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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

A democracia do Poder Local já não é o que foi

Zé LG, 05.11.25

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpgA democracia no Poder Local foi definida numa lógica diferente da do Poder Central. Desde logo, porque os órgãos executivos resultam de eleições directas, nas câmaras municipais, e de eleições mistas nas juntas de freguesias em que os presidentes são eleitos directamente e os restantes membros são eleitos pelas assembleias de freguesias.
Isto resultou da vontade dos deputados, que aprovaram a primeira lei das autarquias locais, de incentivar uma gestão colegial, envolvendo eleitos de diferentes partidos, de acordo com as respectivas representatividades ditadas pelos eleitores.

Morreu Borges Coelho

Zé LG, 17.10.25

565698261_10238478439210706_4806836664134553626_n.jpgAntónio Borges Coelho, historiador, resistente antifascista, antigo preso político, faleceu hoje aos 97 anos. Nasceu em Murça, no final de 40 ingressou na FDUL, abandonando os estudos para se dedicar à luta antifascista. Em 1949 integrou o MUD Juvenil e, depois, o PCP. Já na clandestinidade, foi preso pela PIDE, tendo passado anos na cadeia do Aljube, de Caxias e de Peniche, sujeito a medidas de segurança. Em 1967 concluiu a licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas na Universidade de Lisboa e trabalhou como jornalista, n’ A Capital, no Diário de Lisboa, no Diário Popular, na Vértice e na Seara Nova. Catedrático jubilado da FLUL, publicou obras como “As Raízes da expansão portuguesa”, “A Revolução de 1383”, “Questionar a História”, “A Inquisição em Évora” e vários volumes da História de Portugal.
Fundador do Movimento Cívico Não Apaguem a Memória, foi até 2021 presidente do Conselho Consultivo do Museu do Aljube. Em 1999, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Santiago da Espada, em 2018 com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade e em 2019 com a Medalha de Mérito Cultural.

“Ser competente, cumprir e entregar trabalho não é garante de continuidade”

Zé LG, 17.10.25

pixiz-16-10-2025-16_12_24.jpg«Se os agora eleitos se candidataram e foram selecionados dentros das suas listas, é porque terão qualidades para tal, sabem ao que vão e estão motivados para tal. O que queria transmitir é esta constatação do funcionamento da democracia, ... Ser competente, cumprir e entregar trabalho não é garante de continuidade porque no fim, a mensagem e o marketing abafam tudo isto, especialmente nestes tempos onde os algoritmos formatam o pensamento. Foi criada esta mensagem forte de uma mudança urgente que abafou e ofuscou tudo o resto e neste caso que está em discussão, levou à substituição de duas pessoas que se dedicaram, esforçaram e entregaram o que era suposto (e antes que venham bater…, nunca fica tudo feito nem agrada a todos)Anónimo 16.10.2025, aqui.

"A Esquerda deve pensar no bem comum, e não restringir a sua luta à obtenção do poder"

Zé LG, 21.05.25

mapa eleiçoes.ar.png«Toda a esquerda deve atravessar o penoso caminho das pedras, que, a bem do país deve ser duradouro. Retomar a génese da Democracia, compreender que não se pode estar na política, apenas com um de dois desideratos, por um lado tudo fazer para conquistar o poder, por outro lado tudo fazer para manter esse mesmo poder !!! Esse é o grande paradigma que sai destas eleições. A Esquerda deve pensar no bem comum, e não restringir a sua luta à obtenção do PODER. É Utopia da minha parte ?!?! Não, na minha opinião é antes um raciocínio de um pragmatismo tremendo: se alguém tentar eleições antecipadas André Ventura tornar-se-á primeiro-ministro.» Vitor MP Fialho, aqui.

"é essa liberdade que usas para elogiar o regime que te proibiria de a ter"

Zé LG, 14.05.25

colocar na entrada do site .  PIDE (1).jpg«... Defendes o passado com peito cheio e voz alta - um passado que não viveste, que não viste, que nunca te tocou. Replicas frases feitas, engoles mentiras vestidas de saudade, e apontas o dedo à democracia como se ela fosse um erro, como se a liberdade tivesse sido uma escolha errada. ... Não sabes o que foi viver com medo de falar, de escrever, de pensar. Não sabes o que foi ver um pai arrancado de casa por uma denúncia anónima. Não sabes o que foi uma mulher obrigada ao silêncio, à sombra, ao canto da sala. Não sabes o que foi crescer analfabeto porque estudar era luxo. Não sabes o que foi morrer numa guerra que nunca foi tua, com 20 anos... E, pior ainda, não queres saber. Ignoras os relatos, desprezas os sobreviventes, e com isso insultas uma geração que sofreu, que resistiu, que lutou para que hoje tu pudesses escrever o que quiseres nas redes sociais, votar em quem quiseres, insultar os políticos sem receio de ser preso. ...És livre - e é essa liberdade que usas para elogiar o regime que te proibiria de a ter. ... Respeita. Cala-te e ouve. Aprende antes de falares. Porque defender a ditadura em pleno século XXI é cuspir na cara de quem lutou para que tu pudesses ter opinião. E isso não é ignorância. É crueldade.» Texto: Guilherme Albert, aqui.

