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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

“damos cabo do planeta em nome do progresso e da felicidade colectiva”

Zé LG, 07.11.24

Sem nome (132).png«Bem sei que se convencionou chamar de fenómenos naturais todo o tipo de calamidades que acontecem sobretudo em meios densamente povoados, mas diria que são tudo menos "naturais", porque esses verdadeiramente sempre existiram (com maior ou menor intensidade)! Aquilo que habitualmente se resolveu apelidar como tal, são em termos gerais, resultado da acção voraz e descontrolada do Homem no meio que decidiu "domesticar" e subtrair à própria natureza! Lembro-me sempre daquela canção dos Kinks, Now and then:
"In the beginning of it all there was the land
And the sea and the sky
Then into the middle of it all there came man
To live on the land".
E no fundo é isso mesmo- damos cabo do planeta em nome do progresso e da felicidade colectiva! Para depois nos queixarmos da ferocidade da natureza! Uma porra!...» Anónimo, 06.11.2024, aqui.

Valência: Que se saiba tirar as lições da tragédia!

Zé LG, 06.11.24

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpg

As tragédias provocadas pelos chamados fenómenos naturais acontecem com cada vez mais frequência, com intervalos mais curtos e com consequências mais graves.
Falei nos chamados fenómenos naturais, porque eles são provocados cada vez mais pelas actividades humanas.
Na tragédia registada na semana passada na região de Valência, no sudoeste de Espanha, isso ficou bem evidenciado. A começar por uma gestão urbanística que permitiu a construção de zonas industriais e habitacionais em áreas de grande vulnerabilidade às cheias e em profundidade sem capacidade de escoamento. Esta situação foi agora agravada pelas alterações climáticas, que provocou quantidades de chuva em curtos espaços de tempo como nunca se vira antes.
O desrespeito pela Natureza, a ganância de alguns, a grande especulação imobiliária associada à corrupção, a construção de génese clandestina ou de fraca qualidade e sem condições de segurança mínimas contribuem para o surgimento dos, cada vez mais, impropriamente chamados fenómenos naturais, com consequências cada vez mais graves e trágicas.

Programa Municipal de Ação Climática apresentado em Beja

Zé LG, 27.10.24

20241024170331970.jpegA Câmara Municipal de Beja, em conjunto com a empresa IrRADIARE, apresentou o Programa Municipal de Ação Climática, que pretende capacitar o Município de Beja para lidar com os impactos previstos, com especial atenção nos setores e população mais vulneráveis às Alterações Climáticas, e visa implementar medidas para a promoção da sustentabilidade, em seis setores, entre eles a agricultura e os transportes e mobilidade.

Adaptação local aos desafios da ação climática em debate em Odemira

Zé LG, 14.10.24

l_adapt.local.24_cartaz_a3_18out2024.jpgO 8º Seminário Anual adapt.local.24, que abordará temas relacionados com a adaptação local aos desafios da ação climática, realiza-se no Cineteatro Camacho Costa, em Odemira, no próximo dia 18.
«Numa altura particularmente sensível para o país em termos de gestão dos recursos hídricos e de incêndios florestais, a 8ª edição do Seminário adapt.local, coorganizada em parceria com o Município de Odemira, tem nestes dois temas o seu principal foco, e contará com a presença ativa de vários oradores especialistas, os quais, juntamente com os responsáveis políticos e técnicos autárquicos de todo o país, abordarão e debaterão os desafios da gestão local da floresta e da gestão da água», refere a autarquia. Ver PROGRAMA.

"Escassez de água deve ser combatida através de diferentes eixos"

Zé LG, 27.02.24

Barragem-Santa-Clara.jpgA escassez de água deve ser combatida através de pelo menos quatro eixos de atuação diferentes. “A dessalinização é um, a reutilização da água é outro, novas captações e, sobretudo, muito maior eficiência”, defendeu o investigador Rodrigo Proença de Oliveira, doutorado em Planeamento e Gestão de Recursos Hídricos pela Universidade de Cornell (EUA), que falou sobre o tema no colóquio sobre “Alterações Climáticas, Seca e Recursos Hídricos”, promovido pela Associação dos Ex-Deputados da Assembleia d República (AEDAR), em Ferreira do Alentejo.
Defendeu a “análise da componente económica” para chegar a conclusões sobre “a relação custo-benefício” das intervenções propostas e, nesse sentido, revelou-se cético em relação aos transvases de água do Norte para o Sul do país, considerando, por isso, que é preciso avaliar “se os custos dessas obras são justificáveis perante o benefício que proporcionam” e admitiu que a dessalinização pode ser uma alternativa mais viável.
Quanto à eficiência, lembrou que “há muito trabalho a fazer na redução das perdas físicas das redes de abastecimento para consumo humano e agrícola”, onde viu “uma oportunidade”, assim como “usar melhor as águas superficiais e subterrâneas”.

Produção de azeite deverá ter quebra de até 50%

Zé LG, 04.09.23

Untitled-5-768x503.jpg“Estima-se que a produção nacional possa sofrer uma quebra de 30%-40% em relação à campanha anterior. Em algumas regiões de olival tradicional, essas quebras podem mesmo atingir os 50%”, afirmou a secretária-geral da Casa do Azeite, Mariana Matos, que explica que a quebra na produção se deve ao facto de esta ser uma “campanha de contrassafra”, mas também à seca.

No que diz respeito à região do Alentejo, com olivais em sebe, de regadio, verificou-se “alguma quebra” devido às elevadas temperaturas “na altura da floração e da contrassafra”, embora a descida seja inferior à registada nos olivais de sequeiro.

“GUARDIÕES” destacado no RVN 2023

Zé LG, 12.07.23

guardioes1-550x356.jpg“GUARDIÕES”, um projecto desenvolvido no Alentejo, é destacado no Relatório Voluntário Nacional (RVN 2023), sendo citado como um exemplo de colaboração institucional a seguir e que, com sucesso, tem contribuído para o combate às alterações climáticas.
O relatório, que será apresentado, no dia 19 de Julho, em Nova Iorque, no Fórum Político de Alto Nível para o Desenvolvimento Sustentável, destaca as iniciativas que o Projeto GUARDIÕES desenvolve junto da comunidade escolar, no Alentejo, e as diferentes conferências que promove, reunindo peritos de diferentes áreas, e que têm levado à crescente chamada de atenção relativamente às alterações climáticas e sobre possíveis soluções de descarbonização, facilitando a transição, nomeadamente da região do Alentejo, para uma economia mais circular e sustentável.

Jatos privados queimam o futuro, matam o planeta e alimentam a desigualdade

Zé LG, 23.05.23

Jatos.pngAtivistas de 17 países, incluindo de Portugal, bloquearam com sucesso o maior evento de venda de jatos privados da Europa. Prevê-se que as vendas de jatos privados atinjam este ano o seu nível mais elevado de sempre, sobrecarregando cada vez mais o planeta. De acordo com um relatório recente, a frota mundial de jatos privados mais do que duplicou nas últimas duas décadas.

Noah Zino, porta-voz do grupo português Abolir Jatos Privados que marca presença em Genebra, afirma que "jatos privados são o exemplo inegável que a desigualdade extrema está na origem do colapso climático". “Se os ricos e poderosos insistem em voos de luxo que emitem mais CO2 que famílias inteiras, terão de ser pessoas normais a para-los”. "Para além de Genebra, Portugal é exemplo de vergonha internacional, sendo o troço entre Tires e Lisboa o 2º mais intenso em carbono de toda a Europa. Resistência civil à crise climática e social é urgente."