São os que durante uma legislatura não conseguiram apresentar um orçamento constitucional ou os que defenderam a Constituição, recorrendo ao Tibunal Constitucional?
São os que, á partida, excluem partidos com assento parlamentar das soluções governativas ou quem os inclui procura dessas soluções?
É mais democrática uma solução apoiada por uma maioria absoluta de 121 deputados eleitos por 51% de votos ou uma maioria relativa de 104 deputados eleitos por 38% dos votos? (sem contar ainda com os deputados da emigração)
Compreende-se o mal estar de quem se habituou a subestimar as forças políticas que excluiu do inconstitucional "arco da governação" e a que preconceituosamente classifica de protesto, para justificar aquela exclusão. O que é muito pouco democrático e constitucional para quem acusa os outros disso mesmo. A sua falta de cultura democrática tem ficado bem evidenciada no argumentário utilizado para impedir uma qualquer hipótese de entendimento do PS com o BE e a CDU e, eventiualmente, outros, que viabilize um governo com apoio da maioria absoluta do parlamento. A falta de respeito de Cavaco Silva pela Constituição, que jurou respeitar, é de tal ordem que pôs António Costa a fazer aquilo que competia ao Presidente da República: ouvir todos os partidos com assento parlamentar, antes de se pronunciar sobre as soluções governativas.