões desconhecidas. Daqui.

Sanções ocidentais falharam no impacto aos oligarcas russos

Zé LG, 15.04.23

Sem nome (19).pngMuitos oligarcas russos contornaram as sanções ao transferir os fundos fiduciários e empresas offshore para cônjuges ou associados. Apesar de terem sofrido com as sanções de curto prazo, já recuperaram parte da sua riqueza.

Desde março, estes 39 oligarcas sancionados recuperaram 95,22 mil milhões de euros e apenas 3 viram a sua riqueza declinar. Outros 7 viram as suas fortunas crescer o suficiente para regressar à tabela da ‘Forbes’ das pessoas mais ricas do mundo.

O vencedor? O magnata dos fertilizantes Andrey Melnichenko, agora a pessoa mais rica da Rússia, que subiu de 12,8 para 22,88 mil milhões de euros devido ao aumento dos preços dos fertilizantes e carvão, os pilares da sua fortuna.

Forças especiais da Nato estão mesmo na Ucrânia

Zé LG, 13.04.23

nato-bandeira.pngA especulação sobre a presença de forças especiais ocidentais de países-membros da Nato na Ucrânia tem-se mantido forte praticamente desde o início da invasão da Rússia mas, agora, com a fuga de documentos e informações secretas dos EUA, surge a confirmação.
A presença destas tropas na Ucrânia será certamente utilizada como arma política por parte do Kremlin, já que Putin tem recorrentemente argumentado que não está apenas a enfrentar a Ucrânia, mas também a Nato.

Importa não esquecer a agressão ao Iraque em 2003

Zé LG, 20.03.23

13687.jpgVinte anos depois, importa relembrar a encenação do então secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, no Conselho de Segurança da ONU, através de um rol de falsidades sobre as alegadas «armas de destruição maciça».

O resultado da agressão ao Iraque em 2003 e a espiral de guerra que desencadeou, na sequência da «Guerra do Golfo» de 1991 e de dez anos de imposição de criminosas sanções e ataques à soberania do Iraque, foram milhões de mortos, feridos, desalojados e refugiados.

Um dos países mais desenvolvidos no Médio Oriente, que ao longo de décadas vinha consolidando um regime não confessional, viu a guerra e as sanções destruírem as suas infra-estruturas e economia, com consequências devastadoras para a sua população.

Entretanto, nenhum dos responsáveis pela destruição e ocupação do Iraque ou pelos crimes associados, nomeadamente as torturas nas prisões dos EUA, foi chamado a responder pelos seus crimes. A propósito, importa recordar as declarações da ex-secretária de Estado dos EUA, Madeleine Albright, quando afirmou que a morte de meio milhão de crianças iraquianas como resultado das sanções, então em vigor, «valeu a pena». Leia o resto aqui.

“Alguém imagina que uma potencia nuclear pode perder uma guerra com um país que não o é?”

Zé LG, 18.03.23

Sem nome (12).png«... a única solução para o fim do conflito só é possível quando o presidente norte americano, Joe Biden se sentar à mesa com Putin para negociarem os termos que conduzirão à paz. …, não tem em conta juízos éticos ou morais, resulta apenas da análise da capacidade militar e estratégica dos países em conflito. ..., uma coisa são desejos e aquilo que consideramos justo, outra é a realidade.

Os dados que podem ditar um vencedor estão todos do lado Russo. ..., a Federação Russa tem uma capacidade militar muito superior ao seu oponente, desde logo por ser uma potência nuclear. …, ... A Rússia tem cerca de 150 milhões de habitantes e a Ucrânia 45 milhões. … O problema vai centrar-se ao nível da escassez de recursos humanos e o prolongar da guerra vai agudizar este problema. …

Os Estados Unidos têm consciência de que chegará o momento em que irão ter duas opções, ou entram na guerra com meios e homens e aí estamos perante aquilo que poderemos considerar uma III Guerra Mundial, com um fim imprevisível dado que o perigo do uso de armamento nuclear sobe consideravelmente, ou “forçam” a Ucrânia a negociar, provavelmente cedendo território aos russos. Este é o dilema que se coloca ao Presidente Joe Biden e este sabe muito bem disso. Para o bem da humanidade o presidente americano irá sentar-se à mesa com Putin e negociar os termos que levarão à paz.»

Sónia Leal Martins, aqui.

Construir a paz ou caminhar para terceira guerra mundial

Zé LG, 01.03.23

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpgÉ vulgar dizer-se, mas nunca como hoje foi tão verdadeiro, que o mundo está a tornar-se num sítio perigoso para se viver.

Sempre existiram e continuam a existir muitas guerras por esse mundo fora. Mas, como quase todas elas, desde a segunda Guerra Mundial, acontecem longe de nós incomodamo-nos com elas durante uns dias, enquanto são notícias importantes nos telejornais. Depois, acostumamo-nos às notícias que sobre elas nos chegam durante mais uns tempos até nos esquercermos delas. Os mortos, os feridos e estropiados, os deslocados e todo o sofrimento por que passam os povos que nelas são forçados a envolver-se pouco mais do que números e imagens fugazes representam para nós.

 

 

"é proibido sequer pensar"

Zé LG, 25.02.23

330450632_883791252858395_4456746719685481718_n.jpg"Sei bem que somos um pequeno país cuja voz vale o que vale. Mas se, apesar de pequenos, servimos para enviar tanques e aviões para a guerra, também servimos para perguntar até quando é que teremos de pagar por ela, enquanto vemos os fabricantes de armas a fazerem fortunas, a economia americana a prosperar enquanto a Europa definha e se ajoelha, a Ucrânia a ser destruída paulatinamente, o combate às alterações climáticas a retroceder anos e os ignorante úteis ou fingindo-se de tal a proclamar que não há outro caminho senão continuar a guerra indefinidamente.
Ao prestar-se a enviar os Leopard para a Ucrânia - e, logo depois, os F-16 e o mais que Zelensky exigir, até às armas nucleares -, António Costa não pode deixar de estar consciente da contribuição, ainda que relativamente pequena, que Portugal está a dar para a escalada da guerra e a sua continuação sem fim à vista. Assim, é hipócrita queixar-se mais da guerra: podia era meditar no exemplo do seu amigo Lula da Silva, que, solicitado a enviar também tanques para Zelensky, ofereceu-se antes para fazer parte de um grupo para mediar a paz. Mas isso é tudo o que por aqui, na Europa, é proibido sequer pensar: é o novo TINA (There Is No Alternative).»" Miguel Sousa Tavares, daqui.

Guerra na Ucrânia dividiu o mundo e abriu portas a uma nova ordem global

Zé LG, 22.02.23

biden-xi.jpgOs europeus e norte-americanos inquiridos (sondagem do Conselho Europeu para as Relações Estrangeiras) têm muitos pontos de vista em comum sobre questões globais, incluindo pensar que “a Ucrânia deve ser ajudada a ganhar a guerra”, enquanto cidadãos da China, Índia ou Turquia preferem “um fim rápido da guerra”, mesmo que a Ucrânia tenha de perder territórios.

Nos países ocidentais onde se fez o inquérito, a maioria descrevia sempre a Rússia como “adversário” ou “rival” no próprio país (77% no Reino Unido, 71% nos EUA e 65% na UE). Por outro lado, na China (76%), Índia (75%) e Turquia (73%), a maioria dos inquiridos via “força” na Rússia e considerava-a como um “parceiro estratégico” e um “aliado”, defendendo que Kiev devia considerar ceder os territórios à Rússia para por termo ao conflito rapidamente. Daqui.