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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

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Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Porque não são criados Centros de Responsabilidade Integrada na ULSBA?

Zé LG, 21.07.19

Sobre o anúncio da criação de Centros de Responsabilidade Integrada (CRI's) no Hospital de Évora (Cardiologia, Oncologia e Obesidade), afigura-se-me oportuno e pertinente dizer:
1. Como cidadão e potencial utente, saúdo a capacidade inovadora do Serviço Nacional de Saúde, que neste caso concreto aviva a esperança de que o interior do País seja meritoriamente desenvolvido.
2. Como profissional do Hospital de Beja (na vertente de Gestor), recordo aos meus concidadãos baixo-alentejanos que já há cerca de 20 (vinte!) anos tínhamos essa visão desenvolvimentista e pioneira, expressa documentalmente pelo Conselho de Administração da altura, em proposta de criação de CRI's.
3. Mais recentemente, de forma pública e também documentalmente dirigido a quem de direito, esse projeto foi reiterado, não tendo merecido da tutela outra atitude que a penalização dos seus autores.
4. Entendo reafirmar que no contexto atual, apesar das conhecidas carências de recursos, a ULSBA retém potencialidades para singrar nessa via de diferenciação, em benefício dos seus utentes e da sustentabilidade enquanto Empresa Pública.

Munhoz Frade 17.07.2019 16:24, aqui.

 

Aqui está um tema que, insistentemente, Munhoz Frade traz para debate mas parece que não há quem tenha vontade de o debater, a começar pelo CA da ULSBA. Podem ou não esses CRI’s ajudar a resolver alguns dos problemas da Saúde no Distrito de Beja? Se podem, porque não são criados?

7 comentários

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    Munhoz Frade 22.07.2019

    Caro Vitor Paixão: facilmente entraríamos numa polémica ininteligível para os leitores do blog. O aprofundamento técnico dessa modalidade gestionária neste local seria árido e afastaria o público. Apenas o contesto no que respeita à falta de vontade política, que situa na tutela. Não me parece que assim se justifiquem faltas de dinâmica interna e iniciativa. Quiçá existam na gestão alguns receios de se atrever em terrenos menos rotineiros...
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    Vitor Paixão 23.07.2019

    De um ponto de vista formal o terreno está preparado, fruto da legislação que prevê a sua criação e a deixa ao critério dos Conselhos de Administração. Já a práxis é bem diferente e reitero que não será apenas por incapacidade gestionaria e sim, tem razão, muitos são os motivos que dificultaria a sua implementação e falar deles seria (talvez) confundir grande parte dos que aqui (de boa fé) vêm.
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    Munhoz Frade 23.07.2019

    Se uma empresa não tiver pensamento estratégico, fica ao sabor dos ventos... No caso da ULSBA EPE a prossecução da sua missão fica comprometida pela passividade. Para sobreviver, teriam de ser tomadas medidas organizativas adequadas a projetos concorrenciais. Na presente situação é já evidente que está a ficar “entalada”..
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    Vitor Paixão 23.07.2019

    Tem toda a razão e muito poderia ser dito relativamente a uma eventual falta de pensamento estratégico... que não confirmo nem desminto mas GARANTIDAMENTE que essa falta de planeamento ou pelo menos os factores que poderiam contribuir para o seu sucesso também são externos, sem os quais jamais haverá (tentativa de) planeamento que resista. Sabe, hoje em dia a fiscalização é apertada. Tribunal de Contas, IGAS, AT, ERS, ACSS e ainda outros outros pedem dados, cruzam dados, questionam, perguntam e não que não tenham legitimidade para o fazer mas na maioria das vezes simplesmente se esquecem de fazer o enquadramento correcto e necessário, quer geográfico, quer fruto das assimetrias regionais, da interioridade, das consequências de uma politica de saúde que não favorece o interior e as zonas de baixa densidade. O objectivo passa por sancionar, por multar e às vezes nem querem saber se os doentes ficam ou não sem alimentação, se têm ou não de fazer mais de 100 km para terem cuidados de saúde pois a malha, para além de apertada, é cega. Consequentemente os Conselhos de Administração funcionam com uma espada na cabeça onde pior que o julgamento popular, pior que a opinião pública, é o julgamento dessas instâncias, que faz com que tenham dúvidas, receios e até medos, na altura de implementar, programar, de arriscar. Não há, da parte dessas entidades a capacidade de enquadrar e contextualizar os problemas detectados aquando das auditorias e apercebo-me que cada vez mais as medidas sancionatórias, quer institucionais quer até pessoais relevam relativamente às preventivas. Esse é mais um de muitos problemas mas que sem dúvida condicionam a acção gestionária e qualquer estratégia que se tente implementar. Acredito que seja também consequência de uma má utilização da autonomia dada às EPE's ao longo dos anos mas os Conselhos de Administração mudam, logo as pessoas também pelo que nem todos são iguais (para melhor ou para pior).
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    Anónimo 23.07.2019

    Ó Sr. Vítor: em Évora não têm esses condicionalismos todos?
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    Anónimo 23.07.2019

    Condicionalismos e fiscalização sempre existiram,com exceção do período socrático, em que todas as instituições se fizeram de mortas e se transformaram os hospitais em empresas publicas mas geridos pelo oportunismo de boys,pensando que estavam a gerir a dispensa da casa deles.Foi o que aconteceu quando da criação da ULSBA. Daí para a frente foi a desgraça do hospital,sempre para pior,ao sabor da estranha dinâmica do tão célebre Conselho de Administração, do tão igualmente celebre duplo mestre. O Conselho de Administração seguinte, devido também ao autoritarismo declarado da sua presidente e à boyada do PSD local, à procura de um lugar ao sol do poder, não
    conseguiu o que seria suposto fazer.O PS local,teimando na receita socrática repetiu a dose de gestão duplo mestre. Os resultados financeiros já são conhecidos e o desastre não é só a este nível mas também e sobretudo da massa humana.A gestão corrente não é contexto para irem mais além, quanto mais modernismos de gestão que por aqui falam. Até da própria sombra têm medo.
    Desde que o hospital está entrega a esta estirpe de políticos locais,perdemos o hábito de estar entre os melhores e a cauda do plutão chega bem.
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