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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

CNA diz ser “cada vez mais difícil produzir com o gasóleo agrícola”

Zé LG, 02.09.23

ab402f354f14e6042d9dc9ebff167d17.pngPara a CNA as consequências dessa escalada de preços, não só dos combustíveis, mas de outros fatores de produção como adubos e corretivos, sementes ou alimentos para animais, provocaram “uma acentuada quebra no rendimento da atividade agrícola em 2022 (-11,7%)”.

“A agravar a situação, os agricultores enfrentam mais um ano terrível de seca, com perdas de produção e aumento de despesas com a alimentação animal, por exemplo. Nestas circunstâncias, o acesso à água vê-se dificultado também pelo aumento do preço do gasóleo agrícola, necessário para a sua captação, que subiu 30 cêntimos desde Maio”, esclarece a CNA, que protesta contra “o escandaloso aumento de lucros milionários das empresas petrolíferas neste período e reclama ao Governo que, de uma vez por todas, tenha coragem política e avance para a regulação do preço dos combustíveis”.

Governo vai apoiar agricultores afetados pelo fogo de Odemira

Zé LG, 14.08.23

nrykoksunesc.jpgO Governo vai disponibilizar um apoio financeiro aos agricultores que ficaram sem alimentação para os animais devido ao incêndio que atingiu os concelhos de Odemira (distrito de Beja), Aljezur e Monchique (distrito de Faro). “Vamos disponibilizar um apoio imediato para fazer face à aquisição de alimentos para animais. É um apoio financeiro que será dado à cabeça”, revelou a ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes.

“favorecimento a modelo de intensificação agrícola assente em monoculturas industriais”

Zé LG, 06.08.23

regadio.pngA associação ambientalista Zero criticou o Plano Regional de Eficiência Hídrica (PREH) do Alentejo, por considerar que inclui “a expansão dos grandes regadios em mais de 25 mil hectares” e subsídios públicos no valor 650 milhões de euros que “vão beneficiar diretamente as grandes monoculturas”, sendo “O mais aviltante é que a proposta de PREH procura fazer passar o aumento do regadio por gestão responsável dos recursos hídricos, sem uma análise e avaliação capazes de fundamentar as medidas propostas”. Trata-se de “um indecoroso favorecimento a um modelo de intensificação agrícola assente em monoculturas industriais em grande escala, tendencialmente culturas permanentes”, que induzirá “um aumento dos consumos totais de água, ao mesmo tempo que ignora os vários consumos associados ao regadio privado e da pecuária, que, pese embora não seja caracterizado, constitui cerca de 50 por cento dos usos”.

Reconhecendo que existem no PREH “medidas muito importantes” para assegurar uma gestão responsável da água, a Zero assinalou, porém, que “não se preveem medidas decisivas para resolver os problemas das monoculturas permanentes em grande escala” e propõe a introdução das “nunca aplicadas taxas de beneficiação” aos grandes regadios, a vigilância do ordenamento do território e das práticas agrícolas e a valorização dos sistemas multifuncionais, entre outras medidas.

Herdade da Lisboa certificada no Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo

Zé LG, 02.08.23

Screenshot 2023-08-01 at 20-22-41 Rádio Vidigueira - Rádio Vidigueira.pngA Herdade da Lisboa, na Vidigueira, viu “as práticas de viticultura e o trabalho de adega” serem reconhecidos “pelo seu desempenho ambiental, social e económico”, conquistando a certificação no Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo.
“Enrelvamentos naturais, corte mecânico de infestantes, para evitar o uso de herbicidas, ou utilização de painéis solares” são algumas das técnicas e equipamentos sustentáveis utilizados nos cerca de 100 hectares de vinhas da Herdade da Lisboa.

Qual a factura a pagar, no futuro, pela “revolução” em curso no Alentejo?

Zé LG, 18.07.23

Ao longo de quatro anos, num Alentejo descaracterizado pelas monoculturas intensivas e superintensivas de olival e amendoal, o geógrafo e fotógrafo André Paxiuta desenvolveu o projecto Oil Dorado. "Hoje, a homogeneidade de culturas domina numa região que está, em mais de 70%, na mão de grupos estrangeiros. Sem respeito pela paisagem ou tradição dos locais, os custos para a região são imensos.”Sem nome (30).png

“Estamos a falar de culturas intensivas que dependem grandemente do consumo de água”, realça o fotógrafo. “Existe um ponto de interrogação sobre a sua escassez no futuro, o que poderá colocar em causa a sua sustentabilidade.” Paxiuta acredita que a presente corrida ao “oil dorado” deixará marcas permanentes na região. “Poderá levar ao esvaziamento da riqueza ambiental e cultural do território (...) e ao colapso dos sistemas que o suportam.” Leia todo o artigo aqui.

