“Nunca mais!”
“'Nunca mais' exige que todos devem permanecer vigilantes. A nossa democracia não é um presente de Deus, é feita pelo homem. É forte quando a apoiamos. E precisa de nós quando é atacada", reiterou o chefe de Governo da Alemanha, Olaf Scholz, no Dia Internacional das Vítimas do Holocausto, antes de elogiar os compatriotas pela mobilização contra a extrema-direita. "A nossa responsabilidade por este crime contra a humanidade cometido por alemães continua a existir", declarou o social-democrata, expressando alegria por ver o seu país "de pé, com milhões de cidadãos a marchar pelas ruas".
A Alemanha recorda todos os anos o Dia Internacional das Vítimas do Holocausto no aniversário da libertação do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau pelos soviéticos, a 27 de janeiro de 1945. Este ano, o 79.º aniversário da libertação do campo é recordado num cenário de tensão, depois de membros da AfD terem discutido a expulsão em larga escala de migrantes e "cidadãos não assimilados", numa reunião em novembro, que a ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, comparou à "horrível conferência de Wannsee", em 1942, quando o regime nazi planeou o extermínio dos judeus europeus.