Cruz Vermelha de Beja recusou transporte de doente psiquiátrico
Os dois funcionários da Cruz Vermelha de Beja, responsáveis pelo transporte de um doente psiquiátrico do serviço de urgência do Hospital de Beja para outra unidade hospitalar em Lisboa, disseram “que já tinham telefonado ao seu superior hierárquico e que este tinha concordado que não se fizesse o transporte por razões de segurança”. Depois disso, abandonaram o hospital.
Ana Matos Pires, diretora do serviço de psiquiatria da ULSB, esclarece que “ele tinha feito a medicação necessária para garantir que o transporte fosse efetuado sem qualquer problema” e que “o transporte de doentes, de acordo com o protocolo assinado com a Cruz Vermelha, está dependente apenas de decisões clínicas”, que estavam asseguradas e que o doente acabou por ser transportado pelos Bombeiros de Vidigueira. “Qualquer argumento relacionado com a segurança cai assim por terra”. A justificação para o que aconteceu “É o estigma, a discriminação.”