Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

Futuro de Portugal depende, em grande medida, dos imigrantes

Zé LG, 28.12.22

Banner-Lopes-Guerreiro-300x286.jpgDe acordo com os Censos de 2021, os residentes em Portugal eram um pouco mais do que 10,3 milhões. Destes 5,2% eram estrangeiros. Aumentaram 37% na última década. Ou seja, se não fossem estes já não chegávamos aos 10 milhões de residentes em Portugal.
O país está cada vez mais envelhecido e com menos jovens – 23,4% da população tinha 65 ou mais anos de idade, enquanto as crianças e os jovens se ficavam pelos 12,9% dos residentes. A idade média da população aumentou para 45,4 anos e por cada 100 jovens existiam 182 velhos.
Este é o retrato do país, tal como o de muitos países europeus, em termos demográficos, que se tem vindo a acentuar progressivamente nas últimas décadas, sem que os governos tenham adotado políticas capazes de a  contrariar.
Face a estes dados e à impossibilidade de reposição da população portuguesa no curto e médio prazo, parece evidente que só através do reforço da imigração será possível ter disponível a mão-de-obra de que o país necessita para o seu desenvolvimento.

Assim, não se percebe as más condições que estão a ser disponibilizadas aos imigrantes, que, a assim continuar, contribuirão para afastar para outros países – igualmente carentes de mão-de-obra -, imigrantes de que necessitamos.
Por outro lado e tendo em conta que a esmagadora maioria dos imigrantes pertence a baixas faixas etárias, são os imigrantes contribuintes líquidos da Segurança Social.
Assim sendo e ao contrário do que alguns veem como ameaças para o nosso bem estar, os imigrantes são fundamentais para o desenvolvimento do nosso país, que sem eles não acontecerá ao ritmo de que precisamos e que tem condições para acontecer pela disponibilidade de verbas do Portugal 2030 e do PRR – Programa de Recuperação e Resiliência.
Temos assim razões mais do que suficientes para criar boas condições de trabalho, de residência e de lazer aos imigrantes, tal como aos trabalhadores portugueses. E esta que parece ser uma verdade evidente, não o está a ser para muitos, a começar pelo governo e autarquias e a terminar nos que mais deles precisam – os empresários.
Estamos numa fase de crescimento económico que, apesar das dificuldades resultantes da inflação, vai continuar, mais lentamente nos próximos tempos, por aquela razão, e que acelerará a seguir. Torna-se, por isso também, necessário uma alteração substancial no acolhimento que é proporcionado aos imigrantes, que constituem uma mais valia e não uma ameaça para Portugal e para os portugueses. Esperamos que o país esteja à altura deste desafio fundamental para o seu futuro próximo.
Até para a semana!

Pode ouvir a crónica aqui.

 

7 comentários

Comentar post