Quase 100 trabalhadores indiretos da central termoelétrica de Sines da EDP, com ‘luz verde’ para encerrar, “já receberam cartas de despedimento e ficam sem emprego”, alertou o sindicato do setor que defendeu uma transição energética justa.
A solução para estes trabalhadores “que prestam serviços em instalações essenciais ao funcionamento da central, e alguns deles há mais de 30 anos”, poderá ser a “nova industria do hidrogénio” verde, cujo início da construção está previsto para 2021 e o arranque da produção em 2022. “A acontecer prevemos que alguns destes trabalhadores poderão integrar a exploração da nova industria”, adiantou o sindicalista, considerando que “uma transição energética justa” passa por “um reemprego imediato destes trabalhadores que são técnicos qualificados e altamente qualificados”.
Quanto aos trabalhadores da EDP, “uma parte deles têm o problema em vias de resolução, mas há um grupo mais pequeno, de trabalhadores com menos de 50 anos, que não têm solução à vista”, indicou o dirigente do SIEAP. “Numa primeira fase alguns ficarão na central porque é necessário fazer o descomissionamento e outros terão que ser movimentados para outros locais de trabalho da EDP, sendo que o mais perto será Setúbal, Beja ou Évora”, explicou.