O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) critica a presença da GNR na mina de Neves-Corvo, no concelho de Castro Verde, nos últimos dois dias, acusando-a de estar a "interferir na greve em curso na Somincor" e a Unidade de Intervenção da GNR de se colocar "do lado patronal e contra a luta dos mineiros". "Trata-se de uma inaceitável interferência, que tem como propósito limitar o normal funcionamento do piquete de greve. Mas o recurso à força policial é também revelador de uma postura anti-democrática da administração da Somincor e da multinacional Lundin Mining".
O sindicato acrescenta ainda que "os mineiros contribuem com o seu árduo trabalho para a riqueza nacional e para os lucros da multinacional". "São trabalhadores e não podem ser tratados como criminosos".
O STIM anunciou que na sexta-feira, 10, os trabalhadores de Neves-Corvo vão deslocar-se a Lisboa, para manifestar o seu descontentamento face à situação na Somincor junto do Ministério do Trabalho.