Vinte anos depois, importa relembrar a encenação do então secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, no Conselho de Segurança da ONU, através de um rol de falsidades sobre as alegadas «armas de destruição maciça».
O resultado da agressão ao Iraque em 2003 e a espiral de guerra que desencadeou, na sequência da «Guerra do Golfo» de 1991 e de dez anos de imposição de criminosas sanções e ataques à soberania do Iraque, foram milhões de mortos, feridos, desalojados e refugiados.
Um dos países mais desenvolvidos no Médio Oriente, que ao longo de décadas vinha consolidando um regime não confessional, viu a guerra e as sanções destruírem as suas infra-estruturas e economia, com consequências devastadoras para a sua população.
Entretanto, nenhum dos responsáveis pela destruição e ocupação do Iraque ou pelos crimes associados, nomeadamente as torturas nas prisões dos EUA, foi chamado a responder pelos seus crimes. A propósito, importa recordar as declarações da ex-secretária de Estado dos EUA, Madeleine Albright, quando afirmou que a morte de meio milhão de crianças iraquianas como resultado das sanções, então em vigor, «valeu a pena». Leia o resto aqui.