“Foram independentes, pensavam pela sua própria cabeça, foram incómodos”
«O naipe de pessoas que cita pertence a gerações que mergulharam no estudo, adquirindo consistência para os seus ideais de justiça social. Hoje em dia, raramente os aparelhos partidários escolhem intelectuais para candidatar. Essa geração vai desaparecendo, uns pela lei da vida, outros por serem afastados da ribalta. Foram independentes, pensavam pela sua própria cabeça, foram incómodos dentro dos seus próprios partidos. Os carreiristas medíocres conseguem desvencilhar-se deles, pois individualidades como as que cita raramente têm apoio alargado. Nos partidos, até naqueles que pretendem ser considerados contra o “sistema”, são mais numerosos os arrivistas. Os partidos mais antigos foram criados em torno de ideais, mas foram sendo paulatinamente tomados por tachistas. Por isso, os cidadãos eleitores têm de fazer grande esforço para perceber no meio da gritaria mediática quem tem conhecimentos sólidos para desempenhar adequadamente cargos públicos. Para servir a sociedade, não para enriquecer depressa com pouco trabalho. Andamos como o filósofo grego Diógenes, de lanterna acesa…» Anónimo 01.03.2024, aqui.