“hoje, as democracias derrubam-se por voto manipulado e planeado por golpistas nas redes sociais"

Zé LG, 30.03.25

487440733_10237432238371144_1718603778145349856_n.jpg«Não consegui manter a minha promessa pela simples razão de que tudo o que está a acontecer na América ultrapassou em pior a minha imaginação, e como eu vivo neste tempo e neste mundo em que está um bandido à solta na Casa Branca e um grupo de marginais a acolitá-lo, não é possível, como cantava o Adriano Correia de Oliveira, viver serenamente. Não é possível, por mais que se queira — até como forma de resistência —, abstrair das malfeitorias diárias do Presidente dos Estados Unidos. … Como é que chegámos aqui? Como é que a “land of the free”, uma nação de referência do mundo democrático, num instante se está a transformar num fascismo unipessoal? Como é que chegámos aqui? Chegámos pelo voto popular, pela escolha da maioria dos americanos. Porque hoje já não é necessário derrubar as democracias por golpe militar: derrubam-se nas urnas por voto popular manipulado e planeado por golpistas silenciosos nas redes sociais.» Miguel Sousa Tavares, Expresso, 27/03/2025, daqui.

“Uma espécie de pré-falência do sistema democrático!”

Zé LG, 14.03.25

Ética.jpg«… Seria aliás, interessante perceber quantos políticos hoje em Portugal, têm reais condições para integrar um elenco governativo sem estas sombras de suspeição, de compadrio ou de conflito de interesses de qualquer espécie! Um exercício que porventura só serviria para constatar que não há políticos com o perfil mínimo em termos de ética e de moralidade para exercer cargos públicos com isenção, desprendimento e entrega cabal à causa pública! Por essa mesma razão se entende a dificuldade que as estruturas partidárias têm hoje para apresentar listas eleitorais com elementos detentores desses predicados! O que sobra, é aquilo que se sabe, com candidaturas de perfil carreirista, conveniente e desprovido de sentido cívico! Uma espécie de pré-falência do sistema democrático!» Anónimo 13.03.2025, aqui.

Liberdade e Democracia não podem contribuir para radicalismos

Zé LG, 18.12.24

202410201913131549.jpeg«As palavras “Liberdade” e “Democracia” são, talvez, das mais referidas no universo vocabular dos nossos tempos. Embora tenham na sua base conceitos fundamentais para as nossas vidas colectiva e individual, como se sabe, o recurso generalizado ao uso de tais termos tem vindo a resvalar, em alguns contextos – por desconhecimento ou, até, por perversão - numa variedade equívoca de significados, os quais, em situação limite, podem configurar a completa anulação dos seus significados fundamentais básicos ou a sua inadequada aplicação em situações concrectas. ...
Não será difícil constatar tal “desordem” na utilização dessas palavras/vocábulos, mesmo em círculos onde, supostamente, poderia ou deveria haver mais clareza no seu uso, como podem ser os casos da “rotulagem” de forças políticas até à “classificação” de comportamentos pessoais ou sociais. …
Os vocábulos “Liberdade” e “Democracia”, tantas vezes mal explicados e aplicados, não podem contribuir para radicalismos, para posicionamentos fundamentalistas (… e são tantos e tão predadores!) os quais evoluem, geralmente, para a desordem cívica e para a quebra de tais valores! ...» Manuel Maria Barroso, aqui.

“Uma geração de burros com diploma de doutor”?

Zé LG, 02.08.24

Sem nome (99).png«Menos exigência na educação. Falta de valores. O quererem impor o pensamento único. etc etc.
Uma geração de burros com diploma de doutor. A intolerância impera e ai de quem pense de forma diferente é logo rotulado de facista.
Saudades dos debates entre Soares, Cunhal e Sá Carneiro. Havia elevação no debate politico.» Sr miau, 29.07.2024, aqui.

“Menos educados, menos democratas”

Zé LG, 29.07.24

Margarida-Vaqueiro-Lopes-Exame.png«Numa altura em que o mundo se encontra profundamente dividido entre discursos cada vez mais polarizados, é preciso trabalhar na educação com urgência. É preciso explicar às crianças, desde muito pequeninas, que comportamentos e palavras como os levados a cabo (por alguns) não são aceitáveis. É preciso explicar a diferença entre o bem e o mal, é preciso ensinar a refletir, a formar uma opinião sobre o mundo, a não seguir o caminho mais fácil de repetir apenas o que, à partida, nos parece um bom discurso. É preciso ensinar a criticar com respeito e com elevação. Com sabedoria. ... não descurando a educação das novas gerações. Aquelas que merecem que façamos melhor do que temos conseguido até aqui. Porque é a educação que garante a Democracia. Simples, assim.» Margarida Vaqueiro Lopes, Sudiretora, na Visão do Dia de hoje.