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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Criminalidade geral desceu no Distrito de Beja, apesar da subida de alguns crimes

Zé LG, 02.04.25

GNR-PSP.pngO Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) relativo a 2024 revela uma descida global da criminalidade geral no país, apesar de algumas tipologias criminais terem registado aumentos significativos em diversos distritos como no de Beja:
- Criminalidade geral: desceu 7,3% (5.371 queixas)
- Maior subida: contrafação/falsificação de moeda e passagem de moeda falsa (+254%, 124 queixas)
- Maior descida: outras burlas (-68,8%, 125 queixas)
- Mais queixas: ofensa à integridade física voluntária simples (368 queixas)
- Criminalidade violenta: desceu 4,7% (142 queixas)
- Maior subida: violação (+120%, 11 queixas)
- Maior descida e mais queixas: resistência e coação sobre funcionário (34 queixas)

Deputada do Chega acusada do crime de dano informático

Zé LG, 29.03.25

CR.pngA deputada Cristina Rodrigues, que foi deputada pelo PAN, foi acusada no processo relativo ao “apagão informático” do PAN, que em 2020 resultou na eliminação de milhares de e-mails dos dirigentes do partido, depois de se desvincular dessa força partidária e passar a deputada não inscrita, ainda antes de aderir ao partido de André Ventura. O Ministério Público afirma que “a arguida Cristina Rodrigues agiu livre, deliberada e conscientemente, acedendo às mensagens do email cristina.rodrigues@pan.com.pt – e apagando-as –, num momento em que já não detinha autorização para aceder ao referido e-mail”. O despacho considera que “a ilicitude da conduta é muito elevada”. Daqui.

O Estado Português não faz nada face ao que se tem passado na Fairfruit?!...

Zé LG, 17.03.25

Fairfruit-camiao_800x800.jpg«Tendo o Estado Português metido cerca de 9.000.000,00 € neste fábrica, não será ao Ministério Público que cabe a defesa dos Fundos Públicos? Depois da TV já ter denunciado o Bando dos Nunes do Montijo, como é possível que continuem a realizar assaltos como este da Faifruit? Até os postes metálicos das vedações foram serrados !!!!»
«Bom exemplo dos estudos de viabilidade económica....ou seja...0....estes projetos....feitos pra enganar só revelam a incompetência de quem os aceita e ate promove...responsabilidades nao serão atribuídas....» Anónimos 15.03.2025. Aqui.

“Tanta garganta como líder de oposição. Tanta opacidade como líder do governo.”

Zé LG, 22.02.25

330012392_204941255536084_7561008878509582896_n.jpg«Luís Montenegro acabou de confessar, ..., que usou uma empresa (...) para prestar serviços jurídicos de consultoria sobre proteção de dados pessoais a várias empresas. … não podia. ... a Lei dos Atos Próprios dos Advogados determina que a consultoria jurídica só pode ser prestada por advogados ou por sociedades civis de advogados. ... isso não só constitui fraude fiscal, como constitui crime de procuradoria ilícita.
Era bom que tivesse explicado:
(a) porque é que foi essa empresa imobiliária a faturar serviços jurídicos que deviam ter sido faturados pelo seu escritório de advogados?
(b) porque é que lhe pagaram ... 718 mil euros (...) para escrever regulamentos e manuais de procedimentos de proteção de dados pessoais?
b) porque é que não explica quem são as empresas que lhe pagaram esses valores astronómicos, ..., quando o ... Estatuto dos Titulares de Cargos Políticos, obrigava a que tivesse declarado quais foram as empresas às quais prestou serviços? ...
Agora, só espero que o MP, a Autoridade Tributária e a Ordem dos Advogados façam o que se lhes exige.
Tanta garganta como líder de oposição. Tanta opacidade como líder do governo.» Miguel Prata Roque, aqui.

Eleita pelo Chega em Loures acusada pelo MP pelo crime de participação económica em negócio

Zé LG, 11.02.25

178658335_1195292700927304_4735217466007434231_n.jpgManuela Dias, eleita deputada municipal pelo Chega em Loures, foi acusada pelo MP de um crime de participação económica em negócio, que terá cometido quando era presidente da União de Freguesias de Moscavide e Portela, eleita pela Coligação "Loures Sabe Mudar" (PSD/MPT/PPM), ao "praticar diversos atos de gestão que lesaram gravemente o património", ao atribuir pagamentos a uma empresa gerida pelo seu genro.
Manuela Dias apresentou o pedido de renúncia ao mandato à presidente da Assembleia Municipal de Loures, no final da tarde de segunda-feira.

