Ministros do Ambiente e da Agricultura, em Beja, apresentaram a estratégia nacional “Água que Une”
Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente, salientou que a “Água que Une” é um compromisso nacional a 25 anos, que “contempla um plano de investimentos de cinco mil milhões de euros até 2030, dos quais cerca de dois mil milhões estão já disponíveis”, com a preocupação de “assegurar a disponibilidade deste recurso para os diferentes setores, numa lógica de sustentabilidade”. Para o Alentejo estão contempladas 58 medidas com um investimento de 740 milhões de euros, incluindo: a modernização e reabilitação total do Aproveitamento Hidroagrícola do Mira; melhorias no Aproveitamento Hidroagrícola do Xévora; os estudos de viabilidade da construção da barragem de Foupana; o alteamento da Barragem do Lucefecit; o estudo e construção de infraestruturas de regularização de caudais ecológicos nos afluentes do Guadiana (Terges e Cobres e Carreiras); e a avaliação da ligação do Tejo ao Alqueva e deste ao Alentejo Litoral.
José Manuel Fernandes, ministro da Agricultura, assegurou que o setor agrícola aposta cada vez mais na precisão, que as novas técnicas permitem ter culturas menos consumidoras de água e rejeitou “demonizar” algumas culturas agrícolas que consomem mais água, assegurando, contudo, que nunca permitirá a instalação de culturas que “destruam o ambiente ou prejudiquem a biodiversidade” e defendeu que deve existir solidariedade na gestão da água. Ou seja, as regiões onde este recurso abunda devem disponibilizá-lo para onde ele escasseia.