BE critica Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo

Zé LG, 18.07.23

Regadio_800x800.jpgO Bloco de Esquerda criticou o Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo, que está em consulta pública, por considerar que “chega tarde” e “não faz as escolhas necessárias” para a região enfrentar a seca.

Considerando que o Plano até parte de “um diagnóstico realista” mas prevê “um conjunto de medidas desajustadas e subordinadas aos grandes interesses da agricultura intensiva”, o BE frisa que a “dessalinização de água ou a criação de transvases para a bacia do Sado ou do Guadiana sem redução da área de culturas intensivas e superintensivas significará apenas prolongar uma forma de produção agrícola insustentável e prejudicial” e diz que a central dessalinizadora do Mira prevista no plano visa “continuar a sobreexploração agrícola em estufas” e que o Governo “não quer promover uma agricultura mais sustentável e diversificada”, sendo “ilustrativa da manutenção de um paradigma insustentável” a indicação pelo Governo de uma comissão administrativa da Associação de Beneficiários do Mira que inclui como representante dos beneficiários do Aproveitamento Hidroagrícola do Mira o empresário Filipe de Botton, que é “um dos rostos da agricultura intensiva em estufas e protagonista de conflitos com esses mesmos beneficiários por uso abusivo dos recursos hídricos”.

Armando Pacheco morreu

Zé LG, 17.07.23

2023071616172091.nb.pngArmando José Braz da Silva Pacheco, de 79 anos, natural de Beja, morreu em sua casa, tendo-se o funeral realizado hoje, da Igreja Paroquial do Carmo para o Cemitério de Beja.

Armando Pacheco, era agricultor e teve uma vida política activa nos pós-25 de Abril, tendo desempenhado alguns cargos na estrutura local do PSD e desempenhado as funções de adjunto do Governador Civil de Beja. Foi nessa altura que com ele me relacionei e mantive uma relação cordial e de respeito mútuo. Há já muito tempo que não tinha notícias suas.

À família e ao PSD apresento os meus sentidos pêsames.

Casa Relvas aproveita água da ETAR para regar vinhas

Zé LG, 11.07.23

7d68349b06f4d9ddfa7e3bbe7b696ff7_L.jpgA decisão de recorrer a esta solução foi motivada pela limitação das barragens da região em armazenar água suficiente para todo o ciclo vegetativo das vinhas. Utilizando a água tratada da ETAR, a herdade garante um fornecimento estável de água para irrigação.

Em 2019, avançou como um projeto-piloto, com o apoio das Águas de Portugal. Agora, depois de emitido o licenciamento necessário, o sistema já está em funcionamento e tem sido particularmente importante este ano, devido à ausência de chuva durante o período vegetativo, que obrigou a começar a rega um mês e meio mais cedo do que o normal.

Agricultores preocupados com candidaturas ao Pedido Único

Zé LG, 10.07.23

IMG_3649.JPG“As quatro organizações de cúpula do setor agrícola em Portugal – AJAP Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (confagri) -, manifestam a sua profunda preocupação com o atual processo de candidaturas ao Pedido Único 2023, que está a resultar numa muito baixa percentagem de execução”, alertando que está por candidatar 68% da área definida no Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC), onde se insere o PU 2023. Mais de 40 mil agricultores ainda não submeteram as suas candidaturas. As confederações têm reunido com o Ministério da Agricultura para apresentar soluções para pôr o sistema a funcionar, tendo em vista a resolução dos constrangimentos.

O Ministério da Agricultura adotou um conjunto de medidas de flexibilização para agilizar as candidaturas dos agricultores ao PU 2023, como a possibilidade de entrega ou retificação do plano até ao final de setembro nos regimes ecológico e adiantou que os agricultores criaram 165 mil candidaturas ao PU 2023, com 140.500 a serem submetidas. Em 2022, registaram-se, aproximadamente, 175 mil candidaturas.