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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Liberdade e Democracia não podem contribuir para radicalismos

Zé LG, 18.12.24

202410201913131549.jpeg«As palavras “Liberdade” e “Democracia” são, talvez, das mais referidas no universo vocabular dos nossos tempos. Embora tenham na sua base conceitos fundamentais para as nossas vidas colectiva e individual, como se sabe, o recurso generalizado ao uso de tais termos tem vindo a resvalar, em alguns contextos – por desconhecimento ou, até, por perversão - numa variedade equívoca de significados, os quais, em situação limite, podem configurar a completa anulação dos seus significados fundamentais básicos ou a sua inadequada aplicação em situações concrectas. ...
Não será difícil constatar tal “desordem” na utilização dessas palavras/vocábulos, mesmo em círculos onde, supostamente, poderia ou deveria haver mais clareza no seu uso, como podem ser os casos da “rotulagem” de forças políticas até à “classificação” de comportamentos pessoais ou sociais. …
Os vocábulos “Liberdade” e “Democracia”, tantas vezes mal explicados e aplicados, não podem contribuir para radicalismos, para posicionamentos fundamentalistas (… e são tantos e tão predadores!) os quais evoluem, geralmente, para a desordem cívica e para a quebra de tais valores! ...» Manuel Maria Barroso, aqui.

“Uma geração de burros com diploma de doutor”?

Zé LG, 02.08.24

Sem nome (99).png«Menos exigência na educação. Falta de valores. O quererem impor o pensamento único. etc etc.
Uma geração de burros com diploma de doutor. A intolerância impera e ai de quem pense de forma diferente é logo rotulado de facista.
Saudades dos debates entre Soares, Cunhal e Sá Carneiro. Havia elevação no debate politico.» Sr miau, 29.07.2024, aqui.

“Menos educados, menos democratas”

Zé LG, 29.07.24

Margarida-Vaqueiro-Lopes-Exame.png«Numa altura em que o mundo se encontra profundamente dividido entre discursos cada vez mais polarizados, é preciso trabalhar na educação com urgência. É preciso explicar às crianças, desde muito pequeninas, que comportamentos e palavras como os levados a cabo (por alguns) não são aceitáveis. É preciso explicar a diferença entre o bem e o mal, é preciso ensinar a refletir, a formar uma opinião sobre o mundo, a não seguir o caminho mais fácil de repetir apenas o que, à partida, nos parece um bom discurso. É preciso ensinar a criticar com respeito e com elevação. Com sabedoria. ... não descurando a educação das novas gerações. Aquelas que merecem que façamos melhor do que temos conseguido até aqui. Porque é a educação que garante a Democracia. Simples, assim.» Margarida Vaqueiro Lopes, Sudiretora, na Visão do Dia de hoje.

Para onde caminhamos? O que queremos?

Zé LG, 29.05.24

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpgTemos vindo a assistir a um definhamento eleitoral do conjunto das quatro principais forças políticas fundadoras da Democracia (PS, PSD, PCP e CDS), com variações entre elas e entre eleições, mas que são bem significativas nas duas últimas décadas, embora também aqui com variações entre as duas décadas. Se entre 2005 e 2015 o principal beneficiado dessa quebra eleitoral foi o Bloco de Esquerda, já entre 2015 e 2024 foram o Chega nas eleições para a Assembleia da República e o JPP – Juntos Pelo Povo, nas eleições regionais da Madeira os principais beneficiados.

 

O agravamento da crise na comunicação social põe em risco a democracia

Zé LG, 10.01.24

Sem nome (44).pngUma comunicação social livre e independente é fundamental e determinante para o bom funcionamento da democracia. Sabemos quanto é difícil à comunicação social e, especialmente, aos jornalistas exercerem a sua função com plena liberdade e total independência, porque quase todos os que têm poder, mesmo que defendendo a democracia, não se inibem de exercer o poder que têm de forma a tentar que eles não os incomodem, escrutinando toda a sua actividade.

