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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

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Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Água disponibilizada pela EDIA não chega para olival e amendoal

Zé LG, 24.12.24

IMG_20240922_155956.jpg“As atuais dotações máximas de rega, para as culturas do olival e do amendoal, que a EDIA atribui na área de abrangência do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) são insuficientes para fazer face às respetivas necessidades hídricas, situação que se poderá agravar face às alterações climáticas e que poderá levar a quebras de produtividade importantes”, conclui o estudo “O olival e o amendoal no EFMA – cenários sobre a disponibilização de água para rega” desenvolvido pela Agroges para a OLIVUM e a PORTUGAL NUTS.
“Este estudo é uma peça fundamental de análise e reflexão sobre os desafios da água do país, como um todo, e na perceção da importância da gestão equilibrada do uso de água para rega em setores tão relevantes para a competitividade agroalimentar nacional”, realçam os presidentes das Associações setoriais promotoras, que já entregaram o trabalho para análise às diversas Entidades competentes, designadamente ao ministro da Agricultura e Pescas.

AABA e ACOS criticam hipótese de Alqueva abastecer o Algarve

Zé LG, 17.12.24

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Na sequência do anúncio da ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, de que está a ser estudado o abastecimento de água ao Algarve a partir do Alqueva, os agricultores do Baixo Alentejo criticam essa hipótese e defendem medidas do Governo para aumentar o volume de armazenamento da albufeira alentejana.
Para o presidente da AABA, Francisco Palma, “é um bocadinho descabido pensar que Alqueva vai suprir as necessidades hídricas do Algarve, tendo o Algarve, por si só, condições de ter mais recursos hídricos” e “Nessa questão do Alqueva servir para tudo e para todos, acho no mínimo uma golpada eleitoralista e um oportunismo político”, criticou, lembrando que o Alqueva “foi feito e pensado” para “colmatar um défice hídrico que existe no Alentejo, dada a seca e a irregularidade” do clima da região, e que antes de se pensar em levar a água do Alqueva até ao Algarve, é preciso que esta chegue primeiro “aos vários sítios do Baixo Alentejo onde é necessária”, porque “o Alentejo é muito grande e a água pouca em relação ao tamanho do território”.
Rui Garrido, presidente da ACOS, disse não ver com bons olhos um projeto que possa implicar “mais um consumo de água ao Alqueva”, porque “A água do Alqueva não é ilimitada” e “temos é de começar a pensar na maneira de meter mais água no Alqueva”, porque, no futuro próximo, a região pode vir a debater-se com “mais três anos sem chuva” e “Isso tem que ser equacionado e temos que pensar que, para dar água a tanta gente, temos de arranjar mais água para o Alqueva”, frisando não perceber “como é que pode sair tanta água sem que se pense em meter água no Alqueva, nomeadamente água que venha do norte [do país], onde chove mais e há mais” recursos hídricos.

Em estudo abastecimento de água ao Algarve a partir de Alqueva

Zé LG, 16.12.24

Sem nome (143).pngA ministra do Ambiente anunciou ontem que está a ser estudado o abastecimento de água ao Algarve a partir do Alqueva, ligando esta barragem à de Santa Clara, também no Alentejo, e esta à da Bravura, em Lagos, no Barlavento (oeste) algarvio, na sequência da autorização de Espanha para a utilização de 60 hectómetros cúbicos do Rio Guadiana. e ainda que está prevista uma intervenção integrada nas rias e ribeiras do Baixo Alentejo e do Algarve - com financiamento do Programa Operacional Regional, no valor de 40 milhões de euros -, através da criação de duas reservas fluviais, uma no Rio Vascão, no sotavento algarvio, um dos afluentes do Guadiana, e outra na Ribeira de Odeceixe, no barlavento.
Maria da Graça Carvalho discursava em Faro, na cerimónia do anúncio de lançamento do concurso de construção da obra para a tomada de água do Pomarão, no Sotavento (leste) algarvio, ocasião na qual foram também assinados protocolos que irão permitir implementar soluções de acesso a água às populações da Mesquita e do Espírito Santo, em Mértola.

Central fotovoltaica da Sobreira será a maior da EDP na Europa e vai ser instalada no Alentejo

Zé LG, 26.11.24

Sem nome (138).pngO grupo EDP prepara-se para instalar a sua maior central solar europeia no Alentejo, nos concelhos de Portel e de Vidigueira, numa área vedada com 445 hectares das Herdades da Sobreira de Baixo e da Quinta de Dona Maria, que será um projeto híbrido, já que vai injetar a sua eletricidade na rede através do ponto de ligação afeto à central hidroelétrica de Alqueva II, com 400 kV, o que permite injetar energia solar durante o dia, aproveitando a água armazenada na albufeira para poder produzir eletricidade durante a noite. O projeto, que será desenvolvido pela EDP Renováveis, tem um prazo de construção de 16 meses, com uma vida útil de 35 anos, e, se fosse concluído hoje, seria a maior central solar fotovoltaica em Portugal.

