Inquérito ao Lar de Reguengos de Monsaraz concluiu que houve responsabilidades atribuíveis à ARSA e à Administração do Lar
O lar de Reguengos de Monsaraz onde um surto de covid-19 provocou a morte de 18 pessoas não cumpria as orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS), conclui uma auditoria da Ordem dos Médicos, que aponta responsabilidades à administração.
… “vários doentes estiveram alguns dias sem as terapêuticas habituais, por falta de quem as preparasse ou administrasse” e “houve casos de preparação e administração de fármacos por pessoal sem formação de enfermagem”.
Os doentes não foram tratados “de acordo com as boas práticas clínicas”, com responsabilidades “para quem, sabendo que não tinha os recursos humanos adequados e preparados, permitiu que esta situação se protelasse no tempo”.
Foram criadas todas condições para a “rápida disseminação, com responsabilidades para quem geria o espaço, o processo de rastreio epidemiológico e a aplicação das normas da DGS”.
A comissão de inquérito conclui pela “desorganização e consequente prejuízo para os doentes, atribuível à Autoridade de Saúde e à ARS do Alentejo”, dizendo que “o processo de governança clínica” falhou.