Necessitamos de visão estratégica e coragem para a aplicar
Não basta ter políticas progressistas se estas não forem aplicadas. “De boas intenções está o Inferno cheio”. Veja-se o que se passou no Índice das Alterações Climáticas, em que Portugal caiu cinco posições, com pior desempenho nas emissões de gases com efeito de estufa, e melhor classificado nas políticas ambientais.
Não vale querer / prometer tudo de bom a todos e ao mesmo tempo. Não é possível. Exige-se, por isso, ao governo e às oposições visão estratégica, definição de políticas ambiciosas mas exequíveis, capacidade de hierarquizar prioridades e seriedade, muita seriedade no debate político.
Este – aprovação do Orçamento de Estado -, é o momento de mostrar tudo isso. Não vale, não deve valer, todos se declararem muito preocupados com as Alterações Climáticas e as suas graves consequências e, simultaneamente, não serem capazes de defender e aplicar políticas e medidas que as travem e minimizem.
Se o pior desempenho de Portugal nos últimos anos foi nas emissões de gases com efeito de estufa, o Orçamento de Estado deve, entre outras medidas a nível fiscal, desincentivar, agravando impostos, tudo o que possa contribuir para aquele agravamento e incentivar, aliviando impostos, tudo o que possa contribuir para travar as Alterações Climáticas e consequentes efeitos na vida do Planeta.
Não me parece que seja isso que esteja a acontecer…