COMBATE AO TERRORISMO OU ESTRATÉGIA ELEITORAL DE HOLAND?
Não sou especialista em política internacional, mas vou, como toda a gente, acompanhando os acontecimentos mais marcantes. Um deles foi seguramente os atentados registados em Paris e a resposta que o Estado Francês tem estado a dar.
Tal como fizeram os EUA, na sequência do 11 de Setembro, também a França declarou guerra ao auto-proclamado Estado Islâmico e bombardeou alguns alvos na Síria, tendo matado algumas dezenas de crianças num bombardeamento a um alvo errado.
Parece-me estranho que, tal como os EUA, a França não entenda que esta não é uma guerra convencional e que não é usando a mesma estratégia que consegue vencer o(s) inimigo(s). Alguns dos agentes deste(s) são cidadãos franceses, que vivem em França, pelo que não será com ataques a outros países que os exterminarão. Como também não me parece que seja a recusa a aceitar refugiados de guerra uma boa solução.
Parece-me que esta reacção, apresentada como uma posição de força sem limites por parte de François Hollande, terá sido mais determinada pela disputa eleitoral interna do que por um erro estratégico.
Talvez seja por isto que: “Milhares de pessoas manifestaram-se este sabado em Londres e Madrid contra a participação de Espanha e do Reino Unido no conflito sírio, no seguimento dos atentados de Paris que mataram 130 pessoas e feriram 350.”