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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

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Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

"MEMÓRIA E COERÊNCIA!!!"

Zé LG, 21.09.17

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Quando em Janeiro de 2002 assumi o cargo de eleito pela CDU para a Assembleia Municipal de Beja, carregava comigo a vontade de intervir na defesa de um projeto autárquico coletivo, que visava, e visa ainda hoje, o desenvolvimento sustentável do nosso concelho.

Aos longos dos anos passados neste órgão estabeleci com eleitos de todas as bancadas uma saudável convivência democrática, pontuada aqui e ali por saudável picardia própria do confronto político.
Num balanço breve sobre a minha passagem pela Assembleia Municipal de Beja, como eleito em representação do Partido Comunista Português, é impossível não recordar os anos passados na bancada da CDU como oposição ao executivo socialista liderado por Jorge Pulido Valente.
O único mandato do PS na autarquia bejense começou pelo signo da afronta, anunciando “a chegada a Beja do 25 Abril”. A infeliz afirmação do autarca Jorge Pulido Valente marcou um estilo e uma forma de gestão que perduraria em todo o seu único mandato.
Na banda do PS pontuava como primeiro responsável o agora candidato à Câmara Municipal de Beja, Paulo Arsénio.
Nessa funções, suportou e defendeu as políticas autárquicas implementadas pelo seu camarada Pulido Valente enquanto presidente da autarquia bejense.

Conhecendo aquilo que são hoje as suas propostas como candidato a presidente de Câmara, importa ter presente que Paulo Arsénio esteve com o executivo que cortou drasticamente os apoios ao movimento associativo do concelho.
Apoiou na AM Pulido Valente quando este reduziu unilateralmente o valor da comparticipação para o Museu Regional que levou a atrasos sucessivos no pagamento de salários aos funcionários.
Que foi conivente com os atrasos nas transferências de verbas para as juntas de freguesia, que levou os seus presidentes a manifestarem-se publicamente contra esta medida.
Defendeu a famosa tentativa de adesão de Beja ao PAEL, que faria subir para o máximo todas as Taxas e Licenças,durante muitos anos, nomeadamente o IMI, entre outras.
Concordou com o Beja Wine Night, que numa só noite reservada a convidados custou 90.000€.
Votou favoravelmente o maior aumento já feito na tarifa de água e esgotos no concelho.
Alinhou com Pulido Valente quando este colocou entraves à proposta de elevação do Cante Alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Nunca se opôs a que o executivo cobrasse as deslocações realizadas pelos Grupos Corais do concelho, em transportes da autarquia.
Não denunciou o licenciamento em tempo recorde, com despacho assinado a um domingo, a maior loja chinesa da cidade.
Não defendeu os agentes económicos e o comércio local quando o executivo socialista arrastou durante meses os pagamentos a fornecedores, criando aos mesmos as dificuldades acrescidas, levando mesmo ao corte de fornecimento por grande parte destes à autarquia de Beja.
Paulo Arsénio pode ter mudado de opinião em todas estas matérias, mas o seu posicionamento quando exerceu responsabilidade e influência direta sobre a ação executiva é a que constatei ao longo dos anos que com ele convivi na AM.

Fernando Silva Silva

 

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