Lurdes Nobre é, entre muitas outras coisas a “mãe” do Armazém 8 , em Évora, «Uma sala multiusos que serve para todo o tipo de apresentações, para aulas, para ensaios. É a única sala a sul independente... Foi criada de raiz... Tudo sem apoios...»
«Só sentindo o nosso Alentejo é possível ter coragem para continuar o caminho. O Alentejo é um território de coragem, e é ele que me dá coragem para continuar a lutar todos os dias pelas artes. É a nossa gente que me dá ânimo para seguir em frente, porque o longe do nosso horizonte fica “logo ali” e eu sigo a viagem. Porque, antes de mim, muitos se dedicaram a fazer desta uma região de marcas culturais fortes, resistentes, que modificaram formas de pensar, e por eles temos de continuar a fazer a nossa parte, temos de continuar o seu legado.»
«Mas aqui ainda resistimos. ... , por exemplo, o Baixo Alentejo luta bravamente por manter as tradições, quer de cante, da viola campaniça e dos saber-fazer. Digamos que por aqui ainda há “quem resista, quem diga não”, e isso é mais um dos motivos para me orgulhar de ser alentejana.»
«Queria que a Capital Europeia da Cultura – Évora 2027 – invadisse todo o Alentejo. ... que fossemos capazes de nos juntar TODOS, para mostrar ao mundo que temos um território criativo, cheio de marcas culturais identitárias que se renovam e que vão ajudar o mundo.»
Leia aqui toda a entrevista de Lurdes Nobre a Luís Miguel Ricardo.