É a isso que todos os dias assistimos, pelas mais diversas formas, umas mais evidentes, outras mais subtis ou sofisticadas, a tentativas, muitas delas concretizadas, de condicionar a liberdade e a independência dos órgãos de comunicação social. Esses condicionamentos vão das fontes de financiamento, passando pela precariedade do emprego, até à equiparação de outras formas de comunicar à comunicação social.

 

 

Crise política ou de regime?

Zé LG, 15.11.23

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpgHá precisamente uma semana, com surpresa para todos, incluindo os próprios directamente envolvidos, na sequência de um conjunto de diligências do Ministério Público, foram detidas e feitas arguidas um grupo de pessoas, algumas próximas do primeiro-ministro, por suspeitas de práticas criminosas nos processos de licenciamento da exploração de duas minas de lítio, do hidrogénio verde e de um centro de dados, todos eles classificados pelo governo como projectos de interesse nacional, para poderem beneficiar de tratamento especial e de financiamentos.

No meio deste furação judicial, saiu um comunicado da Procuradoria Geral da República informando que ia abrir um processo ao primeiro-ministro, por este ter sido referenciado por detidos ou arguidos em escutas telefónicas. Na sequência deste comunicado, António Costa pediu a demissão de primeiro-ministro, dizendo que, por terem sido levantadas suspeitas sobre a sua idoneidade, não podia manter-se no lugar, porque , a manter-se em funções, contribuiria para afectar a imagem das instituições, designadamente a do governo. A demissão foi imediatamente aceite pelo Presidente da República.

 

 

“máquinas administrativas tendem a oprimir a acção política dos cidadãos”

Zé LG, 07.10.23

cultivando-cidadania.jpg«Diria que o exercício da própria cidadania, ajuda a consolidar a democracia que temos! Uma tarefa transversal que caberá a todos em consciência desde que exercida com princípios e esclarecimento! Quantas vezes no entanto, cada um no seu meio, se torna impotente perante máquinas administrativas, exacerbadamente politizadas e conservadoras, que tendem a oprimir ou ostracizar a acção política dos cidadãos! Talvez lá cheguemos um dia, com paciência e determinação!» Anónimo 04.10.2023, aqui.

Quem deve governar em democracia?

Zé LG, 02.08.23

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpgEsta parece ser uma pergunta retórica, mas não é. É uma questão muito pertinente e oportuna, que ganhou toda a centralidade no debate político em Espanha, na sequência dos resultados das recentes eleições gerais.
Até 2015, era prática corrente ser o partido mais votado, com maioria absoluta ou simples, a formar governo e a governar em Portugal. Só raramente, e à direita, foram formadas maiorias pós eleitorais através de coligações e nunca antes tinha sido um partido que não ganhou as eleições a formar governo e a governar.
A partir daquele ano e apesar do PSD ter sido o partido mais votado, com a constituição de uma maioria parlamentar pós eleitoral do PS, com o PCP e o Bloco de Esquerda, com base em acordos bi-partidários, tornou-se  possível ao PS formar governo e governar, quebrando-se aquela prática.

“Vamos assim-assim”

Zé LG, 11.05.23

851263.jpg«Bastava termos dedicado uns minutos a ler o relatório da revista britânica The Economist e rapidamente teríamos percebido porque nos estamos a tornar no carro vassoura da Europa: reclamamos muito, mas exigimos muito pouco. Temos uma cultura que se dá à lamúria e quando nos perguntam o que queremos, é frequente respondermos que ‘tanto faz’, ou ‘escolhe tu’; E se nos perguntam como estamos, vamos ‘assim-assim’ ou ‘mais ou menos’. É típico dos portugueses, já dizia o Presidente Jorge Sampaio.»

Luís Castro, Jornalista, explica, aqui, porque “só há vinte e quatro democracias plenas no mundo e Portugal não é uma delas”, sendo considerada “uma democracia imperfeita” e “uma das democracias eleitas onde se regista degradação das suas instituições democráticas”.