PCP denuncia escândalo da prescrição do processo de cartelização da banca

Zé LG, 11.02.25

banca_banqueiros_bancos.jpgO PCP afirma que “a prescrição do processo relativo à cartelização da banca, movido pela AdC, é um escândalo que o País não pode aceitar”, recordando que as coimas aplicadas “a um conjunto de bancos são relativas a comprovadas práticas de cartelização de preços ocorridas entre 2002 e 2013”, que “é prática da banca, não restringida ao período, o alinhamento de estratégias, de cartelização e combinação explícita ou implícita de preços"  e que “..., a forma como este processo foi conduzido confirma toda uma política e um sistema favorável aos interesses do grande capital financeiro”, pelo que “é preciso garantir o total apuramento das circunstâncias e das responsabilidades que permitem à banca escapar ao pagamento de uma coima de 225 milhões de euros”, e que as entidades responsáveis “deverão não só tomar todas as medidas para aplicação das respectivas coimas como para impedir a continuação destas e de outras práticas de cartelização.”

Quase 60% dos professores foram vítimas de bullying

Zé LG, 07.02.25

professores-e1593260677364.jpgUm inquérito realizado pelo movimento Missão Escola Pública revelou um retrato preocupante sobre a violência e intimidação nas escolas portuguesas. 59% dos professores já foram vítimas de bullying no exercício da sua profissão. Os tipos de violência mais reportados são as agressões verbais (63%) e as ameaças (47%). Casos de coação, perseguição e agressões físicas também foram identificados. Dos docentes inquiridos, 9,5% afirmaram ter sido vítimas de agressões físicas por alunos (87%), por pais (8%), por colegas de trabalho (2,7%) e por elementos das direções escolares (2,4%), o que “reforça a necessidade de uma revisão do modelo de gestão das escolas” e “a necessidade de sensibilização para a importância do respeito nas relações familiares e escolares”.
15% dos docentes já tiveram de meter baixa médica devido ao bullying sofrido, e, apenas neste ano letivo, 11% estiveram de baixa por causa do desgaste provocado pela indisciplina dos alunos, burocracia excessiva, sobrecarga de trabalho e atitudes autocráticas das direções escolares, e que “sentem que não vale a pena denunciar junto das direções, pois percebem que as situações são abafadas”.

“Bater no Morto ou a Ética da Luta”

Zé LG, 30.01.25

464710367_10225573931310207_7138332696247534057_n.«Um dos grandes desafios deste ambiente totalitário, e de normalização da barbárie, é não ficarmos como eles. O deputado das malas faz-nos rir e escarnecer, é tudo insólito, degradante, um espelho da completa miséria humana, ... Como cresce uma pessoa assim? Em que família, escolas, jornalismo? O que tem o Big Brother, programa mais visto em Portugal, a ver com isto? As mentiras generalizadas de grande parte dos políticos, polidos? A degradação completa das ciências humanas na escola pública e também aí a mentira das avaliações normalizada?
Mas o que lhe fizeram está nos antípodas de justiça - foi uma humilhação pública, uma espécie de dente por dente, olho por olho. Quase sadismo. Ele surfou a onda, deu entrevistas, gostou, mas fico sempre com a sensação que é como bater num homem que pede para lhe baterem. ...
A coragem de bater num homem que está no chão choca-me, mesmo quando esse homem nada me diz, fez tudo para o merecer e encarna uma monstruosidade como o fascismo. Não estou preocupada com ele, mas connosco. Os nossos meios não podem confundir-se com os deles.» Raquel Varela, aqui.

A Política como arte nobre não se pode vergar à política dos casos e “casinhos”

Zé LG, 29.01.25

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpgAté ao fim dos processos judiciais e eventuais julgamentos, os suspeitos da prática de crimes beneficiam da presunção de inocência. Mas não teria sido prudente por parte dos partidos não terem incluído nas suas listas pessoas suspeitas da prática de crimes?
Ou a prática de crimes já se banalizou tanto que se normalizou e os suspeitos dessa prática não só não sentem necessidade de se resguardarem e protegerem os seus bons nomes e os seus partidos? E estes procedem da mesma maneira, apesar das promessas que fazem de assumirem o combate à corrupção, uma maior exigência da integridade dos políticos e um maior escrutínio às suas actividades como prioridades da sua acção política.
Pouco mais de nove meses depois do início da legislatura, doze deputados foram constituídos arguidos e tiveram a imunidade parlamentar levantada pela Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados, para enfrentarem investigações judiciais, representando um caso raro de grande impacto político no Parlamento português.