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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Roberto Grilo é o novo vice-presidente da CCDRA para a Agricultura

Zé LG, 16.01.25

120228028_185871019698402_4069290486849612163_n.jpgO governo nomeou os novos vice-presidentes responsáveis pela agricultura regional nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte, Centro, Lisboa e Alentejo, que entraaram em funções ontem para um mandato de quatro anos. Para a região do Alentejo, foi escolhido o economista Roberto Grilo Roberto Grilo, que presidiu à CCDR do Alentejo, entre 2015 e 2020, tendo sido o candidato derrotado nas primeiras eleições para o organismo, em 13 de outubro de 2020, quando assumiu uma candidatura independente, apesar da militância no PSD.

“Herdade do Outeiro: Visão Estratégica 2030”

Zé LG, 14.01.25

202501101545252379.jpg… assim se intitula o estudo que o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) vai fazer a pré-apresentação, amanhã, pelas 14.30 horas, no anfiteatro da Escola Superior Agrária, com a apresentação da visão estratégica definida para a Herdade do Outeiro, centrada na transformação de uma parte da extensa propriedade num polo de Investigação, Desenvolvimento e Inovação competitivo na resposta a desafios globais da “Agricultura do Futuro” e totalmente alinhado com as políticas e estratégia definidas pela União Europeia. O estudo prevê ainda o funcionamento da Casa-Museu, da Biblioteca e de atividades recreativas, turísticas e de lazer, consolidando o posicionamento nacional do Polo de I&D e a sua expansão internacional.

Cercibeja distinguida com o símbolo de agricultura biológica para a sua produção de amêndoa

Zé LG, 13.01.25

Amendoal-Cercibeja-1-1.jpgA Cercibeja foi distinguida, recentemente, com o símbolo de agricultura biológica para a sua produção de amêndoa, que “significa que a próxima produção de amêndoa já é certificada como amêndoa produzida em modo biológico ou orgânico”. Com 6,5 hectares de amendoal, a Cooperativa dedica-se, também, à produção de laranja, mel e hortícolas, e está “a redimensionar e adaptar a produção para novas culturas, onde a exigência de água e a suas adaptações às alterações climáticas sejam fator de sustentabilidade ambiental e económica”. A Cercibeja considera que “continua a ser um desafio conseguir manter uma produção regular e sustentável, num mundo onde o agronegócio é a base da produção agrícola”, mas que não está, “apenas, a produzir qualidade”, está, também, “a melhorar o ambiente, os solos, a qualidade da água, do ar e a biodiversidade”.

“É o modelo neo liberal a funcionar em pleno”

Zé LG, 08.01.25

110708-PR-0331.jpg«Não será (Herdade Vale da Rosa) a primeira e certamente a última grande empresa de produção a ir à falência dessa forma.
As grandes superfícies e as grandes empresas revendedoras são especialistas, useiras e abuseiras, neste tipo de manobras. Quase sempre nem se sabe lá muito bem porquê.
É o modelo neo liberal a funcionar em pleno.» Anónimo, 07.01.2025, aqui.

Chuva arrastou lamas de novo olival para ruas e casas de Ervidel

Zé LG, 07.01.25

Sem nome (3).pngAí está a primeira consequência para Ervidel do novo Olival, um resultado mais que previsível, depois de vários hectares terem sido completamente raspados e feitos os camalhões orientados na direção da aldeia, e que a câmara municipal de Aljustrel poderia ter evitado se tivesse dado ouvidos aos atempados alertas e propostas da CDU, aplicando medidas preventivas para antecipar os efeitos do PDM acautelando as devidas distâncias das culturas intensivas em relação as habitações. Mas a opção do executivo foi outra. Fica a população a arcar com as consequências.” Manuel Nobre, aqui.
«..., ontem em Ervidel devido ao incumprimento das recomendações da CCDR para uma faixa de proteção às construções, devido às chuvas um olival depositou lamas nas ruas e casas com o correspondente prejuízo particular e público, estes senhores que se dizem agricultores estão á solta com tudo, são os olivais em cima dás casas, são o uso sem responsabilidade social dos emigrantes, danificam caminhos e estradas e nem governo nem câmaras lhes imputa medidas punitivas ou de prevenção, e todo a opacidade e perdão destas situações por parte dos políticos nacionais e locais é deveras demonstrativa do estado de conluio político em que estamos.» Anónimo, 06.01.2025, aqui.

O “Titanic” da agricultura alentejana

Zé LG, 07.01.25

mqdefault.jpgAssim classificou o jornalista Teixeira Correia a Herdade Vale da Rosa, cujos responsáveis deram entrada no Tribunal de Ferreira do Alentejo de Processo Especial de Revitalização (PER), um mecanismo alternativo que, entre outras situações, visa suspender as penhoras e outras diligências executivas, como a entrada no Tribunal de Beja.
Com sede em Peroguarda, concelho de Ferreira do Alentejo, “tida como uma das mais robustas do Alentejo, em termos de volume de negócios, faturação e empregalidade, vem aos poucos dando mostras que está numa situação complicada e com “rombos na estrutura”, qual Titanic no meio do oceano, assim se refere Teixeira Correia à evolução da empresa.

