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Alvitrando

Aqui se dão alvíssaras e trocam ideias sobre temas gerais, o Alentejo e o poder local, e vou dando notícias das minhas reflexões sobre temas da actualidade e de acontecimentos que achar que devem ser divulgados por esta via.

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Cientistas "apanhados de calças na mão"

Zé LG, 27.04.20

mitos-coronavirus.jpgNunca como agora existiram tantos cientistas, se investiu tanto em Ciência, existiram tantas linhas de investigação convergente e a partilha, na hora, dos conhecimentos científicos foi tanta.

Foi neste tempo que apareceu, há quatro ou cinco meses, um novo vírus, de um grupo conhecido mas com algumas diferenças dos restantes da mesma família. Ao que parece surgiu do nada, de forma inopinada e inesperada para os cientistas. Não se sabe ainda muito bem "quem" é e como actua. A forma como terá chegado aos humanos - através de um morcego que se terá cruzado com outro bicharoco num mercado ao ar livre de uma cidade chinesa - é de tal forma difícil de demonstrar que levou já às mais diversas variantes, incluindo teorias da conspiração. Ao que parece - sim, porque relativamente a este novo vírus pouco se sabe - propaga-se muito mais rapidamente e as consequências para os infectados são muito mais violentas. Embora, sendo os mais atingidos os mais velhos, com doenças crónicas e mais vulneráveis, as suas consequências, designadamente a morte, não pareçam muito fora do espectável.

Face a esta grave pandemia, o que nos dizem os cientistas, designadamente os que desenvolvem os seus trabalhos nesta área? Que... parece... Não só foram todos (!!!) "apanhados de calças na mão", como, passados quatro meses e passse o exagero, "pouco" mais sabem do que o comum dos mortais.

Os poderes políticos, perante tamanha ameaça, de que tão pouco se sabe, aconselhados pelos cientistas, que têm mostarado não saberem muito mais, e para não serem responsabilizados pelas consequências no novo vírus, reforçaram como nunca antes e reservaram os serviços de saúde (quase) exclusivamente para acompanhar os suspeitos e doentes da Covid-19, pararam a grande maioria das actividades, meteram mais de metade da população mundial em casa, privando-a de algumas (mais nuns países do que noutros) liberdades, tudo feito em nome da defesa da sobrevivência da espécie.

Entretanto, mesmo nos países onde o vírus mais infectou e matou, os números - sempre graves porque se trata da saúde e da vida das pessoas -, não atingiram as dimensões que alguns cientistas chegaram a prever.

E agora e nos tempos mais próximos vamos debater a teoria do "copo meio cheio, meio vazio". Uns dirão que se exagerou nas medidas tomadas, porque o perigo não era tanto, conforme os números vieram a provar. Outros irão argumentar que a tragédia não foi maior devido ao investimento e às drásticas medidas tomadas e reclamar mais investimento e mais drásticas medidas, para que se o novo vírus voltar a atacar estarmos melhor preparados para nos defendermos dele.

Independentemente das conclusões e dos balanços que se venham a fazer, o medo venceu. Foi principalmente, pelo medo, que medidas inimagináveis noutros tempos e nalguns países, foram tão bem acolhidas pelas pessoas, muitas das quais reclamam que sejam reforçadas e prolongadas no tempo.

E, se ainda não livres deste novo vírus - porque sobre o tratamento e a cura ainda, praticamente, nada se sabe de seguro -, aparecer outro, quando memos se espera, tal como aconteceu com este?

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