Exigem-se medidas mais específicas e orientadas para a protecção dos mais vulneráveis
O primeiro-ministro, António Costa, convocou para esta segunda-feira um Conselho de Ministros eletrónico para fazer o ponto de situação do cumprimento das medidas.
Portugal é o segundo país com mais novos casos de infeção do mundo e o primeiro na Europa. Relativamente aos óbitos, Portugal surge em quarto lugar na taxa por milhão de habitantes (com 14,12), depois da República Checa (16,5), do Reino Unido (16,3) e da Eslováquia (15,2).
Quase todos os hospitais estão no limite – muitos já ultrapassaram -, da sua capacidade de internamento e consultas, cirurgias e outros tratamentos de outras doenças estão suspensas. Esperamos que o governo, em vez de tomar medias generalistas destinadas a todos mas que só poucos cumprem, seja capaz de tomar medidas específicas orientadas no sentido da protecção dos que mais são atingidos pelo novo coronavírus. É incompreensível e inaceitável que não seja possível travar os contágios e evitar a mortandade nos lares. Tal como se verifica relativamente a alguns outros grupos de maior risco, como os obesos. Porque não é passada baixa aos portadores de doenças mais vulneráveis à COVID-19, como se verificou no outro confinamento, por exemplo?