Com o PS a governar sozinho, os trabalhadores e os pobres que paguem a crise
Sempre que acontece algo de muito negativo, lá vêm as fases costumeiras de que “nada irá ficar como dantes”, “o mal afecta-nos a todos”, “agora é que vamos perceber que estamos todos no mesmo barco”, “a ganância de alguns irá ser combatida para que os que mais precisam possam ter mais alguma coisa e mais dignidade”, …. Depois é o que se tem visto e está a ver.
Ouvimos ainda recentemente, aquando do debate do Orçamento de Estado, o governo afirmar que não há condições para aumentar os salários e as pensões, tal como falta dinheiro para assegurar as funções do Estado, designadamente as que mais poderão combater as crescentes desigualdades sociais, como se está ver com o que se está a passar no Serviço Nacional de Saúde.
Mas, por outro lado e de forma pornográfica, os bancos aumentaram em mais do dobro os seus lucros no primeiro semestre, fundamentalmente à custa do do desemprego de milhares de trabalhadores e do aumento das comissões. E ainda justificam tais aumentos com a necessidade de fazer face à inflação, que, segundo os seus administradores, afecta a todos.
Aliás, os lucros, pornográficos face à situação que estamos a viver, estão a ser obtidos igualmente por muitas outras empresas, designadamente na área das energias, que utilizam a mesma justificação da inflação.
Ou seja, as grandes empresas servem-se da inflação para especularem e terem lucros superlativos, enquanto os trabalhadores, os reformados e os mais necessitados empobrecem devido ao aumento do custo de vida provocado pela inflação.
Esta é a política de subserviência aos grandes interesses instalados que o governo do PS insiste em seguir e acentuar, agora sem os empecilhos dos seus ex-parceiros da Geringonça… É um fartar vilanagem.