Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.
Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.
Marisa Matias chega a Mértola, às 15.00 horas de hoje, faz-se acompanhar pelo presidente do Campo Arqueológico Cláudio Torres e programou para a tarde desta terça-feira, uma visita ao Campo Arqueológico e ao Centro de Estudos Islâmicos e do Mediterrâneo.
A propósito de alterações necessárias, muito gostava eu que o Decreto-Lei n.º 253/2009, de 23 de Setembro - regulamentação da assistência espiritual e religiosa nos hospitais e outros estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde - fosse aplicado nesta terra.
A Maria Tengarrinha, em nome de nós todos que provemos o encontro/jantar, fez uma bela intervenção:
"Tive a honra de ser escolhida para falar como representante do grupo de promotores do "juntos, na esquerda plural", deixo aqui o que escrevi e disse ontem na Casa do Alentejo:
Camaradas e amigos, é com enorme alegria e esperança que olho em volta e nos vejo a todos reunidos aqui, para apoiarmos um governo, um mesmo governo, e não contra um governo.
Portugal está hoje num cenário mais negro do que há 4 anos. A receita da austeridade era errada e estava condenada ao falhanço desde o início, mas adequava-se perfeitamente à agenda da direita, que dela abusou para arrasar o estado social e privatizar o património público.
A direita foi eleita com mentiras, promoveu políticas de miséria e foi incompetente na condução do país, falhando reiteradamente as suas próprias previsões e os seus próprios objectivos para os principais indicadores económicos. O custo foi brutal: uma recessão durante 3 anos, meio milhão de empregos destruídos, 400 mil portugueses forçados a emigrar, uma desigualdade galopante e uma dívida pública crescente que em 2014 ultrapassou os 130% do PIB.
A cobardia de uma direita provinciana e mesquinha que foi fraca com os fortes e forte com os fracos, amordaçou um povo e vergou um país. Agora mais do que nunca é preciso que à esquerda exista coragem e sentido de Estado para recuperar a confiança e a esperança de todos nós.
O que a direita não esperava era que nos entendêssemos. O que a direita espera agora é que deixemos de nos entender. O que temos de fazer? Continuar, apesar das nossas legítimas diferenças ideológicas, a dialogar e a caminhar no mesmo sentido, esse é um plano que agora é possível.
Está dado o primeiro passo, e teremos de dar os próximos com toda a segurança e consciência. Não podemos estar em guerra permanente sobre o nosso passado comum. Como tão bem sintetizou Manuel Alegre, negociar à esquerda do PS não é um novo PREC, é o fim do PREC.
E eu, que nasci depois de 1974 e que tive a sorte de ter família e amigos em vários partidos à esquerda, que são parte fundadora das nossas conquistas democráticas, hoje penso, e acredito, na maturidade que atingimos, acredito que seguimos juntos e que isto nos torna a todos mais fortes e nos dá, a nós e aos nossos concidadãos a percepção de que podemos mudar o rumo da nossa história de forma mais consciente e melhor.
Temos de usar o espaço absolutamente legítimo que conquistámos e provar que as nossas políticas se diferenciam das da direita sobretudo por não pormos à frente das pessoas as decisões finais já tomadas pelos privilegiados e pelos interesses económicos, que não consideram as nossas necessidades reais e do país real do qual somos parte e pelo qual queremos lutar. Mostrar - porque há ainda uma batalha das ideias a ganhar - que as políticas que defendemos se caracterizam pela construção de uma vida melhor para TODOS, com mais justiça e menos desigualdades. Pelas pessoas e com as pessoas. Uns pelos outros.
Na Assembleia da República não podemos confundir a vida nos corredores parlamentares com a vida lá fora, as medidas tomadas têm de levar em conta a vida daqueles que, no seu dia-a-dia, velhos e novos, precisam de respostas efetivas e de políticas que salvaguardem os seus direitos e as suas legítimas aspirações.
É nisto que acredito e sei que temos toda a capacidade para o fazer. É nisto que não nos podemos desiludir uns aos outros. É tempo de esperança e de enorme responsabilidade. Teremos momentos duríssimos pela frente mas estamos juntos e isso torna-nos mais fortes. Juntos por quatro anos, que podem e devem reconstruir a bem das pessoas, tudo aquilo que foi destruído em nome de uma cartilha económica radical, socialmente conservadora e moralmente punitiva, que veio provar que o capitalismo desenfreado só vence porque destrói, quando vencer em política deveria significar construir.
Viva a maioria parlamentar para o Séc. XXI, viva o XXI Governo Constitucional, aquele que pode aproximar-nos do país que sonhámos."