«As autarquias locais enfrentam na atualidade desafios importantes e um dos primeiros é saber a que questões têm de dar resposta. Tem-se assistido com o incentivo dos partidos que têm governado o País e que gerem a maior parte das autarquias a uma diluição de responsabilidades entre os diversos níveis de poder (o central e local) quando o que se impunha era uma clara delimitação de responsabilidades. Em detrimento da assunção das suas competências próprias, assiste-se a situações em que há câmaras municipais que constroem hospitais, escolas do ensino superior, outros tipos de equipamentos, substituindo-se ao poder central no que é da sua competência. É obvio que as autarquias locais não podem nem devem ser indiferentes a tudo o que se passa no seu território e devem encontrar as formas e os meios de contribuir para a resolução dos problemas. Desde logo participando nas lutas para que o poder central assuma as suas responsabilidades, estando disponível para cooperar, avançando com propostas, reivindicando e intervindo ao lado das populações e priorizando do ponto de vista da obra e da realização o que são as suas competências próprias.» José Maria Pós-de-Mina, consultor, aqui.