Beja é o 2º distrito onde as famílias têm “maior desafogo financeiro”
Segundo os resultados do barómetro anual da Deco Proteste, 74% das famílias assumiram ter enfrentado, mensalmente, problemas financeiros, em 2022, sendo que 8% afirmaram ter dificuldade em pagar despesas ditas essenciais, relacionadas com a mobilidade, alimentação, saúde, habitação, lazer e educação. Face a 2021, a dificuldade em enfrentar as despesas com a alimentação sofreu o maior aumento (15%), seguindo-se as despesas com a habitação (5%) e com a mobilidade (4%).
“O índice que mede a capacidade financeira das famílias também não deixa espaço para dúvida: em 2022, atingiu o valor mais baixo desde há cinco anos – 42,1 (de 0 a 100; em que quanto mais elevado o número, maior a capacidade financeira para enfrentar as despesas mensais)”, salienta a Deco Proteste, que considera que “os resultados de 2022 não são animadores” e que “É constatável que não houve uma melhoria efetiva das condições de vida dos portugueses nos últimos anos e as consequências da guerra na Ucrânia puseram a nu todas as fragilidades da nossa economia e a debilidade económica da maioria dos agregados familiares”.
Em termos geográficos, é nos Açores que o índice apresenta piores resultados (37,2), seguindo-se os distritos de Vila Real (38) e Aveiro (39,4). Em “maior desafogo financeiro” estão os distritos de Coimbra (47,1) Beja (43,5), Lisboa (43,5) e a Região Autónoma da Madeira (45,1).