Responsabilidades da Administração do Lar de Reguengos de Monsaraz e dos médicos aquando do surto COVID-19
Foram reveladas as conclusões das fiscalizações levadas a cabo pelo Instituto da Segurança Social e pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde ao surto na Fundação Maria Inácio Vogado Perdigão Silva, em Reguengos de Monsaraz, onde morreram 18 pessoas infetadas com o novo coronavírus.
Da fiscalização do Instituto de Segurança Social resultou a aplicação de "duas contraordenações relativamente a deficientes condições de higiene e segurança"; e "inexistência de pessoal com categoria profissional e afetação adequada às atividades desenvolvidas". O inquérito da Inspeção-Geral do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, que foi solicitado pelo Governo, encontra-se ainda em curso, prevendo-se que fique concluído nas próximas semanas.
Já a inspeção ordenada pelo Ministério da Saúde concluiu que o surto de Covid-19 no lar de Reguengos de Monsaraz admite "responsabilidade deontológica" dos médicos que recusaram visitar a instituição no seguimento de instruções da Ordem dos Médicos e de um sindicato.