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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Nem vestida com pele de cordeiro convence

Zé LG, 10.07.25

518239990_18286183342269590_7114754530854960492_n.jpgQue excelente entrevista de Rodrigo Guedes de Carvalho à ministra da Saúde! Muito bem preparada, abordando com frontalidade e clareza questões pertinentes e actuais que a todos preocupam. A ministra apareceu vestida com pele de cordeiro, tentando mostrar o que não tem - empatia e competência -, dando muitas explicações mas poucas justificações para as falhas graves, designadamente nas urgências. Creio que ninguém terá ficado mais confiante de que as coisas irão melhorar nos próximos tempos. Tanto prometeram para tão depressa e tão pouco estão a melhorar...

“Profundamente revoltante e desonesto”

Zé LG, 29.06.25

236102799defaultlarge_1024.jpg"O absurdo, de contornos quase kafkianos, surge quando, perante esta tragédia, se decide responsabilizar precisamente aqueles que, em pleno caos e condições particularmente adversas, procuraram cumprir o seu dever profissional e ético. Um médico e uma técnica de emergência, que aceitaram estar de serviço nesse dia conturbado, são inesperadamente apontados como culpados, transformados em verdadeiros bodes expiatórios numa inversão chocante da realidade", reagiu Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos, à nota do Ministério da Saúde dizendo que "a eventual demora na chegada do socorro do INEM, e ao contrário do que foi aventado por alguns, não é atribuída à existência de greve no INEM, nem sequer a uma demora no atendimento da chamada pelo CODU", e que "as causas da demora" estarão relacionadas "com a alegada "falta de zelo, de cuidado e de diligência" de dois profissionais que intervieram no processo de socorro".

“E há quem chame a isto progresso.”

Zé LG, 16.06.25

506817432_2523679874638300_3246669066994560228_n.jpg«Há menos de um ano o então Ministro da Economia do primeiro governo de Montenegro, Pedro Reis, apresentou o programa Acelerar a Economia, que incluía a intenção de elaborar uma estratégia "Indústria 2045", com o objectivo de "construir uma visão estratégica e um plano de ação da política industrial nacional para os próximos 20 anos". Nada de muito de concreto, mas a intenção estava lá. No segundo governo de Montenegro já não há Pedro Reis e, pelos visto, houve mais a ficar de fora: no Programa do novo Governo, agora conhecido, não há qualquer referência a uma estratégia de desenvolvimento a prazo da indústria portuguesa. Por contraponto, não falta a intenção de lançar uma Estratégia Turismo 2035 - nem a vontade de "equilibrar" a lei da greve e "atenuar a rigidez" da lei laboral. E há quem chame a isto progresso.» Ricardo Paes Mamede, aqui.

O que nos vai trazer a criação de um Ministério para a Reforma do Estado?

Zé LG, 12.06.25

504277363_2520405478299073_2896894250462352629_n.jpg«A grande novidade do novo governo da AD foi a criação de um Ministério para a Reforma do Estado. ..., encerra dois grandes equívocos. … O primeiro é a ideia de que pouco tem sido feito para alterar o funcionamento do Estado português nas últimas décadas. O segundo é de que a Reforma do Estado é um exercício técnico, que só precisa de ter um profissional competente à frente para melhorar o país. ... Nuns casos, estamos todos muito de acordo: quem não quer processos mais simples e transparentes? Noutros casos, nem por isso: quão longe estamos dispostos a ir na delegação das funções sociais do Estado em grupos económicos privados? Devemos ou não financiar colégios privados com dinheiros públicos? Deve ser cada município ou o Estado central a garantir o acesso universal e de qualidade à saúde e à educação? Estamos dispostos a abdicar de avaliações ambientais para simplificar qualquer tipo de investimento produtivo? Estas e outras são escolhas políticas, que seria bom conhecermos antes de celebrarmos intenções mais ou menos vagas. Não há dúvida de que existe muita margem para melhorar a eficiência e eficácia da acção do Estado português. Mas é preciso algum grau de ingenuidade para acreditar que a criação de um Ministério dedicado ao tema (o que não é sequer original) só pode trazer coisas boas.» Ricardo Paes Mamede, aqui.

Luís Montenegro fez cinco promessas e cinco recados

Zé LG, 06.06.25

Sem nome (72).pngLuís Montenegro tomou posse como primeiro-ministro para um segundo mandato como primeiro-ministro, e fez, entre outras, cinco PROMESSAS: “Guerra à burocracia” e reforma do Estado; Gastar 2% do PIB em defesa já este ano “se possível”; Criar unidade de estrangeiros na PSP; Maior justiça fiscal e mais rendimentos; Contas certas e rigor orçamental; e cinco RECADOS: Segurança vale ouro; Uma sociedade onde valha a pena trabalhar, Imigração sim, mas com regras; Mais salários só com melhor produtividade; Sem “querelas palacianas”.
O primeiro-ministro reforçou a necessidade de “capacidade de compromisso” e “coragem de decisão e de execução“, unindo os partidos em favor do crescimento do país. “Daqui convoco todos: dos partidos aos parceiros sociais, das autarquias às instituições sociais, das ordens profissionais a cada português“, concluiu.

Já há novo governo

Zé LG, 04.06.25

images (6).jpgO novo governo tem que tem três Carlos Abreu Amorim, promovido de secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Parlamentares a ministro dos Assuntos Parlamentares; e Maria Lúcia Amaral, que era Provedora de Justiça desde 20 de outubro de 2017 e será ministra da Administração Interna, e Gonçalo Matias, que era o presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos e será ministro Adjunto e da Reforma do Estado.

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Luís Montenegro procedeu ainda a uma reorganização de pastas. Margarida Balseiro Lopes, anterior ministra da Juventude e da Modernização, acumula agora a pasta da Cultura com a da Juventude e do Desporto. Mas perde a Modernização Administrativa, que ganha agora o estatuto de novo Ministério da Reforma do Estado. Manuel Castro Almeida acumula a Economia com a Coesão Territorial. Veja aqui a lista dos ministros.

De saída do Executivo estão Pedro Reis, até aqui ministro da Economia; Dalila Rodrigues, que era ministra da Cultura; Pedro Duarte, anterior ministro dos Assuntos Parlamentares, que será candidato à Câmara do Porto; e Margarida Blasco, que era ministra da Administração Interna.