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A que se deve esta situação complicada desta empresa tantas vezes apontada como exemplo de boas práticas agrícolas e visita obrigatória de governantes, líderes partitários e políticos candidatos? A má gestão? A más políticas agrícolas? A outras causas?

Água disponibilizada pela EDIA não chega para olival e amendoal

Zé LG, 24.12.24

IMG_20240922_155956.jpg“As atuais dotações máximas de rega, para as culturas do olival e do amendoal, que a EDIA atribui na área de abrangência do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) são insuficientes para fazer face às respetivas necessidades hídricas, situação que se poderá agravar face às alterações climáticas e que poderá levar a quebras de produtividade importantes”, conclui o estudo “O olival e o amendoal no EFMA – cenários sobre a disponibilização de água para rega” desenvolvido pela Agroges para a OLIVUM e a PORTUGAL NUTS.
“Este estudo é uma peça fundamental de análise e reflexão sobre os desafios da água do país, como um todo, e na perceção da importância da gestão equilibrada do uso de água para rega em setores tão relevantes para a competitividade agroalimentar nacional”, realçam os presidentes das Associações setoriais promotoras, que já entregaram o trabalho para análise às diversas Entidades competentes, designadamente ao ministro da Agricultura e Pescas.

“+ Agricultura + Futuro: Um pilar para a Inovação e Sustentabilidade na Agricultura”

Zé LG, 23.12.24

ovibeja_2025_dossier_patrocinador_cover (1).jpg… é mote que a organização da 41ª Ovibeja pretende projetar de 30 de abril a 4 de maio de 2025.
No centro das discussões e reflexões a Ovibeja tem como principais metas a inovação e a sustentabilidade refletindo a necessidade de práticas agrícolas que conciliem produtividade e responsabilidade ecológica. Num contexto de mudanças climáticas, a Ovibeja destaca a importância de a agricultura se posicionar como um agente de transformação, que garante a produção de alimentos, mas também a preservação dos ecossistemas e a promoção da segurança alimentar. Assim como autonomia dos territórios e o fortalecimento das comunidades, reforçando a importância de estratégias agrícolas sustentáveis e resilientes.

Mundo rural fica invisível porque as suas actividades não são percecionadas pelo mundo urbano

Zé LG, 20.12.24

202412181037351167.pngO IV Congresso Luso-Espanhol de Pecuária Extensiva divulgou as suas conclusões, designadamente: atividades do mundo rural estão a “tornar-se invisíveis porque não são devidamente percecionadas e valorizadas pelo mundo urbano”; necessidade “de mecanismos que reforcem incentivos financeiros e fiscais que tornem a atividade mais atrativa para os jovens, …, que assegurem a renovação geracional”; “a questão da sanidade animal, com uma importância económica muito relevante e que deve ser encarada com base numa política ibérica”, seguindo o lema “prevenir é melhor que curar”; “medidas da PAC deverão ser ajustadas às especificidades dos territórios, tendo em consideração o solo, o clima e a diversidade de atividades agro-silvo pastoris, e que os apoios aos criadores de animais sejam considerados em função da área afeta ao sistema de produção e não ao animal; investimento público numa rede para fornecimento de água às explorações em todo o território do interior transfronteiriço para apoio a pequenos regadios, abeberamento de animais e abastecimento de águas às populações; as medidas da PAC têm de ser reavaliadas e ajustadas às especificidades dos sistemas de produção animal extensiva ao nível ibérico, devendo assegurar pagamentos adequados à Pecuária Extensiva.

AABA e ACOS criticam hipótese de Alqueva abastecer o Algarve

Zé LG, 17.12.24

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Na sequência do anúncio da ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, de que está a ser estudado o abastecimento de água ao Algarve a partir do Alqueva, os agricultores do Baixo Alentejo criticam essa hipótese e defendem medidas do Governo para aumentar o volume de armazenamento da albufeira alentejana.
Para o presidente da AABA, Francisco Palma, “é um bocadinho descabido pensar que Alqueva vai suprir as necessidades hídricas do Algarve, tendo o Algarve, por si só, condições de ter mais recursos hídricos” e “Nessa questão do Alqueva servir para tudo e para todos, acho no mínimo uma golpada eleitoralista e um oportunismo político”, criticou, lembrando que o Alqueva “foi feito e pensado” para “colmatar um défice hídrico que existe no Alentejo, dada a seca e a irregularidade” do clima da região, e que antes de se pensar em levar a água do Alqueva até ao Algarve, é preciso que esta chegue primeiro “aos vários sítios do Baixo Alentejo onde é necessária”, porque “o Alentejo é muito grande e a água pouca em relação ao tamanho do território”.
Rui Garrido, presidente da ACOS, disse não ver com bons olhos um projeto que possa implicar “mais um consumo de água ao Alqueva”, porque “A água do Alqueva não é ilimitada” e “temos é de começar a pensar na maneira de meter mais água no Alqueva”, porque, no futuro próximo, a região pode vir a debater-se com “mais três anos sem chuva” e “Isso tem que ser equacionado e temos que pensar que, para dar água a tanta gente, temos de arranjar mais água para o Alqueva”, frisando não perceber “como é que pode sair tanta água sem que se pense em meter água no Alqueva, nomeadamente água que venha do norte [do país], onde chove mais e há mais” recursos hídricos.