“NÃO É VERDADE QUE FALTA DINHEIRO PARA A SAÚDE”?
Questionado sobre o estado atual do Serviço Nacional de Saúde, Correia de Campos é direto: regista avanços, mas admite que “nem tudo está bem”. O primeiro ponto é que “dizer-se que falta dinheiro para a saúde não é verdade”, afirma, referindo que o dinheiro chega “no final do ano para tapar as dívidas”. Ou seja, não se pode falar em falta de recursos, mas sim numa gestão que diz ser “profundamente errada”.
“Os médicos e os enfermeiros foram muito mal tratados” durante a crise, diz, defendendo que os profissionais passem a ser pagos “decentemente” pelo desempenho e não estritamente por um salário fixo. Correia de Campos admite que não teve “tempo” de fazer a reforma dos hospitais quando foi ministro, mas refere que também enfrentou obstáculos nas Finanças. “A culpa é da cultura da administração financeira do Estado: quer contas certas e não aceita um pagamento pelo desempenho que dá conta incerta”, assinala
São muitas as questões pertinentes aqui focadas por Correia de Campos. Será que dá para fazer aqui um debate sério sobre elas?. Fica o desafio.