APA deu parecer favorável à transferência de água do rio Guadiana para barragem de Odeleite

Zé LG, 27.09.24

Reunião-Guad-Pomarao_800x800.jpgA Agência Portuguesa do Ambiente (APA) emitiu parecer favorável à transferência de água do rio Guadiana, no Pomarão, para barragem de Odeleite, para ajudar no abastecimento o Algarve, mas levantou muitas dúvidas sobre o custo e a eficácia e a nível ecológico, para a fauna e flora e o equilíbrio ecológico do rio. O parecer da APA é condicionado às exigências do município de Mértola - rede de abastecimentos às localidades de Espírito Santo e Mesquita e navegabilidade do Guadiana até Mértola.
Este investimento de 61,5 milhões de euros é contestado por autarcas, agricultores e ambientalistas. A Câmara de Mértola contestou, desde primeira hora, o projeto. A CIMBAL contestou o projeto e expressou a sua solidariedade com Mértola. A EDIA alertou que podem não existir disponibilidades hídricas para satisfação das necessidades desta nova captação para o Algarve. A AABA diz que vai hipotecar o futuro do regadio no Alentejo. Associações ambientalistas e alguns municípios do Algarve também já se mostraram contra o projecto, devido aos impactos previstos quer na natureza, quer nos locais atravessados pelo canal de transvase.

“culturas intensivas são (infelizmente) o futuro”

Zé LG, 13.09.24

olival.png«Não tenho dúvida nenhuma que as culturas intensivas são (infelizmente) o futuro. Mas classificar de sustentável uma cultura que destrói ecossistemas inteiros (e não preciso de nenhum estudo científico para o provar pois constato-o diariamente) acho um pouco abusivo. Faz um pouco lembrar quando nos dizem que o olival ocupa uma pequeníssima parte do nosso Alentejo. Façam o favor de colocar um mapa na TV e fazer um círculo onde esses olivais estão plantados!!! A percentagem é pequena mas garanto que o círculo também o é!» Optimista, 11.09.2024, aqui.

Bloco de Rega de Reguengos de Monsaraz vai avançar

Zé LG, 02.09.24

Circuito-Hidraulico-e-Bloco-de-Rega-Reguengos-749x1024.jpgMarta Prates, presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, depois de uma reunião com o ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, afirmou: “Tive a garantia que o concurso para a construção do Bloco de Rega de Reguengos vai avançar e que o perímetro de rega poderá estar disponível em 2026 para os agricultores do concelho poderem regar as suas culturas. É uma excelente notícia para os agricultores, para a economia, para a coesão territorial e para a competitividade do concelho de Reguengos de Monsaraz, pois este é o único concurso que não estava contemplado nas empreitadas do Circuito Hidráulico de Reguengos de Monsaraz e não tinha o financiamento assegurado”. O ministro assegurou à autarca que pretende incluir o financiamento do bloco de rega na reprogramação do PRR.

EDIA arrenda 83 parcelas de terreno na área do EFMA

Zé LG, 05.08.24

202408021457067014.pngA EDIA disponibilizada para arrendamento 83 parcelas de terreno, situadas nos concelhos de Aljustrel, Beja, Cuba, Évora, Moura, Mourão, Portel, Reguengos de Monsaraz, Serpa e Vidigueira, que serão atribuídas preferencialmente aos proponentes que comprovem possuir, os estatutos de Agricultura Familiar, Agricultor/produtor de Agricultura Biológica Certificado ou Jovens Agricultor.
A apresentação de propostas pode ser feita até 5 de setembro, nas instalações da sede da EDIA, em Beja. O edital e os mapas de localização podem ser consultados em https://lnkd.in/d85mAqwB

ERT Alentejo aposta na promoção e valorização do desenvolvimento turístico de Alqueva

Zé LG, 04.07.24

img-1.jpgAcreditamos muito em Alqueva. As dinâmicas estão aqui e a oferta está a desenvolver-se, mas estamos clientes que valor e o contributo deste polo para o desenvolvimento turístico do Alentejo ainda está muito aquém do seu potencial”, afirmou José Manuel Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, esperando definir com o envolvimento de todos os atores, um roteiro ágil e prático de ações focado no curto e médio prazo, antecipando, assim, os principais desafios e iniciativas necessárias ao desenvolvimento turístico sustentado de Alqueva. Com o apoio de uma consultora contratada pela ERT será preparado, em articulação com os municípios da área do regolfo, um documento operacional a apresentar até ao final do ano às várias áreas governativas.